OLÁ! PRA COMEÇO DE
CONVERSA...
Hoje celebramos a mais importante de todas as solenidades. A
“mãe” de todas as celebrações litúrgicas. Além disso, “durante o Sábado santo a
Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte,
sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição.
A Liturgia da Vigília Pascal contém nove leituras,
a saber: sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento. Cristo
Ressuscitou! O mistério pascal é o centro de nossa fé e nos ensina a amar e
perdoar como Cristo fez conosco.
Ora, nesta Solene
Vigília, abençoa-se o fogo novo e é preparado o Círio Pascal, onde este é a
presença do próprio Cristo, nas palavras de Santo Agostinho: “iniciamos esta Noite santa
acendendo uma luz nova. Por esta luz que ilumina a nossa noite poderemos
resistir e impedir que as trevas da noite voltem de novo a nos invadir. Por
isso, é importante encher de luzes esta noite e não deixar a luz do fogo se
apagar. Que a luz desta noite bendita ilumine não só o exterior mas o mais
íntimo de cada um. É nesta noite que Deus realiza conosco a profecia do salmo
que canta: ‘Para ti, as trevas não são trevas, a escuridão não é mais
escuridão. A noite brilhará como o dia’” (Sermão de Santo Agostinho para o
Sábado).
É nesta Noite Santa,
que o Cristo desce a Mansão dos Mortos toma Adão pela mão e diz: “Acorda, tu que dormes, levante
dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa
me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com
todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas
trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’”
A Igreja celebra o Mistério central da nossa fé na
Páscoa: a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sem isto, não existe
salvação dos pecados, não existem sacramentos, não existe Igreja. A belíssima
liturgia deste sábado santo nos apresenta toda a história da salvação – com
todos os seus altos e baixos: criação, pecado original, alianças feitas por
Deus e rompidas pelo homem, travessia do Mar Vermelho etc. – como tendo um
sentido aos olhos de Deus. Nada foi desprezado. Quando olhamos para a nossa
própria vida, muitas vezes ficamos sem entender como Deus pôde estar ausente em
dado momento ou como ele pôde tolerar tal situação ou por que permitiu que isto
ou aquilo acontecesse. A Solene celebração da Ressurreição de Cristo afirma
enfaticamente que Deus superar – em muito – nossa capacidade de compreender o
sentido da vida. Ao ressurgir dos mortos ele ascende a chama da vida –
representada pelo círio pascal – onde antes imperavam as trevas. Até as
testemunhas oculares das aparições do Ressuscitado têm dificuldade em entender
como a graça de Deus é capaz de romper o que para nós parece impossível: dar
vida a um morto! A Páscoa é a vitória do amor, do bem e do perdão sobre o ódio,
o mal e o ressentimento. Se Cristo ressuscitou, devemos amar, buscar a
santidade e perdoar, em imitação de Nosso Senhor. A melhor celebração – de
fato, a única aceitável – da Páscoa é a sua interiorização pessoal e
manifestação visível através de nossos atos. Que Nosso Senhor Jesus Cristo faça
de cada um de nós uma testemunha vida de sua Ressurreição.
Nesta noite santa da Vigília Pascal vejo os rostos de
tantos irmãos e irmãs doentes, especialmente os que estão sozinhos e recebem
poucos cuidados; e também todas as vítimas de guerras e violência, escravidão e
perseguição. Como cristãos-católicos, devemos nos confiar a Jesus crucificado,
confiar na força que vem Dele a fim de enfrentar todas as provações com fé,
esperança e amor, na certeza de que o Pai sempre ouve os seus filhos que clamam
a Ele e os salva. Tendo vivido a Paixão de Cristo, nesta noite santa
experimentamos a graça e a alegria da ressurreição do Senhor Jesus.
Assim, o Sábado Santo é a noite que fortifica a nossa fé
na Ressurreição de Cristo, “pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em qual
o real Cordeiro se imolou, marcando nossas portas, nossas almas, com Seu divino
sangue nos salvou”.
https://www.cnbb.org.br/sabado-santo/
Sábado de Aleluia – Terceiro dia do Tríduo Pascal
O Sábado Santo ou de Aleluia é reservado ao
silêncio e à esperança amorosa da ressurreição.
Enquanto o Senhor desce às profundezas da
condição humana mortal e vence o poder da morte eterna, a Igreja espera,
ansiosa e confiante, na certeza de que Ele vive e, em breve, ecoará por todo o
universo o Aleluia pascal, a passagem de toda a criação para a vida nova,
libertada e definitiva.
A fé e a esperança revestem o coração humano
de paz.
A paz é o dom que o Ressuscitado compartilha
com os discípulos em forma de saudação: “a paz esteja convosco”.
A paz conquistada por quem enfrentou e venceu
a mais terrível e dolorosa luta e entregou a vida por amor.
A paz que reveste o corpo chagado e glorioso
do Ressuscitado com o manto branco da ressurreição, dom do Pai e ação do
Espírito Santo.
Vigília Pascal
A Vigília Pascal, na
Espiritualidade da Semana Santa, é o rito mais longo do Ano Litúrgico e também
mais importante por proclamar solenemente a ressurreição de Cristo, fundamento
da fé.
É oficiado após o
escurecer do Sábado Santo, porque conforme a sagrada tradição judaica, ao
anoitecer celebra-se o começo do dia seguinte. Portanto, na Vigília, já é
proclamada a ressurreição do Senhor e, com Ele, toda Igreja passa da morte para
a vida.
Faz-se a renovação
das promessas do batismo e a ceia eucarística, na qual o Irmão Ressuscitado
reúne seus irmãos e irmãs na partilha do pão.
A Vigília começa com
o acendimento do fogo novo. O significado do fogo na Bíblia é a proximidade de
Deus e sua comunicação com o ser humano.
No Evangelho, o
próprio Jesus nos aconselha a estarmos em vigília, com tochas nas mãos, à
espera da vinda do Senhor (cf. Lc 12,35).
O Círio Pascal é
aceso no fogo novo e entra na igreja escura. Simboliza a luz de Cristo
ressuscitado que renova a criação e a liberta das trevas do pecado e da morte.
A luz de Círio é
espalhada pelas velas que os fiéis têm nas mãos, símbolos do batismo, pelo qual
cada criatura renasce na luz de Deus.
A seguir, é feita a
solene proclamação pascal, que narra em forma de versos a ação libertadora de
Deus, desde a páscoa do Egito, até a ressurreição de Cristo.
A proclamação une a
voz de toda a Igreja ao louvor que os anjos e os santos dirigem ao Senhor
Glorioso no céu.
A liturgia da Palavra
faz memória da ação libertadora de Deus, que promete o Salvador e cumpre a
promessa em Cristo Ressuscitado, o novo Adão, no qual todas as criaturas
recebem vida nova.
Em resposta à
libertação oferecida por Cristo, a Igreja renova a aliança do batismo, cujo
símbolo principal é a água.
Segue a celebração da
Eucaristia, na qual todos os que foram libertados e recriados são chamados à
mesa, como filhos e filhas de Deus e irmãos do Filho Primogênito que, ao abrir
a porta do túmulo, franqueou para todos as portas da casa do Pai.
http://www.pnslourdes.com.br/formacao/formacao-liturgica/espiritualidade-da-semana-santa/
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