"CULTIVE
SEMPRE UMA CULTURA DE PAZ E DE NÃO-VIOLÊNCIA: AQUELES QUE VIVEM AO SEU LADO
MERECEM, AQUELES QUE CRUZAREM SEU CAMINHO AGRADECEM"
Por Lindolivo Soares Moura (*)
"A força gerada pela não-violência é
infinitamente maior do que a
força de todas as armas
inventadas pela engenhosidade do homem"
[M. Gandhi]
Se o ser humano é portador de uma
tendência inata e natural para o bem [e para
a paz], como quer Rousseau, ou para o mal [e para a guerra] como prefere
Hobbes, provavelmente jamais saberemos ao certo. Os exemplares da espécie que
estão à nossa disposição, dispostos a nos ajudar a elucidar essa questão,
infelizmente não têm facilitado muito as coisas: até agora não estamos
convencidos de nenhuma das duas versões. A questão permanece portanto em
aberto. Pelo sim e pelo não a experiência ultimamente tem nos surpreendido com
uma dose extra de violência raramente vista, fazendo com que vários sinais de
alerta fossem acionados. E se a rotina e o distanciamento dos fatos costumam
turvar nossa vista e dificultar nossa visão, melhor não deixar para depois essa
nossa reflexão. Mãos à obra, então!
De um modo geral nossas instituições
costumam operar quase sempre com estratégias chamadas de
"intervenção", e só muito raramente com alternativas de
"prevenção". Isso, apesar das estatísticas demonstrarem, à exaustão,
que essa inversão de opções não é somente um equívoco; é também muito mais
onerosa em termos de investimento econômico: para cada valor investido em intervenção, dois terços
poderiam ser poupados caso se optasse por investir em prevenção. É provável que
o mesmo raciocínio valha para o binômio "guerra e paz"! Se o
raciocínio faz sentido, é possível afirmar que a manutenção de uma guerra seria
pelo menos triplamente mais onerosa do que o que seria necessário para se
manter a paz. Acrescente-se a isso o número de mutilados e de vidas perdidas e
sacrificadas, e essa equação passa a ser ainda mais absurda e vergonhosa.
"Ora bolas" - você deve estar se perguntando, mesma interrogação que
também fazemos nós: "se é esse o xis da questão, por qual razão não se
inverte essa lógica e se passa a investir mais em prevenção que em
intervenção!?". Resposta simples, rápida, e óbvia: [quer fazer um
exercício de lógica, e tentar responder antes? Não!? Então vamos nós!]: por
simples questão de POLITICAGEM!!! Tudo com maiúscula, para dar maior
visibilidade a essa verdadeira aberração! Agora uma outra pergunta, essa bem
mais fácil de se resolver a operação: o que salta mais aos olhos e
conseqüentemente arregimenta mais votos numa eleição: uma longa galeria
subterrânea bem projetada e bem construída, ou um buraco tamanho família a céu
aberto em plena avenida, engolindo feito buraco negro carros, pessoas, e
sabe-se lá Deus que outros tipos de objetos!? Boa resposta! Acertou em cheio!
Corre logo e marca lá no gabarito!
Desgraça acontecida, e lá estão os
mais diversos profetas e peritos do "pós evento" e da última hora
decifrando o diagnóstico! No caso da recente tsunami ocorrida em Brasília,
provavelmente ficaremos ainda mais cinco ou seis meses - gosto de ser otimista!
- discutindo e debatendo a questão. Faltam soluções e sobram explicações em
catástrofes desse tipo! A falta de exercício e de prática acabam emperrando a
máquina - Governamental, no caso - muito mais treinada em "tapar
buracos" que em evitá-los. Dessa forma não se adquire outro
"Know-how" senão aquele necessário para fins de intervenção. No fim
das contas deu no que deu: "Si
recte calculum ponas, ubique naufragium est!" - "Se as contas forem
feitas corretamente, o naufrágio será total!". A ordem só acabou entrando
em cena quando a desordem já havia feito
seu trabalho gerando o caos! "Omnia consummata!".
