1. IGREJA CATÓLICA DO BRASIL
PRAZO PARA INSCRIÇÕES AO
“SIMPÓSIO DE FORMAÇÃO ECUMÊNICA 2023” SE ENCERRA NO PRÓXIMO DIA 15
A
Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comunica que estão abertas,
até o dia 15 de janeiro próximo, as inscrições ao Simpósio de Formação
Ecumênica 2023 que vai acontecer, de forma virtual, dias 30 e 31 de janeiro de
2023.
Esta
edição do simpósio tem como tema “reaprender a escutar e a dialogar: nossa
missão″ e está interligada à reflexão sobre a sinodalidade. A formação,
que acontece de forma on-line, será das 19h30 às 21h30 nos dois dias, com
certificado aos participantes. O encontro, organizado pela Comissão para o
Ecumenismo da CNBB, vai refletir sobre o ecumenismo na perspectiva da
sinodalidade que aponta para o horizonte do caminhar juntos.
Reaprendera escutar e a dialogar
Segundo o
assessor da Comissão subscretário-adjunto de Pastoral da CNBB, padre Marcus
Barbosa Guimarães, um dos focos principais deste encontro é aprofundar o
exercício da escuta, tão falado, mas também tão abalado, ferido e descuidado,
sobretudo nos últimos tempos. “O recado que este simpósio traz é a necessidade
de reaprender a escutar e a dialogar em sintonia com o que o Papa Francisco vem
pedindo”, disse.
Estão
confirmados como conferencistas as irmãs Raquel de Fátima Colet e Regina da
Costa Pedro e os padres Abimar Oliveira de Moraes e Marcus Barbosa Guimarães.
Como se inscrever:
As inscrições podem ser feitas
diretamente, enviando o nome completo, a cidade e o estado, ao e-mail: ecumenismo@cnbb.org.br
https://www.cnbb.org.br/inscricoes-ao-simposio-de-formacao-ecumenica-2023/
DOM SALM: “3º ANO
VOCACIONAL NÃO É UMA CAMPANHA, MAS EVANGELIZAÇÃO COM O ESPÍRITO DA INICIAÇÃO A
VIDA CRISTÔ
A
Igreja do Brasil está vivendo seu terceiro Ano Vocacional. Em entrevista
concedida ao padre Luiz Miguel Modino, assessor de comunicação do regional
Norte 1 da CNBB, o bispo de Novo Hamburgo (RS) e presidente da Comissão para os
Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom João Francisco Salm, faz
uma reflexão sobre o tema vocação e sua particular importância na vida de todos
os batizados.
O 3º
Ano Vocacional, de acordo com dom Salm, não é uma campanha para captar pessoas
para os seminários e congregações religiosas, mas um tempo intenso de evangelização
com o espírito da Iniciação a Vida Cristã (IVC), segundo a inspiração
catecumenal que introduz a pessoa na relação com Deus, com a pessoa de Jesus e na
comunidade que também é missionária.
Confira,
a seguir, a íntegra da entrevista concedida ao padre Luiz Modino:
Por que
um Ano Vocacional no Brasil?
Havia um
desejo de se fazer um trabalho mais intenso no campo da Pastoral Vocacional,
mas existiram também algumas coincidências, como, por exemplo, já faz 40 anos
desde o 1º Ano Vocacional e 20 desde o 2º. Há uma necessidade de se fazer um
bom trabalho vocacional dentro de uma visão de quem evangeliza realmente. Não é
uma campanha, usando uma expressão popular, de catar gente para seminário e
convento, mas uma evangelização que tivesse o espírito da Iniciação à Vida
Cristã (IVC), segundo a inspiração catecumenal que introduz a pessoa na relação
com Deus, com a pessoa de Jesus e na comunidade que também é missionária.
Quando se
começou a trabalhar o Ano Vocacional, depois da aprovação pela CNBB, foram
pedidas sugestões de comissões da CNBB e de outros grupos de Igreja, e veio
muito desejo de um trabalho que levasse em conta o tempo que nós vivemos, o
Concílio II, a Conferência de Aparecida, o magistério do Papa Francisco, a
Igreja Sinodal, a Igreja em saída. É aquela compreensão de Igreja de um momento
muito atual que precisaria ser trabalhada de um ponto de vista
vocacional.
