POR QUE JESUS TINHA QUE MORRER PARA NOS SALVAR?
Vinicius Moura
Por que
Jesus tinha que morrer na cruz para que nossos pecados fossem perdoados? Deus
não poderia ter encontrado outra forma de garantir nossa salvação?
Essas
perguntas tratam do próprio núcleo da fé cristã. E é preciso entender
claramente as respostas que a Bíblia dá para elas.
Todos precisam de salvação
Todos
haveremos de prestar contas para Deus daquilo que fizermos ao longo de nossas
vidas. E como todos pecam – por inveja, mentira, ciúme, maledicência,
hipocrisia, ira, etc -, todos são culpados aos olhos d´Ele. Uns terão pecado
mais e outros menos, mas todos, inclusive você e eu, teremos juntado culpa
suficiente para sermos condenados.
E
como Deus é santo e abomina o pecado, nossos erros acabam por nos afastar da
presença d´Ele. Assim, torna-se preciso resgatar nosso relacionamento com Deus.
E a única forma de sermos aceitos de volta seria a reparação do mal
feito. É exatamente assim que funciona no mundo secular: um criminoso vai
para a cadeia e/ou paga multa para poder quitar suas contas com a
sociedade.
Ora,
Deus é muito exigente e nossos pecados são volumosos, portanto a punição
necessária para repará-los teria que ser pesada – consulte as punições
previstas na Lei dada por Deus a Moisés, descritas no livro de Levítico, para
ter uma melhor noção do que acabei de afirmar.
Nem
multa ou tempo passado na prisão seriam suficientes para oferecer a reparação
necessária. Somente o sacrifício de nossas vidas poderia alcançar isso. Mas aí
estaríamos destruindo aquilo que desejamos preservar.
Mas
não sendo oferecida a reparação necessária, não haveria como nos reconciliarmos
com Deus e continuaríamos afastados d´Ele. Para sempre. E essa condição é
exatamente aquilo que a Bíblia define como sendo o inferno.
Resumindo, por
nossa própria conta não conseguiríamos evitar a condenação e o inferno (o
afastamento permanente de Deus). Simples assim.
Como podemos ser salvos?
A
salvação requer, conforme já disse, uma reparação justa pelo mal feito. Mas
requer também que venhamos a escapar do ciclo “pecado/reparação”, como acontece
com o criminoso que sempre acaba voltando para a cadeia. Precisamos ser
transformados em seres que não mais se deixam dominar pelo pecado, sermos
regenerados.
Nada
disso pode ser feito com base nas nossas próprias forças. Tal tarefa não está
ao nosso alcance. Somente o próprio Deus tem poder para conseguir fazer isso.
Em consequência, a salvação não vem por nosso mérito. Depende da vontade
soberana de Deus e é aí que Jesus entra na “equação”.
Para
cumprir a primeira condição – reparação pelos pecados cometidos – Jesus
ofereceu seu próprio sangue como reparação (pagamento) pelos nossos pecados (2
Corintios capítulo 5, versículo 21). Agora, para que tal sacrifício possa ser
efetivo nas nossas vidas é preciso que aceitemos o que Jesus fez, ou seja
reconheçamos sua condição como nosso Salvador.
Tudo
isso também ajuda a explicar porque Jesus precisava ser homem e Deus – duas
naturezas convivendo no mesmo Ser. Precisava ser homem para poder representar
cada um de nós. E precisava ser Deus, porque seu sacrifício tinha que
transcender o tempo.
O
sacrifício de Jesus precisava reparar tanto os pecados humanos cometidos antes
da sua vinda ao mundo, como também os pecados que iriam ser cometidos depois da
sua passagem pela terra (como os nossos). E somente Deus pode transcender o
tempo, fazer algo que esteja fora da sua influência. Isto porque foi Ele quem
criou tudo, inclusive o próprio tempo.
A
segunda condição relacionada com a salvação – mudar nossa natureza para
deixamos de ser escravos do pecado – também foi satisfeita por Jesus. Quando o
aceitamos como nosso Salvador, tal fé nos garante uma nova natureza. Passamos a
ser novas criaturas. Funciona como se tivéssemos “nascido” de novo (João
capítulo 3, versículos 1 a 15 e 2 Coríntios capítulo 5, versículo 17).
Isto
não quer dizer que nos tornamos perfeitos, como Deus é. Embora tenhamos nova
natureza, isto é nova consciência do pecado, ainda continuamos a viver sob
influência dos pensamentos e hábitos antigos.
E o
processo pelo qual essa contradição vai sendo eliminada é o que a Bíblia
chama de santificação. E esse é o território de atuação do Espírito
Santo – é sua presença nas nossas vidas que gera a regeneração
necessária.
Outras razões para a vinda de Jesus ao mundo
Além
do papel fundamental no plano de salvação, a vinda de Jesus ao mundo cumpriu
três outras funções importantes. Primeiro, o seu amor por nós, que motivou seu
sacrifício na cruz, deu um golpe mortal em Satanás (Hebreus capítulo 2,
versículo 14). A partir da morte e ressurreição de Jesus, embora o Diabo ainda
continue a atuar neste mundo, sua derrota já está definida.
Depois,
Jesus revelou uma série de ensinamentos – instruções sobre como o ser humano
deve viver – fundamentais para que possamos agradar a Deus.
Finalmente,
a vida de Jesus entre nós foi um exemplo completo de como um ser humano pode
viver em santidade absoluta. Assim, quando tivermos dúvida sobre como agir nas
diferentes circunstâncias de nossas vidas, basta pensar sobre o que Ele teria
feito.
https://sercristao.org/por-que-jesus-tinha-que-morrer-para-nos/
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