domingo, 8 de agosto de 2021

SANTO AGOSTINHO

OS PAIS, “PRIMEIROS EDUCADORES”

Da mesma forma que a nós bispos compete pastorear nossa Igreja, também a vós, pais, compete governar vossa casa. Em ambos os casos, a fim de prestar contas a Deus daqueles que nos foram confiados. (In ps. 50,24).

– Deus ama a disciplina. E é perversa a inocência falsificada do pai que tolera os pecados de seus filhos. O pecado que não te desagrada no teu filho, na realidade é porque te agrada a ti. Embora não cometas o mesmo ato, é a mesma concupiscência que te move. (In ps. 50,24)

 

  • Todo pai de família deve reconhecer, neste título, uma dívida de amor para com aqueles que lhe foram confiados. Por amor do Cristo e da vida eterna, instrua, admoeste, corrija e exorte todos os seus. Ser pai não é um é um ofício, mas sim um serviço. (In Joan. 51,13).
  • Educa o teu filho. E faze isso de forma tal que, na medida do possível, a instrução vá acompanhada de pudor e liberdade. Quer dizer, procura que o teu filho sinta vergonha de te ofender sem que, por esse motivo, chegue a temer-te como se teme a um juiz… Se isto, porém, não for suficiente, não receies em lançar mão do castigo, produzindo dor nele, mas procurando a sua salvação. Muitos têm sido corrigidos por meio do amor, outros pelo temor: por temor ao castigo, eles chegaram ao amor. (Serm. 13,8).
  • Melhor amar com severidade do que enganar com suavidade. (Epist. 93,2.4)
  • Não consiste a felicidade em ter filhos, mas sim em ter bons filhos. (In ps. 127,15).
  • Não se deve dar a todos o mesmo remédio, se bem que a todos é preciso dar o mesmo amor. Uns devem ser amados com gentileza, outros com severidade. Com um amor, que sem ser inimigo de ninguém, seja atencioso com todos. (De cat. rud. 15,25).
  • O fato de dar já supõe mérito para receber. (Epist. 266,1).
  • Não é a mesma coisa “ser” pai, que “cumprir as funções de pai” (Serm. 44,1; Epist. 208,2).

Oração do Pai de Família

 

Senhor, tu que fizeste com que eu te encontrasse e me concedeste o ânimo para seguir buscando-te, não me abandones ao cansaço e à desesperança.

Faze com que eu sempre te procure, e cada vez com mais ardor e dá-me a força para fazer progressos na tua procura.

Diante de ti coloco minha fortaleza e, junto com ela, a minha fraqueza. Aumenta em mim a primeira e sara-me da segunda.

Diante de ti coloco minha ciência e, junto a ela, a minha ignorância. Ali onde me abriste a porta, recebe-me, pois estou entrando. Ali onde me criaste, abre-me, pois estou batendo à tua porta.

Faze com que sempre me lembre de ti, faze que eu te compreenda, que eu te ame.

Acrescenta em mim teus favores até que eu totalmente me reforme em ti.

(De Trin. 15,28.51).

 

http://www.pnslourdes.com.br/familia/#sfvida

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