Não pretendo de maneira alguma ser um
profeta a mais, ou perito, a proferir diagnóstico sobre o assunto. Não vem ao
caso e tampouco faz meu tipo! Para esse fim, como já mencionei, certamente
sobrarão profissionais e
"experts" na resolução da questão. No final das contas a ordem dos
fatores não deverá alterar muito o resultado: tudo deverá acabar como quase
sempre tem acabado: em pizza! Buscando
coerência com nossa linha de raciocínio, e com o teor de nossa
argumentação, nossa intenção é pensar os
fatos à luz de uma estratégia de "prevenção", e não de
"intervenção". Ou seja: refletir, visando tempos futuros, sobre o
quanto se pode esperar colher quando se cultiva uma estratégia de paz e de
não-violência nos vínculos e relacionamentos que estabelecemos entre nós, seres
humanos. Ainda que esse último conceito - o da "não-violência" -
esteja intimamente ligado às estratégias de desobediência civil, como forma de
luta contra leis consideradas ofensivas e humilhantes, parece incontestável que
uma cultura de paz que tenha como corolário a não-violência seja, de fato, a
melhor e mais eficaz estratégia de convivência humana. Somos nesse sentido a
exceção da regra, quando comparados à forma como os demais seres vivos
sobrevivem dentro da natureza: sobra violência e falta diálogo e compreensão!
Por motivos óbvios, claro! Se como humanos que somos, considerarmos que o que
se deve ter em mente não se reduza apenas e tão somente ao desejo de uma
convivência pacífica e respeitosa entre as pessoas, mas também uma busca por
níveis sustentáveis de solidariedade e fraternidade, incluído nesse bojo níveis
mais elevados e significativos de ajuda e cooperação, a implantação de uma
cultura de paz, acompanhada por uma sincera disposição para a não-violência,
revelam-se ainda mais relevantes. Independentemente do tamanho do grupo, ou da
extensão do vínculo, com uma cultura de paz todos ganham, com uma prática de
violência ninguém ganha, todos perdem. Como afirma Sartre, "a violência,
seja qual for a forma como ela se manifesta, é sempre uma derrota".
As considerações feitas anteriormente,
como não poderia deixar de ser, são praticamente ignoradas por Sun Tzu em sua
mundialmente conhecida obra "A Arte da Guerra". Muito se comenta
sobre esta produção milenar; jamais entretanto me deparei com um único
comentário, unzinho sequer, que chamasse a atenção para o fato de que tal
escrito foi concebido tendo a guerra, e não a paz, como principal objeto de
análise e argumentação. É óbvio que em relação a isso o título fala por si
mesmo, como também é óbvio que, estabelecido um determinado pressuposto, todos
os argumentos e todas as proposições enveredar-se-ão na mesmíssima e única
direção. É como entrar em um beco sem volta, mas igualmente sem atalhos e sem
saída: tem-se obrigatoriamente que seguir adiante, sabendo-se lá Deus com o que
se poderá defrontar mais à frente. Maquiavel parece ter feito trajeto
semelhante, caindo com seu "Príncipe" no mesmo tipo de alçapão.
Príncipe esse que de espírito pacifista e disposição para com a
não-violência parecia ter muito pouca coisa;
ou quase nada; ou nada! Quilômetros-luz do Príncipe de Saint-Exupéry! O certo é
que Maquiavel jamais fez uso, uma única
vez sequer, da expressão "os fins justificam os meios". Mas o
direcionamento de seus argumentos e de sua argumentação não permitiu senão esta
única e inevitável conclusão. Não caia jamais, portanto, na tentação de buscar,
na obra de Sun Tzu, um único parágrafo em defesa da paz e da não-violência como
estratégias de convivência! O próprio título da obra parece não deixar margem
alguma para esse tipo de pretensão e de ilusão! Se você procura fundamentos
para seu "grito de paz" - e não "de guerra", como costuma
ser o grito de grupos extremistas polarizados e radicalizados - leia, entre
outros, "Os Sete Caminhos Para a Paz", do Internacional Rotary Club. Vai
se sentir bem mais confortável, tranquilo e apaziguado! No livro de Sun Tzu
você não encontrará essa serenidade e essa paz de espírito não!
