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A liturgia deste domingo leva-nos a refletir sobre a nossa vocação: somos todos
chamados por Deus e d'Ele recebemos uma missão para o mundo.
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Na primeira leitura, encontramos a
descrição do chamamento de um profeta: Isaías. E aqui, ele quer deixar claro
que sua vocação é obra do Senhor por que o profeta tem consciência dos seus
limites e sua indignidade. Mas Deus o chama para uma missão. De uma forma
simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos
de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado. A "purificação"
sugere que a indignidade e a limitação não são impedimentos para a missão: a
eleição divina dá ao profeta autoridade, apesar dos seus limites humanos.
Chama-nos a atenção que, Isaías se oferece ainda sem saber qual a missão que
lhe será confiada. Manifesta, dessa forma, a sua disponibilidade absoluta para
o serviço de Deus. - O mesmo acontece com cada um de nós em nossa história
vocacional: de muitas formas Deus entra em nossa vida, chama-nos para a missão
e nos pede uma resposta positiva ao seu chamado. Temos consciência de que Deus
nos chama. Estamos atentos aos sinais que Ele semeia na nossa vida e através
dos quais Ele nos diz o que quer de nós?
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No Evangelho, Lucas apresenta um grupo
de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram sua proposta e
souberam reconhecê-lo como seu "Senhor". Aceitaram o convite para
serem "pescadores de homens" e deixaram tudo para seguir Jesus. Neste
quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer, ou
seja, ser cristão é estar com Ele na barca, escutar sua proposta e fazer o que
Ele diz: cumprir as suas indicações e lançar as redes. Isso requer uma
confiança incondicional. Ser cristão é reconhecer Jesus como Senhor e aceitar a
missão confiada a nós: ser pescadores de homens. O que exige de nós um
despojamento, ou seja, deixar tudo para seguir o mestre.
- A segunda leitura propõe-nos refletir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Nós, cristãos, ressuscitaremos um dia, porque Cristo já ressuscitou. O Ressuscitado fez-se presente na vida dos apóstolos e, como tal, converteu-se em motivo da pregação e da fé. Falar da ressurreição de Jesus, não é falar de um fato apenas histórico, mas de um fato que ultrapassa a explicação e torna-se um dado de fé. Ela aconteceu e tem eficácia até hoje, porque continua convertendo em homens novos todos os que aceitam o projeto de Deus. Somos convidados a continuar com nossas vidas o testemunho da ressurreição de Cristo e sua ação libertadora.
http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2021/12/06_02_22.pdf
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