S E para quem ficará o que tu
acumulaste?'
Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus.'( Lc 12, 21).
DOMINGO, 31 DE
JULHO DE 2022
18.º DOMNGO DO TEMPO COMUM – ANO C
OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...
Reunidos
em assembleia litúrgica, vamos pedir a Deus o auxílio de sua sabedoria para
buscarmos sempre o essencial para nossa vida em nossa sociedade do consumo que
nos propõe buscar muitas coisas, mesmo sem as condições necessárias. Com a
sabedoria divina, evitaremos o risco de uma vida ilusória e poderemos colocar
nossos dons e bens a serviço do próprio Deus e dos irmãos e irmãs, na vocação a
que somos chamados.
1-
Liturgia do 18.º Domingo do Tempo Comum- C
Domingo do rico que acumulou muitos bens. Escutamos do Senhor a parábola do homem que passou a
vida acumulando riquezas. Recebemos dele a advertência contra todo tipo de
ganância. Celebramos a páscoa de Jesus que se manifesta em todas as pessoas
e grupos que vivem a dimensão da partilha.
Era costume os mestres e rabinos do tempo de
Jesus resolverem contendas e brigas entre familiares e vizinhos,
constituindo-se numa espécie de juiz de conciliação. Jesus recusa este papel de
juiz ou árbitro, para não ficar reproduzindo e legitimando o sistema que gera
estas desavenças. Ele assume uma atitude de crítica cultural ao sistema que
provoca a cobiça e a ganância. É neste contexto que conta a parábola do homem
ganancioso que enche seus celeiros e que se gaba da eficiência da
produtividade. Através dela, Jesus mostra como esta cultura é ridícula, frágil
e sem fundamento, convidando os discípulos a se posicionarem de outro modo, a
partir de outros critérios, que não o lucro desmedido.
Ao afirmar que a vida não depende de seus
bens, Jesus, certamente, não está querendo legitimar um sistema que deixa as
maiorias sem o mínimo necessário para viver. É evidente que os bens materiais
são necessários para a vida. Mas a vida não resulta da riqueza e muito menos quando
esta é resultado da acumulação. Se fosse assim, os ricos não ficariam doentes
nem passariam pela morte ou pelo sofrimento. Do lado inverso, os pobres nunca
poderiam ser felizes. No entanto, muitas vezes, encontramos pessoas que,
materialmente, não têm motivos para se alegrarem e, assim mesmo, têm uma
atitude positiva perante a vida, alegrando-se com as pequenas coisas.
Na celebração deste domingo deixemos que a
palavra nos console e alegre o nosso coração com a promessa de vida e
felicidade como dons de Deus. Que ele nos livre da ganância e da tentação de
possuir bens a qualquer preço, sobretudo quando resulta do empobrecimento e da
exploração dos outros. Que se realize em nossas vidas todo o sentido de
partilha e de comunhão experienciado na celebração.
https://revistadeliturgia.com.br/celebracao-da-palavra-18o-domingo-do-tempo-comum-ano-c/
2-
“Buscar o essencial” (Papa Francisco)
O Evangelho de hoje (cf. Lc 12, 13-21) tem
início com a cena de um homem que se levanta na multidão e pede que Jesus
resolva uma questão jurídica sobre a herança da família. Na sua resposta Ele
não trata o problema mas exorta a afastar-se da ganância, isto é, da avidez de
possuir. Para desviar os seus ouvintes dessa busca frenética da riqueza, Jesus
conta a parábola do rico insensato, que acredita que é feliz porque teve a
sorte de uma extraordinária colheita e se sente seguro pelos bens que acumulou.
