Conheça 8 curiosidades sobre a Bíblia e o Antigo Testamento
A Bíblia Sagrada é uma das obras mais antigas do mundo, além de campeã de vendas. As escrituras já foram traduzidas aproximadamente para 1.500 línguas.
Segundo a última pesquisa “Retratos
da Leitura no Brasil”, encomendada pelo Instituto Pró-Livro e realizada pelo Ibope,
a Bíblia é o livro mais vendido
e lido no país, independentemente do nível de escolaridade.
Mesmo com tantos leitores,
há uma dificuldade de entendimento da obra principalmente em relação ao Antigo Testamento, que antecede
a vinda de Jesus Cristo
ao mundo. Organizados em categorias como: livros históricos, proféticos e poéticos,
os livros do Antigo Testamento não se encontram em ordem cronológica, dificultando
a compreensão das sequências dos fatos, ainda mais num período tão antigo e com
realidades tão diferentes das atuais.
Essencial para obter um conhecimento
mais profundo da totalidade da história bíblica, o Antigo Testamento é recheado
de curiosidades interessantes. A seguir há uma série de fatos excêntricos sobre
a Bíblia e o Antigo Testamento:
1)
O Antigo Testamento
foi escrito em hebraico
Com exceção de três passagens
escritas em aramaico (Esdras, Jeremias e Daniel), a maior parte do Antigo Testamento
foi escrito em hebraico. O idioma hebraico originalmente só utiliza consoantes e
é lido da direita para a esquerda. Já o Novo Testamento foi escrito em grego.
2) O intervalo entre o Antigo
e o Novo Testamento é de 400 anos
O livro de Malaquias, o último
do Velho testamento, foi escrito 400 anos antes de Mateus, primeiro livro do Novo
Testamento. Além disso, o Antigo Testamento é finalizado com uma maldição, enquanto
o novo termina com uma benção.
3) A Bíblia católica possui sete livros a mais que a protestante
Com 39 livros no Antigo Testamento
e 27 livros no Novo Testamento, a Bíblia católica possui os livros Tobias, Judite,
I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico. Estes sete livros não
se encontram na Bíblia protestante.
4) No tempo do Antigo Testamento, o preço dos escravos estava nos dentes
Se o escravo tivesse um dente
arrancado, seu dono era obrigado a libertá-lo. Tal medida era usual, pois a lei
estabelecia que o preço do escravo estava em seus dentes. A passagem sobre isso
se encontra em Êxodo 21:27, sendo um mandamento pregado por Moisés. Aliás, Moisés
é um personagem comprovadamente verídico na história da humanidade, além de ter
escrito o livro de Jó, o mais antigo da Bíblia, após passar 40 anos no deserto.
5) Jesus Cristo era leitor assíduo do Antigo Testamento
Segundo a obra Como pregar e ensinar com base no Antigo Testamento, da Editora
Mundo Cristão: “O motivo mais importante para nossa necessidade de conhecer o
Antigo Testamento é que ele era a Bíblia de Jesus. É claro que lemos sobre Jesus
no Novo Testamento. Mas Jesus mesmo nunca leu o Novo Testamento! Conforme já observado,
para ele, as Escrituras eram os livros que agora formam nosso Antigo Testamento”.
Os meninos judeus do tempo de Cristo costumavam memorizar livros inteiros da Bíblia,
assim como Jesus, que ficou dias no templo de Jerusalém debatendo seu conteúdo com
os adultos teólogos e eruditos.
6) Há livros da Bíblia que não mencionam Deus
Em “Ester” e “Cantares de Salomão”,
não há a palavra “Deus” em nenhum de seus versículos, mesmo que a inspiração dos
livros seja divina! Em “Cantares”, por exemplo, Salomão descreveu relacionamentos
amorosos que, na verdade, são interpretados por muitos como uma simbologia para
representar as mensagens de Cristo para sua noiva que, no caso, somos nós, a humanidade.
Nessa mesma linha, está a palavra Fé: ela aparece somente uma vez em todo o Antigo
Testamento, enquanto no novo, é escrita mais de 240 vezes!
7) O número “7” aparece em 375 versículos da Bíblia
Conhecido por ser um número
especial, o “7” significa Totalidade, pois é a união entre céu e terra (4+3=7).
O céu é representado pelo “3” (Pai, Filho e Espírito Santo) e a terra pelo “4” (Norte,
Sul, Leste e Oeste). João Evangelista utilizou o número diversas vezes, e no livro
de Apocalipse o “7” povoa boa parte de seu conteúdo, em que há representações como:
sete estrelas, sete lâmpadas, sete selos, sete pontas, sete olhos, sete trombetas,
sete anjos, sete trovões…
8) Um comerciante foi o responsável pelo início do Evangelho
Os textos das Escrituras foram,
em boa parte, organizados inicialmente por Marcião, comerciante muito rico nascido
na atual Turquia. Ele simpatizava com uma corrente cristã chamada gnosticismo, que acreditava que o Deus
do Antigo Testamento era “mau”, enquanto o Deus do Novo Testamento era bondoso.
Editada por Marcião, a Bíblia continha somente o Evangelho de João e onze cartas
de Paulo. Mesmo proibido pelas autoridades eclesiásticas no ano 170 a.C., o marcianismo sobreviveu
por 700 anos.
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