OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...
Sejam bem-vindos
amados irmãos e irmãs!
A
Palavra proclamada possui uma eficácia que lhe é própria, pois vem de Deus.
Diante dela, devemos abrir nosso coração, acolher o que nos sugere e transformar
suas inspirações em gestos concretos. Cada um recebe o convite de Deus para ser
"terra boa e produzir frutos" e livremente responderá a seu tempo.
Agradeçamos a Deus por todos os evangelizadores que, com generosidade, alegria
e perseverança, anunciam a Palavra de Deus em todos os momentos, lugares e
situações enfrentando os desafios do tempo presente.
Que
o nosso coração seja fecundo
“Aquele que semeia a boa semente é o Filho do
Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino.”
A
Liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum (Ano A) nos convida a refletir sobre a
importância e a centralidade da Palavra de Deus na vida daqueles que creem.
A
passagem da Primeira Leitura (Is 55,10-11) é um pequeno trecho do “Livro da
Consolação”, e retrata a fase final do exílio (anos 550-540 a.C.).
O Povo
de Deus encontra-se farto de belas palavras e promessas de libertação, que
tardam em se realizar, e com isto a impaciência, a dúvida e o ceticismo
enfraquecem a resistência dos exilados.
O
Profeta, para evidenciar a eficácia da Palavra de Deus, utiliza o exemplo da
chuva e da neve que, vindas do céu, tornam fecunda a terra, multiplicando a
vida nos campos.
Uma
imagem muito sugestiva, considerando que os judeus exilados na Babilônia devem
se lembrar da chuva que cai no norte de Israel e da neve no monte Hermon. A
água alimenta o rio Jordão, correndo por todo Israel, e por onde passa gera
vida e fecundidade.
A
mensagem que se comunica é de que a Palavra de Deus não falha, pois indica
sempre caminhos de vida plena, verdadeira, expressa na liberdade e paz sem fim,
não necessariamente segundo a lógica do tempo dos homens, dos seus desejos,
projetos, interesses e critérios.
É
necessário que se aprenda e respeite o ritmo e o tempo de Deus. E também, a
eficácia da Palavra divina não dispensa compromissos e indica os caminhos que
devem ser percorridos, renovando o ânimo para a intervenção no mundo. A Palavra
divina não adormece a ação humana, mas impele para a transformação e renovação
do mundo.
Com a
passagem da Segunda Leitura (Rm 8,18-23), continuamos a refletir sobre a vida
segundo o Espírito, que consiste em deixar-se conduzir pela Palavra de Deus, e
isto só é possível quando se acolhe a salvação como dom de Deus, que nos é
alcançada por meio de Jesus Cristo, na ação do Espírito, que é derramado sobre
todos os que aderem ao Seu Projeto e fazem parte de Sua comunidade.
A vida
segundo o espírito consiste também em viver atentamente na escuta da Palavra de
Deus, em plena obediência ao Projeto que Ele tem para nós, com renúncia ao
egoísmo, aos interesses mesquinhos, ao comodismo, ao orgulho. É um caminho de
doação da própria vida a Deus e aos outros.
A vida
segundo o Espírito implica em maturidade para viver os sofrimentos, as
renúncias, as dificuldades, que nada representam se comparadas com a felicidade
sem fim que aqueles que creem encontrarão no fim do caminho.
A vida
segundo a carne é, por sua vez, marcada por uma vida onde impera o egoísmo, o
orgulho e a autossuficiência, que conduz ao pecado, à morte, à infelicidade
total.
Viver
consiste em saber fazer escolhas: viver segundo a carne, ou viver segundo o
Espírito. Sendo pelo Espírito, pautar a vida pela Palavra divina e por ela ser
conduzido.
Na
proclamação do Evangelho (Mt 13,1-23), em que nos apresenta a Parábola do
semeador, somos convidados a refletir sobre o modo como acolhemos a Palavra de
Deus, e como comunicamos a Boa-Nova do Reino, que jamais pode ser interrompida,
e que aos poucos vai revelando seu esplendor e fecundidade, a vida que Deus
quer para a humanidade.
