OLÁ! PRA COMEÇO DE
CONVERSA...
Sejam todos bem-vindos à casa do Pai!
Nesta Quarta-feira de Cinzas iniciamos o Tempo da Quaresma. Busquemos viver
este tempo de graça com intensidade.
Com o sinal da cinza em nossa fronte,
expressamos nossa necessidade da graça divina e manifestamos nossa disposição
de vivermos a conversão quaresmal para a celebração central da vida cristã, a
Páscoa, com a ajuda da Campanha da Fraternidade. Ela nos lembra a grave
realidade da fome e a ordem de Jesus de se dar de comer a quem não tem
alimento. Vivendo mais intensamente a oração, o jejum, a prática do amor
solidário, tornaremos nosso coração mais aberto à graça de Deus.
A Quaresma é um tempo que nos convida
à conversão e mudança de vida. Pelo jejum, oração e caridade nos colocamos
neste caminho. Com o tempo quaresmal, damos abertura à Campanha da Fraternidade
que este ano tem como tema: "Fraternidade e Fome", e o lema:
"Dai-lhes vós mesmos de comer" (Mt 14,16). Vivendo este tempo, nos
deixemos interpelar por esta triste realidade e busquemos ações concretas para
transformação.
01- Liturgia da Quarta-Feira
de Cinzas–Ano A
O
profeta Joel prepara o Povo de Deus para o «Dia do Senhor», chamando-o à
conversão pessoal. O texto que vai ser proclamado é uma oração sacerdotal,
implorando o perdão para o Povo de Israel.
Revistamo-nos
dos sentimentos que manifesta e avancemos confiantes na misericórdia do Senhor.
Começa a
Quaresma com um forte apelo à conversão e de esperança no perdão do Senhor,
extraído do final da primeira parte do livro do profeta Joel (1, 2 – 2, 17).
Num estilo solene e apocalíptico, fala de uma invasão de gafanhotos medonhos,
mas sem ficar claro se fala em sentido próprio ou figurado. Se a obra é
anterior ao exílio de Babilônia, aludiria a invasões de exércitos inimigos; se
é posterior, tratar-se-ia de alguma praga agrícola. Joel não se detém a
denunciar os pecados concretos do povo, como é costume dos grandes profetas.
Diante da enorme calamidade apresentada como castigo divino, o profeta apela
para uma sincera conversão, a começar pela dos sacerdotes (1, 13).
Também S.
Paulo, na segunda Carta aos fieis da Igreja de Corinto, nos dirige um
insistente convite à conversão pessoal, depois de nos dizer que o convite não
vem dele, mas de Deus: «Nós vo-lo
pedimos por amor de Cristo: reconciliai-vos com Deus.»
Possa
este convite ressoar aos nossos ouvidos durante estes quarenta dias da Quaresma
que hoje começa.
Toda a vida do
cristão é tempo favorável para se converter, mas este da Quaresma é-o
especialmente, pelas graças que nos são concedidas.
Manifestemos a nossa
generosidade, aclamando o Evangelho que nos ensina este caminho de conversão
pessoal.
No Evangelho(Mt 6,1-6.16-18) Jesus pede aos seus
discípulos uma justiça superior à dos escribas e fariseus, mesmo quando
praticam as mesmas obras que eles.: “Guardai-vos de fazer as vossas boas obras
diante dos homens, para vos tornardes notados por eles”. Agora aplica esse
princípio a algumas práticas religiosas do seu tempo: a esmola, o jejum e a
oração. Há que estar atentos às motivações que nos levam a dar esmola, a orar,
a jejuar, porque o Pai vê o que está oculto, os sentimentos profundos do
coração. Se buscamos o aplauso dos homens, a vanglória, Deus nada tem para nos
dar. Mas se buscamos a relação íntima e pessoal com Ele, a comunhão com Ele,
seremos recompensados. Se não fizermos as boas obras com reta intenção somos
pessoas ímpias, de acordo com o uso hebraico do termo. Com São Mateus,
aprendemos de Jesus a ficar atentos, a fim de que os sinais externos expressem
verdadeiramente o que se passa em nosso coração e jamais possam ser motivo de
vanglória.
