DESAFIOS PARA A CATEQUESE NO MUNDO ATUAL (1)
Se
realmente queremos transmitir a Boa Nova de Jesus Cristo, seduzir os corações
das pessoas para Ele, buscando uma sociedade que viva o Seu discipulado, é hora
de pensarmos em fazer a travessia de uma catequese de pouca eficácia para uma
catequese de qualidade para os dias de hoje. Para isso, o grande desafio que se
apresenta é o preparo do evangelizador, e no caso específico da catequese, o
catequista.
É
com este olhar que desenvolveremos as proposições que se seguem, mas, que não
podem ser tomadas como únicas para a construção da catequese que pensamos e
desejamos. Há outras. Para efeito de uma melhor leitura e dado ao espaço
aqui oferecido, desdobraremos as reflexões em partes.
A AUTOCONSCIÊNCIA ACERCA DA SUA
IMPORTÂNCIA COMO EDUCADOR DA FÉ
Sabemos
da importância que têm o catequista na vida do catequizando. E essa importância
advém exatamente da sua dedicação e competência no exercício de sua função
educativa. No seu cotidiano, o educador da fé deve buscar ultrapassar ou
transcender a dimensão do ensino de conteúdos conceituais, procedimentos ou
atitudes, preparando assim o catequizando para a vida, partindo do pressuposto
que educação e vida se fundem em uma só ação.
Ao tratarmos da questão da
autoconsciência do catequista acerca da sua importância como educador da fé,
pensamos no alcance de seu trabalho. Entendemos que quando o catequizando tem,
em sua formação, um catequista consciente de seu papel de mediador no encontro
pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, certamente terá uma educação que o
conduzirá para a efetivação de um autêntico cristão católico. No entanto, a
aquisição da autoconsciência é um processo longo e complexo, mas, sabemos que
ela é essencial no ato educacional.
SER AUTOR DE SEU PRÓPRIO CRESCIMENTO
NA FÉ
Estamos
numa época não esclarecida, mas, de esclarecimentos. Momento propício para
gestar gradativamente o conhecimento para conduzir o homem ao seu entendimento.
Podemos perceber que essa questão nos aponta para uma discussão de como
fomentar uma educação da fé que seja realmente capaz de conduzir a pessoa a não
só conhecer mas, tornar-se intima de Jesus Cristo.
“Dar
razões da sua fé”, é ajudar o catequista a sair de sua “menoridade”, ou seja,
tornar-se maduro no conhecimento e na fé. O desânimo, o desinteresse,
acreditar que já sabe muito são as causas pelas quais a grande maioria, não só
dos catequistas mas dos seres humanos em geral, preferem permanecer na
menoridade, uma vez que é mais cômodo.
Assim,
podemos deduzir a necessidade e a importância da formação dos catequistas para
motivá-los a saírem do seu comodismo, de sua menoridade, de querer saber mais,
de avançar no conhecimento tornando progressivamente menores os obstáculos ao
esclarecimento. Também é necessário proporcionar experiências de fé que o torne
apto a fazer uso público de sua razão e expor publicamente suas convicções de
fé – ser um autêntico discípulo missionários de Jesus. Procedendo assim, fará
com que o catequizando também se expanda sempre mais enquanto discípulo.
Todas
estas situações devem ser postas com clareza no complexo pedagógico uma vez
assumidas como opção de educação na fé, aqui entendida como uma educação para a
reflexão, para a autodeterminação, para o testemunho. Enfim, uma educação para
o discipulado. Sabemos que é um processo que acontecerá gradualmente.
(continua...)
Regina Helena Mantovani
Coordenação
da Animação Bíblico-Catequética / Regional Sul 2
https://www.catequesedobrasil.org.br/noticia/desafios-para-a-catequese-no-mundo-atual
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