Neste
capítulo, encontramos sete Parábolas de Jesus: do semeador; do grão de
mostarda; do fermento; do trigo e do joio; do tesouro escondido; da pérola
valiosa e da rede.
A
linguagem em forma de Parábolas mexe com os ouvintes, arma controvérsia, e é um
método pedagógico de reflexão em busca da verdade.
O
Evangelista Mateus tem como sua preocupação a vida da comunidade, de modo que
nas sete Parábolas, e na interpretação das mesmas, apresenta Jesus como o Pastor
que exorta, anima, ensina e fortalece a fé dos que creem.
Celebrando
mais um domingo do Tempo Comum, sejamos fortalecidos em nosso itinerário de fé,
trilhando caminhos, ainda que difíceis e desafiadores, mas sempre iluminados
pela Palavra Divina proclamada, acolhida, meditada, partilhada, celebrada e
testemunhada.
Que nos
empenhemos para que a Palavra caia num chão fértil, que deve ser nosso coração,
para que produza os frutos por Deus esperados: justiça, paz, amor, alegria,
felicidade…
A
Palavra de Deus é eficaz; é preciso que tornemos nosso coração mais fecundo, em
séria e atenta escuta e vivência desta Palavra.
Também,
que nutridos pela força da Eucaristia, inebriados pelo Vinho Novo, a nós
oferecidos no Cálice da Salvação, sejamos cada vez mais comprometidos com a
mesa de nossos irmãos no quotidiano, até que sejamos merecedores de ser
partícipes do Banquete Eterno, na glória da eternidade. Amém.
http://peotacilio.blogspot.com/2020/07/que-o-nosso-coracao-seja-fecundo-xvdtca.html
01- Liturgia do 15.º Domingo do Tempo Comum – Ano A
A liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum convida-nos a
tomar consciência da importância da Palavra de Deus e da centralidade que ela
deve assumir na vida dos crentes.
A primeira
leitura garante-nos que a Palavra de Deus é verdadeiramente fecunda e
criadora de vida. Ela dá-nos esperança, indica-nos os caminhos que devemos
percorrer e dá-nos o ânimo para intervirmos no mundo. É sempre eficaz e produz
sempre efeito, embora não atue sempre de acordo com os nossos interesses e
critérios.
O Evangelho
propõe-nos, em primeiro lugar, uma reflexão sobre a forma como acolhemos a
Palavra e exorta-nos a ser uma “boa terra”, disponível para escutar as
propostas de Jesus, para as acolher e para deixar que elas dêem abundantes
frutos na nossa vida de cada dia. Garante-nos também que o “Reino” proposto por
Jesus será uma realidade imparável, onde se manifestará em todo o seu esplendor
e fecundidade a vida de Deus.
A segunda
leitura apresenta uma temática (a solidariedade entre o homem e o resto da
criação) que, à primeira vista, não está relacionada com o tema deste domingo –
a Palavra de Deus. Podemos, no entanto, dizer que a Palavra de Deus é que
fornece os critérios para que o homem possa viver “segundo o Espírito” e para
que ele possa construir o “novo céu e a nova terra” com que sonhamos.
https://www.dehonianos.org/portal/15o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/
Para que Jesus
veio ao mundo
Começa
a terceira parte do Evangelho Segundo Mateus. É o
chamado “terceiro livro” de Mateus. Após ter anunciado a NOVA
LEI ao povo de Deus (Mt 5 – 7) e de tê-lo enviado em missão. Jesus
anuncia por que e para que veio ao mundo.
No capítulo 13 do seu Evangelho, Mateus apresenta-nos sete
parábolas, através das quais Jesus revela aos discípulos a realidade do
“Reino”: são as “parábolas do Reino”. A “parábola” é uma imagem ou
comparação, através da qual se ilustra uma determinada mensagem ou ensinamento.
A
passagem evangélica deste domingo começa com uma imagem significativa, a
de Jesus mestre que, sentado numa barca – símbolo da
comunidade cristã –, ensina a multidão. Em seguida, a figura de
Jesus ensinando se confunde com seu próprio ensinamento: ele é o SEMEADOR que
saiu a semear e que, depois de muitas peripécias da palavra/semente, consegue
ter êxito em sua tarefa e colher frutos. O Evangelho se conclui com um diálogo
de Jesus com os discípulos para explicar por que nem todos conseguem
compreender e ter acesso a esta palavra.