A esmola, a oração e o jejum são sinais exodais que nos
recordam o passado e abrem nossa mente e corações para a coragem de refazer o
caminho ou mesmo de iniciar um caminho novo, em que a presença e a força do
Senhor vão ao nosso lado e não nos deixar tropeçar. Acolhamos este tempo novo,
como tempo maravilhoso da graça do Senhor, que, uma vez mais, vem ao nosso
encontro.
02- A CAMPANHA DA FRATERNIDADE
2023
A Campanha da Fraternidade – é o modo
brasileiro de celebra a Quaresma; Ela não esgota a Quaresma. Dá-lhe, porém, o
tom, mostrando, a partir de uma situação bem específica, o que o pecado pode
fazer quando não o enfrentamos. Por isso, a cada ano, recebemos um convite para
viver a Quaresma à luz da Campanha da Fraternidade em espírito de conversão
pessoal, comunitária e social. Este ano, com o tema “Fraternidade e Fome”,
somos convocados a considerar a fome como referência para nossa reflexão e
nosso propósito de conversão. Temos, sem dúvida, fome de Deus. Desejamos star
com Ele e poder participar de seu amor e de sua misericórdia. Temos fome de
paz, fraternidade, verdade, concórdia e tudo mais que efetivamente nos
humaniza. Durante o tempo da pandemia, no qual, por medidas sanitárias que
buscavam nos preservar, não pudemos ir às igrejas para comungar, sentimos fome
do Pão do Céu. ... Que esta Quaresma seja vivida em forte espírito de
solidariedade. Que nosso jejum abra nosso coração aos irmãos e irmãs que sofrem
com a fome. Que nossa solidariedade seja intensificada. Que saibamos encontrar
soluções criativas para a superação da fome, seja no nível mais imediato,
assistencial, seja no nível de toda a sociedade. Que, efetivamente, se cumpra a
responsabilidade dos governantes, em seus diversos níveis, concretizando
políticas públicas que atinjam a raiz deste vergonhoso flagelo... Objetivos
permanentes da Campanha da Fraternidade (CF): - Despertar o espírito
comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os
cristãos na busca do bem comum; - Educar para a vida em fraternidade, a partir
da justiça e do amor, exigência central do Evangelho; - Renovar a consciência
da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção
humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e
todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja). Objetivo
geral da CF 2023: Sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o
flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de
compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus
Cristo. Objetivos específicos: - Compreender a realidade da fome à luz da fé em
Jesus Cristo; desvelar as causas estruturais da fome no Brasil; indicar as
contradições de uma economia que mata pela fome; aprofundar o conhecimento e a
compreensão das exigências evangélicas e éticas de superação da miséria e da
fome; acolher o imperativo da Palavra de Deus, que nos conduz ao compromisso e
à corresponsabilidade fraterna; investir esforços concretos em iniciativas
individuais que levem à superação da miséria e da fome no Brasil; estimular
iniciativas de agricultura familiar agroecológica e a produção de alimentos
saudáveis; reconhecer e fomentar iniciativas conjuntas entre comunidade de fé e
outras instituições da sociedade civil organizada; mobilizar a sociedade para
que haja uma sólida política de alimentação no Brasil, garantindo que todos
tenham vida.(Texto- -Base da CF2023, apresentação e objetivos, p. 5 a 9) “E o
Brasil sente fome. Milhões de brasileiros e brasileiras experimentam a triste e
humilhante situação de não poder se alimentar nem dar aos seus filhos e filhas
o alimento indispensável a cada dia.” (Texto-base da Campanha da Fraternidade
2023, apresentação, p. 7)
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