Ouvimos também o que foi dito pelo
líder romano Flávio Vegécio: "se queres a paz prepara-te para a
guerra!" Entretanto é preciso que se diga alto e a bom som: quem almeja a
paz, tanto de espírito como nos vínculos e relacionamentos que estabelece,
precisa semear diligente e pacientemente uma cultura de paz e de não-violência,
e não de guerra! Porém não se engane: nem toda semente cresce rápido e menos
ainda facilmente: a paz é um exemplo típico, desse tipo de semente. Se se
almeja uma paz duradoura há que se preparar bem o terreno, retirar as pedras
que impedem a semente de brotar, arrancar os espinhos que a se sufocam e
dificultam seu crescimento, além de ter que permanecer muito atento com as aves
de rapina que sobrevoam o espaço de vez em quando. Pessoas
"apedrejadas", machucadas e sufocadas, não experimentam paz de
espírito nem por decreto! E olha que um
espírito abatido e atribulado, humilhado e rebaixado, sofre muito mais que um
corpo ferido e machucado! E como sofre! O Mestre diz ao seu discípulo:
"plante esta semente para que a árvore cresça!". O mal e a maldade
incorporados no pupilo tentam dissuadi-lo: "mas Mestre, essa árvore leva
dezenas de anos para crescer!". Retruca o Mestre sem se deixar persuadir:
"e o que você está esperando!? Vá plantar o quanto antes, essa
semente!". As pessoas almejam a paz, anseiam por ela ardentemente! Mas se
esquecem de que é preciso preparar antes o terreno, lançar sob o sol ardente a
semente, e depois cultivá-la cuidadosa e pacientemente. É preciso que se plante
hoje o que se deseja colher amanhã! Mas apenas plantar não basta! É preciso
cuidar da terra, regar a planta, e proteger a semente!
É também de Sun Tzu a afirmação de que
"a melhor defesa é o ataque". Espíritos bélicos são treinados em
artes bélicas, e é sobre artes bélicas que ensinam! Espíritos pacíficos,
pacifistas e pacificadores são treinados por outros Mestres, praticam e ensinam
outras lições! Eis por que a mansidão da mente e a humildade do coração foram
alçadas à estatura de "bem-aventurança"! Nada carece mais de sentido
que as assim chamadas "guerras frias", em que as armas, os canhões e
as ogivas são silenciados, enquanto o medo, o terror e o terrorismo vão sendo
implantados. "O medo é um microscópio que faz aumentar o perigo",
ensina Jean Commerson. A não-violência e os pactos de não-agressividade mútuos
são boa semente, sem dúvida, mas não bastam, não são suficientes! Bombas e ogivas
não desativadas representam perigo iminente! O mesmo ocorre com espíritos que
não se desarmam e vivem o tempo todo carregados: estão sempre prestes a
explodir repentinamente! Muitos vínculos e relacionamentos são construídos e se
mantêm estruturados à base dessa estúpida estratégia chamada "guerra
fria"! Guerra fria mas que de fria não tem nada! São pelo contrário
espíritos "superaquecidos" o tempo todo, municiados com a pólvora do
odio, da raiva, do ressentimento, da desconfiança e do espírito de vingança!
Explodem sem aviso prévio em qualquer lugar e a qualquer momento, quando menos
se espera! Qualquer mínimo incidente serve de estopim e é suficiente para fazer
explodir o artefato. Da mesma forma, pactos de não-violência são importantes,
sem dúvida alguma, mas apenas uma cultura de paz, mansidão, respeito e
tolerância, é efetivamente capaz de assegurar uma paz verdadeira e efetivamente
duradoura! Seja entre povos, nações, grupos, pessoas; enfim, a paz da própria
mente! "Consciência" também serve aqui!