No
Congresso Vocacional de 2019, em Aparecida, dom Walmor dizia uma frase que se
tornou meio lapidar: sem consciência vocacional a Igreja não terá o vigor
missionário que ela precisa ter. Num tempo em que se fala tanto da necessidade
de uma Igreja missionária, de uma Igreja em saída, se não houver consciência
vocacional não se tem vigor para isso. Consciência do que é a vocação, dessa
relação com Deus, que toma a iniciativa, Ele responde, a gente se compromete
com Ele numa resposta de amor a Deus, que a gente vai descobrindo que nos ama.
E a partir daí fazer da vida uma ação generosa e gratuita em favor dos outros,
em favor da vida. As motivações são muitas, mas estão ligadas a esse contexto
para ter um Ano Vocacional.
O senhor
insiste muito numa animação vocacional que contempla todas as vocações, falando
de não buscar/catar gente para seminário e convento. Poderíamos dizer que no
subconsciente da Igreja a vocação ainda é vista como esse “catar gente” para o
seminário e o convento?
Sim, está
muito, muito presente. Por isso esse é um ponto em que nós insistimos muito nas
nossas reuniões de preparação do Ano Vocacional, que realmente abordássemos o
tema vocação em seu sentido mais amplo possível, a vocação enquanto resposta a
uma iniciativa de Deus. Eu gosto de lembrar isso para mim e digo que só o fato
de a gente existir, mesmo sem ter consciência disso, a gente é uma resposta a
uma iniciativa de Deus, que está antes de tudo.
É bonita
aquela passagem de São Paulo que diz que desde antes do mundo ser criado e
fundado, Deus nos escolheu para sermos santos. A iniciativa de Deus em nos
criar e o fato de virmos à existência, já é uma resposta. Quando a gente toma
consciência aos poucos, pela fé, de quem é Deus e do seu amor, a gente responde
com amor. Essa iniciativa de Deus em busca de diálogo com o ser humano vai se
completando e, na medida em que a gente responde a Ele amando, se traduz também
em ações concretas, em dar a vida, em ir a campo, à luta, ser missionário,
engajar-se nas várias atividades que se apresentam. Nisto se completa aquilo
que é o diálogo vocacional.
Na
verdade, vocação é uma tensão dialética entre Deus que toma a iniciativa e a
gente que vai respondendo. Disse o Documento Final do Sínodo sobre a Juventude
que é o entrelaçamento da iniciativa de Deus e da liberdade humana. Tem um
teólogo oriental que diz que ter fé é saber ser amado e responder ao amor
amando. Então vocação é descobrir-se chamado, amado, e ir respondendo também.
No casal, quando um descobre que é amado pelo outro começa a responder também
com amor, e aí se estabelece uma comunhão entre eles. É muito parecido na nossa
relação com Deus.
Como isso
vai se concretizando no processo vocacional e como pode ser aprofundado durante
o Ano Vocacional?
Esse é um
processo, uma catequese, uma evangelização que tem que ser feita. Quando nós
dizíamos na preparação que nós queríamos abordar a vocação em um sentido amplo,
não é para não falar das vocações específicas, muito pelo contrário, é para
entender melhor a identidade de cada vocação. É muito mais interessante saber o
que são as notas da escala musical sabendo da escala musical para poder entender
o tom de cada nota do que simplesmente falar de cada uma. Essa vocação
fundamental que é a resposta à existência, a resposta ao amor de Deus, vai se
explicitando, vai se particularizando, se individualizando e se personalizando
em cada pessoa.
Da minha
parte começo entender que eu não sou único, existem outros que também
respondem, cada um do seu jeito. O Papa dizia que toda a vida é vocação, a
existência é vocação, cada um é único, não se repete, mas existem semelhanças.
