REFLEXÃO
DOMINICAL III
“Viva o Papa!”
“Tu és o Cristo”, eis a profissão de fé
de Pedro. “Tu és Pedro”, eis a demonstração de que Deus confia
nos homens. Na clausura do Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVI falava da audácia
de Deus, que consiste em confiar nos homens a tal ponto de fazer deles
instrumentos e canais de graça. Realmente, Deus confia em nós! Não nos
necessita, mas quis necessitar de nós.
São Pedro nasceu em Betsaida, cidade da Galiléia.
Conheceu Jesus através de seu irmão André. Jesus “fixando nele o
olhar” (Jo 1,42) o chamou para segui-lo. O olhar carinhoso de Cristo
devia ser arrebatador, convincente e encerrava um radicalismo de entrega a Deus
atraente. Aquele olhar transformou Pedro, agora chamado Cefas,
pedra, Pedro. De simples pescador converte-se num pescador de homens. Foi o
vigário de Cristo na terra quando ele, o Senhor, já não estava entre os seus em
corpo mortal.
Jesus quis instituir a sua Igreja tendo Pedro e
seus sucessores à frente dela, e isso para sempre. Pedro, Lino, Cleto,
Clemente, Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Pio, Aniceto, Sotero,
Eleutério, Vítor,… Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II,
Bento XVI: 266 papas, 265 sucessores de São Pedro. Que maravilha! Cheios de
entusiasmo professemos a nossa fé nesta Igreja, que é “Una, Santa, Católica e
Apostólica, edificada por Jesus Cristo, sociedade visível instituída com órgãos
hierárquicos e comunidade espiritual simultaneamente (…); fundada sobre os
Apóstolos e transmitindo de geração em geração a sua palavra sempre viva e os
seus poderes de Pastores no Sucessor de Pedro e nos Bispos em comunhão com ele;
perpetuamente assistida pelo Espírito Santo” (Paulo VI, Credo do Povo
de Deus).
S. Jerônimo expressou firmemente a sua adesão ao
Papa com as seguintes palavras: “não sigo nenhum primado a não ser o de Cristo;
por isso ponho-me em comunhão com a Sua Santidade, ou seja, com a cátedra de
Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja”.
A história da Igreja – são já dois mil anos! – é
uma demonstração de força e de debilidade, também no que se refere à história
do papado. Graças a Deus, o século XX está cheio de grandes Papas, a começar
por S. Pio X no começo do século culminando com João Paulo II. Todos nós somos
testemunhas também da bondade e da inteireza do atual Romano Pontífice, Bento
XVI: quanta fortaleza, quanto amor a Deus, quantas lutas para defender a Santa
Igreja. A maioria dos Papas foram homens magníficos, cheios de Deus e entregues
ao serviço do rebanho a eles confiado.
A Igreja é santa, é guiada e sustentada por Deus,
nada a pode derrotar. É Santa, os pecadores somos nós; Deus a fundamentou de
tal maneira que nem o inferno e seus demônios, nem os homens, poderão
derrotá-la. A Igreja, esposa de Cristo, chegará à Parusia. Outro fato
maravilhoso é que os Papas, mais santos ou menos santos, sempre guardaram
intacto o depósito da fé. Deus garante o pastoreio da Igreja através desses
homens que ele mesmo escolheu. É fato e é dogma de fé: o Papa quando
fala sobre coisas de fé e de moral com a sua autoridade de Supremo Pastor do
rebanho não pode errar, não pode equivocar-se.
O Papa é sempre o bispo de Roma. Deus quis – em sua
providência – que Roma tivesse esse significado especial na história da Igreja
peregrina. O Romano Pontífice como vigário de Cristo é o administrador de
Cristo aqui na terra, como sucessor de Pedro leva consigo toda a autoridade que
Cristo confiou ao mesmo Pedro para apascentar o rebanho do Senhor. S. Josemaria
Escrivá dizia que “o amor ao Romano Pontífice há de ser em nós uma bela paixão,
porque nele vemos Cristo”.
O católico deve estar sempre perto do Papa:
escutá-lo, apoiá-lo, rezar por ele e suas intenções. Não podemos romper a
unidade católica: todos com o Papa! De fato, para estar em plena comunhão com a
Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, é preciso professar a mesma
fé, celebrar os mesmos sacramentos e estar unidos à hierarquia cujo ponto
principal é o Papa. “Sou católico, vivo a minha fé” (Edições CNBB), um
Compêndio da Doutrina elaborado pela Conferência Episcopal, quando se
pergunta “Quem é o Papa para nós, católicos?” responde da
seguinte maneira: “o Papa é o sucessor do apóstolo Pedro, o bispo de Roma que
Jesus constituiu como “perpétuo e visível fundamento da unidade” (…) é o pastor
de toda a Igreja. (…) tem a missão de confirmar toda a Igreja na fé,
continuando a mesma tarefa que Cristo confiou a Pedro (…) Todo católico, além
de conhecer e viver a Palavra de Deus, de dar testemunho da sua fé em Cristo,
de participar da comunidade eclesial, espaço de testemunho, de serviço, de
diálogo e de anúncio, ama e respeita o Papa e os bispos como seus legítimos
pastores. Ora por eles e obedece às orientações da Igreja Católica” (V,15)
Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0340.htm#msg02
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