Falemos agora de uma outra guerra,
guerra esta que, contrariamente às demais, não pode e não deve cessar nunca,
jamais! Guerra para a qual o combate persistente é a única saída, e o
cessar-fogo um desastre iminente! Estamos falando da difícil batalha a ser
travada contra o preconceito, a intolerância, o prejulgamento, a discriminação
e a exclusão. Essa luta não pode cessar nunca, e baixar a guarda significa
fazer entrar em cena a agressividade e a violência! "Enquanto a cor da
pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra", é o que
ensina Haile Sellassie. Observe bem e verá que há um fato curioso nisso tudo:
nenhuma das atitudes mencionadas é
inata, já percebeu?Nenhuma já nasce com a gente! Todas elas são aprendidas e
adquiridas! Crianças de cor e sexo diferentes brincam juntas no mesmo parque,
na mesma praia, enquanto infantes judeus e palestinos correm atrás da mesma
esfera redonda, numa partida de futebol! Nenhum estranhamento há, em suas
mentes, nenhum preconceito, em seus corações! Mas se enquanto crescem, uma
cultura de racismo e injúria lhes é ensinada, a paz e a convivência pacifica
vão pouco a pouco sendo extirpadas! Daí para frente tudo muda, e não tarda
muito para que a violência entre em cena e guerras sejam travadas!
"Planta-se um pensamento, colhe-se um ato! Planta-se um ato, colhe-se um
hábito! Planta-se um hábito, colhe-se um caráter! Planta-se um caráter,
colhe-se um destino!": eis o que Marion Lawense nos ensina. Todos sabemos
por experiência própria que não se muda um hábito com um ato; menos ainda por
decreto, ou com qualquer tipo de "canetada"! Isso são coisas de
políticos malucos, que querem mudar tudo sem terem aprendido nada! Hábitos só
se permitem ser mudados com novos hábitos: hábitos viciosos dando lugar a
hábitos virtuosos, culturas de guerra e morte cedendo a vez a culturas de vida
e paz! O resto é conversa pra boi dormir! O resto é conversa fiada!
Impossível fechar nossa reflexão sem
um ou dois parágrafos sobre uma certa guerra em particular: a
chamada..."tcham tcham tcham tchaaaam!!!": "guerra dos
sexos"! Agora o bicho vai pegar!!! Única e exclusivamente - esclareçamos
antes de mais nada - por questões de espaço e tempo, trataremos dessa
"batalha épica" apenas entre pessoas do sexo oposto, homens e mulheres.
Os demais gêneros e identidades afetivas que nos perdoem: terão também seu
tempo e sua vez em outra oportunidade! Dito isso, prossigamos! Se a natureza os
fez - homem e mulher - perpetuamente
atraentes um "para o outro", os fez também sempre às turras, um "contra o outro". Embora as
brigas pelo poder entre ambos possam se prolongar por tempo infindável, sem
tempo e hora para acabar, parece haver sempre, entre homem e mulher, uma
espécie de "contrato" ou acordo implícito, pelo qual nenhum dos dois
deva ganhar: a guerra precisa continuar! Aparentemente faz parte da natureza do
vínculo que tais batalhas sejam travadas, bem como parece ser coisa típica
desse tipo de convivência, que tais batalhas obedeçam a uma espécie de
"eterno retorno", como diria Nietzsche! Tudo indica também que é
"conditio sine qua non" que se dêem bem; mas "não tão bem
demais": apenas o suficiente para que se faça uma pequena parada a fim de
que as baterias sejam recarregadas, as forças recuperadas, as estratégias
revistas, a luta reiniciada, e a guerra enfim poder seguir em frente, numa
eternidade sem fim! Talvez venha daí a sugestão em forma de advertência do
filósofo grego Sócrates: "Casa-te! Casa-te sempre! Se tiveres uma boa
esposa - e um bom marido, deveria dito também, mas não disse! - serás feliz! Se
tiveres uma má esposa, tornar-te-ás filósofo!". Se foi exatamente isso que
ocorreu com Sartre e Simone de Beauvoir, não sabemos! Sabemos apenas que se
tornaram, ambos, dois grandes filósofos! O resto fica por conta da fantasia e
da imaginação.