A gente fala das vocações leigas, tem muitas formas dos leigos responderem ao
amor de Deus concretamente, na sua vida pessoal, na família, junto aos
vizinhos, na comunidade, na sociedade, na política, sendo fermento, sal e
luz.
Existe
também a Vida Consagrada, com uma variedade tão grande de formas, mas
fundamentalmente são pessoas que descobriram que o amor de Deus basta e passam
a doar-se totalmente. Por isso, os votos não são restrição de algumas liberdades,
direito de se autodeterminar, direito de possuir alguma coisa, direito de ter
afetos humanos, é dizer que eu acredito tanto no amor de Deus por mim que eu
abro mão de tudo e me faço inteiramente como doação para os outros. E os
ministros ordenados, que devem ter esse espírito também.
Cada
vocação, ela tem que ser valorizada, identificada, por cada pessoa. Eu só me
entendo, me descubro na minha identidade diante de outras identidades. Quanto
mais eu entendo das outras vocações, mais eu vou entender a minha. A identidade
de cada vocação, ela fica mais clara quando a gente tem clareza da própria,
quanto visibiliza as outras mais entende a própria vocação. É um trabalho a ser
feito de começar de novo a entender que a vocação, ela não surge mais dentro de
uma cristandade, um ambiente favorável em que se apresentam todas as coisas bonitas
de cada vocação e aí vai surgindo. Se não houver na base cada vocação, encontro
com Jesus, a coisa não acontece.
Bento XVI
disse em Aparecida que tudo começa a partir da experiência de um encontro, que
é um ato de fé diante de alguém que impacta à gente, e a partir daí as coisas
começam a se deduzir. Se não houver essa experiência pessoal, tudo fica ligado
a gostos, a fazer coisas que o padre faz, que a irmã faz, que se fazem no
casamento. E a vocação é mais fundamental, bem antes disso, e vai dar um
colorido a todas essas coisas que a gente começa a fazer em função daquela
vocação específica que a gente abraça.
Nessa
universalidade das vocações, nessa vocação vista a partir de um todo,
poderíamos dizer que está nos conduzindo a uma Igreja sinodal. Como entender a
vocação em vista da sinodalidade?
Não dá
para ser cristão sem viver a comunhão, a unidade. A sinodalidade é comunhão, é
união, a qualquer preço, e isso por um compromisso com Deus, uma disciplina. É
uma espiritualidade, um modo de pensar, de ser, de agir, que não elimina o
debate, uma dialética. Mas isso sempre num caminho que não promove divisão.
Hoje temos muitas pessoas que discordam e até se apresentam com bastante
eloquência e acabam convencendo, mas acabam dividindo, e aí tem um tentáculo de
algo que não é bom.
As
vocações precisam ser entendidas antes de tudo como uma relação pessoal com
Deus, que se revelou em Jesus Cristo e tem a força do Espírito Santo, e que nos
pede que vivamos juntos como Igreja, como povo, como assembleia daqueles que
Deus convocou. Convocados por Deus todos participamos de uma mesma Igreja e
aqui nós nos ajudamos, nós podemos até divergir no modo de pensar, mas enquanto
vivência do Evangelho, exercício do amor, da fraternidade, isso deve estar
acima de qualquer preço.
A
sinodalidade ela é muito grande. Quando o Papa veio com a proposta desse tema
do Sínodo surgiram muitas reflexões sobre isso. Ele foi iluminando muito bem o
que ele entendia por isso. Exercício da escuta não é coisa simples, não é só ouvir
para matar a curiosidade em relação ao que o outro pensa, é, muito mais, um
exercício, como ele dizia, de ouvir tanto o outro a ponto, de ouvir o que Deus
tem a dizer. Ou procurar ouvir a Deus com tanta sinceridade que realmente
começa a compreender o que se passa com o outro.
É uma
coisa grande, mas exige da gente humildade, fé, coragem, lucidez, uma
espiritualidade saudável, verdadeira, uma abertura para o mundo, para a vida.
