A 6ª SSB retoma em mutirão pela vida os 3Ts: Terra, Teto e Trabalho
com o objetivo de envolver todas as pessoas como protagonistas e solidárias na transformação
social, com atenção à situação de vulnerabilidade, miséria e exclusão, tanto urbana
quanto rural, de que padecem milhões de pessoas no Brasil.
O
tema da 6ª Semana Social Brasileira (2020-2022), Mutirão pela vida: Por Terra, Teto
e Trabalho, remete ao discurso do Papa Francisco no 1º Encontro Mundial dos Movimentos
Populares, promovido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, em colaboração com
a Pontifícia Academia das Ciências Sociais, reunidos no Vaticano, em outubro de
2014. Com isso, a 6ª SSB retoma em mutirão pela vida os 3Ts: Terra, Teto e Trabalho com o objetivo de
envolver todas as pessoas como protagonistas e solidárias na transformação social,
com atenção à situação de vulnerabilidade, miséria e exclusão, tanto urbana quanto
rural, de que padecem milhões de pessoas no Brasil.
Estudos
da Oxfam Brasil mostram que 45% de toda a área rural do país está em posse de 0,91%
de proprietários. Enquanto estabelecimentos com menos de 10 hectares, que estão
em posse de 47% dos estabelecimentos rurais, representam apenas 2,3% da área rural.
Para reduzir as desigualdades no campo, é preciso: a distribuição de terras que
não cumprem com sua função social; instituir políticas para reconhecimento e garantia
dos direitos da mulher no meio rural; proteger e garantir com os povos indígenas,
quilombolas, tradicionais e outras comunidades seus territórios; fortalecer e facilitar
o acesso da agricultura familiar ao crédito agrícola e distribui-lo de maneira equitativa.
O
direito à moradia é considerado um direito humano universal e assegurado pela Constituição
Federal em seu art. 6. Contudo, levantamento realizado pela Associação Brasileira
de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas
(FGV), aponta que o déficit de moradias cresceu 7% em dez anos, de 2007 a 2017,
tendo atingido 7,78 milhões de unidades habitacionais em 2017. Porém, no Brasil,
existem cerca de 6,05 milhões de imóveis desocupados há décadas. Cerca de 33 milhões
de pessoas não têm uma casa com condições dignas para viver, que se disponha de
iluminação, infraestrutura básica e conforto, o princípio da Dignidade da Pessoa
Humana. Em um país com alto percentual de pobreza e infraestrutura deficiente, no
contexto da pandemia, causada pela Covid-19, o déficit habitacional coloca milhões
de vidas em risco.
12
milhões pessoas estão desempregadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD),
do primeiro trimestre deste ano. Jovens entre
18 e 24 anos também foram afetados com a taxa atingindo 27,1%. Os registros indicam
ainda que esses valores são mais acentuados entre mulheres e pessoas que se autodeclaram
pretas ou pardas. A crise do coronavírus também já levou 2.5 milhões de pessoas
para o seguro-desemprego. Muitas pessoas que não perderam o emprego tiveram jornada
e salário reduzidos. Mais de 7 milhões de trabalhadores/as estão sob esse novo regime,
e recebem, em média, R$ 752 mensais.
O
girassol está sempre voltado para a luz. Na plantação de girassóis, quando há ausência
de luz, as flores viram-se umas para as outras para que possam se iluminar mutuamente.
Por isso, esse é o símbolo das Semanas Sociais. E, assim quer ser a 6ª Semana Social
Brasileira, diante dos desafios sociais, em mutirão, refletir, iluminar, construir
e realizar a transformação necessária.
As
ações dos mutirões da 6ª Semana Social Brasileira, que serão realizados por todo
o Brasil, terão três eixos estruturais: soberania, democracia e economia. Serão
mutirões de solidariedade, conversas, reflexões, orações, ações, poesias, formações,
participação social, por terra, teto e trabalho.
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Fonte: https://www.cnlb.org.br/?p=4718
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