Diagnosticamente falando, aprecio
muito a explicação de Thomas Szasz para o problema da chamada "guerra dos
sexos". Diz ele: "homens e mulheres 'apaixonados' partilham da crença
enganosa de que vivem no mesmo mundo!Passam a 'se amar' de fato, um ao outro,
quando admitem que vivem em mundos diferentes, mas estão dispostos, vez por
outra, a cruzar o abismo que os separa". Nem otimismo exagerado, nem
pessimismo exacerbado: realismo com esperança! Bem ao estilo de Ariano
Suassuna, diga-se de passagem! Katherine Hepburn parece compartilhar dessa
percepção de Thomas Szasz. É dela a seguinte afirmação: "às vezes duvido
que homens e mulheres realmente combinem entre si! Talvez devessem ser
vizinhos, e apenas se visitarem de vez em quando"! Bela definição, Catherine,
bela definição! Saindo do diagnóstico para o prognóstico, se apesar de todas
essas diferenças, ainda assim homens e mulheres entendem que vale a pena sair
da "vida a um", "juntarem os trapos" e partir para "a
vida a dois", fazendo vir à existência uma "vida a três", com a
chegada dos filhos, é bom não esquecer que entre o "diagnóstico" e o
"prognóstico" a "terapêutica" também precisa entrar em
cena. E é justamente aqui que uma cultura de paz e de não-violência pode fazer
toda a diferença. Senão vejamos! Ponto, parágrafo!
Reflita com calma, muita calma, ou
releia várias vezes se preferir, essas palavras do grande Mestre Anselmo Grün:
"Precisamos nos despedir muitas vezes não apenas de pessoas! Mas também de
hábitos, de fases da vida, de padrões de vida! Quem nunca se despediu de sua
infância, terá sempre desejos infantis em relação a tudo - 'e a todos',
acréscimo nosso - que o cerca! Quem nunca se despediu de sua puberdade, ficará
preso nas ilusões que inventou em relação à vida! É fundamental nos despedirmos
de nossa juventude para que possamos nos tornar adultos; de nossa vida de
solteiro, quando decidimos nos casar; de nossa profissão, quando chega o
momento de nos aposentar! Enfim - conclui Grün - precisamos nos desprender
constantemente do nosso passado, se queremos nos abrir para o futuro".
Claro que poderíamos encerrar por
aqui! O homem já disse tudo! Precisaria dizer algo mais!? Fico um tanto
desconfortável, depois das palavras de Grün, de continuar dizendo qualquer
coisa, mas mesmo assim me atrevo a responder que sim, é preciso algo mais! Sem
dúvida alguma tudo o que foi mencionado é importante, essencial, fundamental!
Mas ainda assim é preciso ir além: é preciso que se cultive, não somente neste,
mas em todo e qualquer tipo de vínculo ou relacionamento, uma cultura de não-violência e de muita paz! Paz que como
bem já foi dito, e com frequência se repete, não significa apenas ausência de
agressividade, violência, guerra, como reza o ditado, mas paz que é presença
constante de lealdade, doação, companheirismo e amor genuíno! Pois o certo é
que muitos vínculos amorosos, conjugais ou não, nem sempre chegam fim apenas
por motivo de agressividade, violência, desrespeito e intolerância! Claro que
tudo isso é grave, gravíssimo! Mas à semelhança da luz de uma vela que vai se
queimando e apagando aos poucos, lenta e calmamente, é preciso pensar também
naqueles relacionamentos e vínculos que vão definhando devagar, devagarzinho,
progressiva, lenta e silenciosamente, por falta de carinho, cuidado,
companheirismo e afeto! A falta de tudo isso também gera dores, tristezas,
raiva - "raiva" sim, pensa que não!? - desesperança e
ressentimentos! E isso também são
pedras, espinhos, joio e cizânia, a maltratar a semente! Da "sente do
amor", estamos falando! Somente o cultivo de sementes de excelente
qualidade, e de alto teor "calórico"
- carinho, amor, emoção, afeto - pode fazer frente a tudo isso! Somente
sexo "caliente" não basta, é insuficiente! Hay que calentar todo lo
demás! Só assim a alegria conseguirá superar a dor, e depois da tempestade a
bonança haverá de retornar!
L.S.M. 01/23
(*) Reflexão vindo de Vitória(ES)
enviada por whatsapp.
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