Vocação numa Igreja sinodal é antes de tudo comunhão, não é para eu ter o meu
lugar só, e eu ter os meus direitos, é uma doação dentro de uma comunidade de
vida. Pode ser uma pequena comunidade a partir da família, comunidade
religiosa, mas também comunidade de fé, de Igreja, junto com os irmãos e irmãs
na fé.
O tema do
Ano Vocacional é “Vocação, Graça e Missão”. Existe o perigo de ver a vocação
como uma graça pessoal que recebemos de Deus e deixar de lado também um chamado
a assumir uma missão na Igreja?
Em
relação a tudo, também em relação às coisas da fé, existe sempre o risco de uma
compreensão limitada, reducionista ou individualista das coisas, esse é um
risco que todos corremos. Quando se diz que a vocação é graça, não dá para
vê-la fora de algo que tem a ver com uma iniciativa de Deus para todos nós,
tudo é graça, tudo é iniciativa de Deus em relação a nós, dele recebemos tudo.
Chegar ao ponto de poder entender que é um dom, mas não é um dom porque eu sou
um privilegiado, porque eu sou alguém colocado para ser alguém com méritos
pessoais.
Quando se
entende que é dom, que é graça, é para si, mas é para a Igreja também, para
todos, como os carismas. Os carismas são um dom para a própria pessoa, mas são
na pessoa um dom para os demais, tudo na pessoa é um dom para os demais. A
gente não pode viver fechado sobre si mesmo. Essa auto referencialidade que o
Papa fala não é a nossa identidade, não é da nossa natureza humana e cristã,
dentro daquilo que é o projeto de Deus respeito à pessoa humana, somos a imagem
e semelhança de Deus, que é comunidade, que um é para o outro, se fechar sobre
si não dá.
Há um
risco de achar que vocação é uma coisa que eu senti dentro de mim e pronto.
Porque existe esse risco também, existe a necessidade do discernimento da
vocação, tem que ter um acompanhamento vocacional, uma boa direção espiritual,
a pessoa se instruir, a comunidade vai ajudando a pessoa a sentir-se confirmada
naquilo, a Igreja, as pessoas que acompanham em nome da Igreja, dão seu parecer
também. Mas o risco de se sentir alguém especial, um profeta, sempre existe.
Quando mais vaidade humana, maior o risco. Tem que ser com muita oração, com
retiros, com trabalho concreto de abrir-se aos outros, à necessidade dos
outros, ir discernindo, é um caminho, um processo, descobrir realmente o que
Deus quer da gente.
Em
relação ao lema “Corações ardentes, pés a caminho”. O que quer ser transmitido
com esse chamado?
O lema
tem algo de especial quando se fala da vocação como encontro com Jesus. Esse
“corações ardentes” aparece muito na experiência dos discípulos de Emaús. Os
discípulos de Emaús diziam: “não ardia o nosso coração quando ele nos falava?”
Essa experiência na oração, na fé, também com uma espiritualidade autêntica,
leva ao encontro com Ele. E nesse encontro é que as pessoas começam a sentir
dentro de si algo que estimula a se pôr a caminho. Ela parte em missão, para o
trabalho junto aos outros e dá a vida pelos outros.
A partir
disso que a pessoa vai tendo um outro olhar para superar aquilo que o Papa
chama de indiferença. Quando a pessoa se torna mais sensível, a partir desse
encontro com Jesus, a gente começa a ver com outros olhos, a gente se compadece
mais facilmente. Como dizia São Paulo: “ai de mim se não evangelizar”. Eu estou
vendo agora, eu preciso fazer alguma coisa.
O tema
“Corações ardentes, pés a caminho”, mostra muito o dinamismo que há dentro da
vocação. Vocação só é uma palavra, um conceito, mas vocação enquanto pessoa que
está em diálogo com Deus tem um dinamismo muito grande, há uma dialética de algo
que desperta um sonho, que faz perceber uma realidade, que se dá conta da
iniciativa de Deus, da fé, mas ao mesmo tempo sente que há uma necessidade de
responder a tudo isso, com suas limitações e qualidades. Esse lema é muito
feliz, ele ajuda a tudo isso, e serve para todas as vocações, cada pessoa em
sua realidade concreta, isso é importante.