... A história ganha vida quando surge o contraste entre o que o homem rico
projeta para si mesmo e o que Deus lhe promete. O rico põe ... perante si
mesmo, três considerações: os grandes bens acumulados, os muitos anos que esses
bens parecem assegurar-lhe, e terceiro, a tranquilidade e o bem-estar exagerado
(cf. v. 19). Mas a palavra que Deus lhe dirige cancela estes projetos. Em vez
dos «muitos anos», Deus indica o imediatismo «desta noite; esta noite
morrerás»; em vez do «gozo da vida», Ele apresenta-lhe a «prestação de contas da
vida; entregarás a vida a Deus», com o consequente juízo. Quanto à realidade
dos muitos bens acumulados sobre os quais o rico baseava tudo, foi coberta pelo
sarcasmo da pergunta: «E o que preparaste, de quem será?» (v. 20). Pensemos nas
lutas pelas heranças; muitas batalhas familiares. E a tantas pessoas, todos nós
conhecemos alguma história, para as quais se aproxima a hora da morte, começam
a chegar os netos, os sobrinhos, perguntando: “Mas o que cabe a mim?”, e levam
embora tudo. ... Ele é insensato porque na prática negou Deus, não fez as
contas com Ele. A conclusão da parábola, formulada pelo evangelista, é de
eficácia singular: «Assim acontece a quantos acumulam tesouros para si mesmos e
não se enriquecem com Deus» (v. 21). É uma advertência que revela o horizonte
para o qual todos somos chamados a olhar. Os bens materiais são necessários —
são bens! — mas consistem um meio para viver honestamente e partilhar com os
mais necessitados. Hoje Jesus convida-nos a considerar que as riquezas podem
aprisionar o coração e desviá-lo do verdadeiro tesouro que está no céu. São
Paulo também nos recorda isto na segunda leitura de hoje. Ele diz: «Procurai as
coisas do céu... dirigi os vossos pensamentos para as coisas do céu, não para
as da terra» (Cl 3, 1-2). Isto — compreende-se — não significa afastar-se da
realidade, mas procurar o que tem valor verdadeiro: justiça, solidariedade,
acolhimento, fraternidade, paz, tudo o que constitui a verdadeira dignidade do
homem. Trata-se de se orientar para uma existência vivida não no estilo
mundano, mas segundo o estilo evangélico: amar a Deus com todo o nosso ser e
amar o próximo como Jesus o amou, isto é, no serviço e no dom de si mesmo.
Francisco na oração do Angelus de 04 de agosto de 2019)
https://www.diocesedeerexim.org.br/painel/admin/upload/revistas_pdf/rev-358-7.missasjulho-2022.pdf
3-
Agosto:
Mês vocacional – tema: “Cristo Vive! Somos suas testemunhas”; no lema: “Eu vi o
Senhor!” (Jo 20,18).
Todo ano,
sempre no mês de agosto, a Igreja Católica celebra o Mês Vocacional.
Vocação. Do latim, vocare, que significa
chamado. É por essa palavra que agosto é reconhecido no calendário da Igreja
Católica desde 1981, quando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
em sua 19ª Assembleia Geral, o instituiu como o Mês Vocacional, um tempo
dedicado totalmente às vocações.
Criado com o objetivo de conscientizar as
comunidades acerca da responsabilidade que compartilham no processo vocacional,
desde então, em cada domingo do mês de agosto é celebrada uma determinada
vocação.
O
que é uma Vocação?
A vocação é um chamado que provém da boca
de Deus. E, compreender a vocação como um dom é reconhecer que, em todas as
circunstâncias, Deus nos chama a viver e realizar seu projeto de amor. Cabe a
nós, entender e aceitar ou não os planos que Ele tem para as nossas vidas.
Em seu infinito amor, o Senhor modelou o
homem e a mulher à sua imagem e semelhança, os chamou à vida, para que, na
liberdade de filhos e filhas, fossem os seres que dessem continuidade à sua
criação.
Portanto, vocação é dizer ‘sim’ a Deus,
pela fé, é descobrir o próprio lugar no mundo, na família, na comunidade e no
serviço aos irmãos. Para descobrir bem este projeto, porém, faz-se necessário
um discernimento.
O
que é um mês vocacional?
Dedicado à oração, assim é conhecido o mês
de agosto, com reflexões e olhares voltados para as vocações. De domingo a
domingo, em forma de oração, a intenção é pedir a Deus que prepare boas pessoas
para cumprir e aceitar o chamado de Deus na Terra, tornando o discernimento
como algo essencial em nossa vida.
Por isso, o mês de agosto é tão
importante: é um tempo de esperança e de entendimento sobre o que Cristo quer
para a vida de cada um de nós.
https://www.pelavida.redevida.com.br/blog/por-que-agosto-e-o-mes-das-vocacoes
4-
Santos
da primeira semana de Agosto
1 – Afonso de Ligório, bispo e doutor da Igreja.
2 – Eusébio de Vercelas, bispo e São Pedro Julião
Eymard.
3 – São Nicodemos.
4 – João Maria Vianney, Cura d'Ars.
5 – Santa Maria Maior, dedicação da Basílica.
6 – Transfiguração do Senhor e Papa Hormisda, papa.