O grande
objetivo geral deste Ano Vocacional é promover uma cultura vocacional nas
comunidades eclesiais. Como concretizar isso?
Cultura é
uma palavra que nem sempre é tão popular, apesar de significar tudo o que é do
povo, o que é da nossa vida, o modo de pensar, de ser, de agir, de se
relacionar, como se vive na comunidade a fé, nas nossas catequeses, os
movimentos, as pastorais, que haja ali um clima favorável a esse encontro com
Deus, a essa compreensão de olhar o mundo ao redor, de responder aos desafios
que existem, olhar o pobre, o necessitado, olhar esses ambientes de pessoas de
onde sobe um clamor que Deus ouve e aqui Ele responde enviando pessoas que se
sensibilizam e se põe a caminho.
Isso é
muito bonito quando se começa a compreender que não é que Deus pega alguém pelo
cangote, pelo colarinho, e puxa para cá e para lá. Deus nos predispõe com sua
graça, uma predisposição que Ele cria dentro da gente. Se a gente começa a
perceber que Deus nos fez capazes de amar, capazes de dar a vida, e Ele nos deu
inteligência de verdade, age através desses dons que nos concedeu, para a gente
poder usar a própria liberdade e a gente ir tomando iniciativas, dando respostas
a partir da vontade da gente.
A vocação
não é um fatalismo, não é uma coisa predeterminada, que está escrito nas
estrelas, que é um escrito de teatro, porque o diálogo vocacional respeita
sempre a liberdade humana. Essa compreensão de vocação assim vai ajudando a
gente a sentir-se mais digno, mais corresponsável com Deus e colaboradores com
Ele.
Ele opera
nossa vida, mas nós também operamos a nossa parte. Ele sabe que tudo depende
dele, mas Ele nos deu inteligência de verdade para se colocar à disposição.
Jesus diz: “se tu queres, e a gente também tem que querer”. Essa temática
vocacional é muito bonita, biblicamente, antropologicamente e de fé profunda. A
mim me ajuda muito em minha vida pessoal compreender assim essas coisas, cada
vez mais, pois a gente sabe tão pouco. Mas isso me ajuda demais quando começo a
pensar esse lado da fé vivida assim, nessa relação com Deus, que me ajuda a ver
o mundo ao meu redor e me dá forças de inspiração para me colocar a
caminho.
O que o
senhor espera que o Ano Vocacional aporte à Igreja do Brasil?
Eu espero
que de fato essa compreensão bonita, grande, ampla de vocação e das vocações
específicas, isso se torne cada vez mais claro para todos, na família, na
comunidade, nas pastorais, nos movimentos, na catequese, em todos os espaços
onde se formam e se forjam cristãos. Que isso se torne uma coisa cada vez mais
clara, consciente de que a minha vida é uma resposta à uma iniciativa de Deus.
Quanto mais se fizer essa explicação, e não só a explicação, pois o fato de
entender não resolve ainda, seja feito dentro de um olhar mistagógico, que
realmente leve ao encontro com Deus.
Que a
pessoa faça seu ato de fé, e que nesse ato de fé ela consiga dar sua resposta
generosa e uma forma concreta de amar, já que a vocação de todos nós é amar, um
amor que se concretiza em cada vida particular, em cada pessoa. Quanto mais a
pessoa vai amadurecendo e vai fazendo da sua vida uma oferta aos outros, mais
ela consegue ser uma presença luminosa no meio dos outros, o fermento que Jesus
nos pede. Nós vamos dar grandes passos em relação a isso, os tempos de hoje
exigem isso para ter uma identidade cristã e católica, e acho que vamos dar
muitos passos.
Tenho
notado que há muitos grupos animados nas dioceses, nas paróquias, nas
congregações. Houve uma acolhida muito grande dessa proposta do Ano Vocacional e
o pessoal está correspondendo bastante. É um momento de graça realmente, os
frutos só Deus sabe, mas eles vão aparecer.
https://www.cnbb.org.br/dom-salm-3o-ano-vocacional/
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