Jesus
não falou somente para as pessoas que o acolhiam e se convertiam. Comunicou-se
com gente aberta e gente fechada, colocou sua semente em terreno fértil e em
terreno que não apresentava boas condições para o plantio. Há uma atitude
de absoluta gratuidade e abertura da parte de Jesus, uma decisão de amor.
Jesus abre o anúncio para todos, mas não força ninguém. E se alguém não acolhe
a sua Palavra, não cria vínculo com Deus.
No
centro do anúncio de Jesus está a própria Palavra de Deus,
compreendida mais como um ACONTECIMENTO NA VIDA das pessoas do que como uma
mensagem ou uma doutrina. Como acontecimento, a Palavra pede posições,
espera reações, gera outros acontecimentos e outras palavras.
A liturgia
dominical, como lugar de escuta da Palavra de Deus, pede de nós a mesma
atitude dos discípulos de viver o HOJE DE DEUS e de poder participar de um
acontecimento que muitas pessoas desejariam. Escutar a Palavra de Deus e
fazê-la frutificar torna-se, assim, um momento de graça e de salvação.
Semear
Ao
terminar o relato da parábola do semeador, Jesus faz esta chamada: «Quem
tem ouvidos para ouvir, ouça!». Pede-nos que prestemos muita atenção à
parábola. Mas, em que temos de refletir? No semeador? Na semente? Nos
diferentes terrenos?
Tradicionalmente,
os cristãos têm se fixado quase exclusivamente nos terrenos em que cai a
semente, para rever qual é a nossa atitude ao escutar o Evangelho. No
entanto é importante prestar também atenção ao semeador e ao seu modo
de semear.
É
a primeira coisa que diz o relato: «Saiu o semeador a semear». Age
com uma confiança surpreendente. Semeia de forma abundante. A semente cai e cai
por todas as partes, inclusive onde parece difícil que possa germinar.
Às
pessoas não lhes é difícil identificar o semeador. Assim semeia Jesus a sua
mensagem. Veem-no sair todas as manhãs anunciando a Boa Nova de Deus. Semeia
a Sua Palavra entre as pessoas simples, que a acolhem, e também entre os
escribas e fariseus, que a rejeitam. Nunca se desalenta. A Sua sementeira
não será estéril.
Sobrecarregados
por uma forte crise religiosa, podemos pensar que o Evangelho perdeu a sua
força original e que a mensagem de Jesus já não tem garra para atrair a atenção
do homem ou da mulher de hoje. Certamente, não é o momento de «colher» êxitos
chamativos, mas de aprender a semear sem nos desalentarmos, com mais
humildade e verdade.
Não
é o Evangelho o que perdeu força humanizadora; somos nós os que o estamos
anunciando com uma fé débil e vacilante. Não é Jesus o que
perdeu poder de atração. Somos nós os que o desvirtuamos com as nossas
incoerências e contradições.
Papa
Francisco diz que, quando um cristão não vive uma adesão forte a Jesus,
«depressa perde o entusiasmo e deixa de estar seguro do que transmite,
falta-lhe força e paixão. E uma pessoa que não está convencida, entusiasmada,
segura, apaixonada, não convence ninguém».
Evangelizar
não é propagar uma doutrina, mas tornar presente no meio da sociedade e no
coração das pessoas a força humanizadora e salvadora de Jesus. E
isto não se pode fazer de qualquer forma. O mais decisivo não é o número de
pregadores, catequistas e professores de religião, mas a qualidade
evangélica que nós cristãos podemos irradiar: o que contagiamos?
Indiferença ou fé convicta? Mediocridade ou paixão por uma vida mais humana?
Fontes: GUIMARÃES,
Marcelo; CARPANEDO, Penha. Dia do Senhor: guia para as celebrações das
comunidades. Tempo Comum – Ano A. São Paulo: Apostolado Litúrgico,
Paulinas. 2001, págs. 154-155; MUSICALITURGICA.COM – Homilías de José
A. Pagola
https://padretelmojosefigueiredo.blogspot.com/2017/07/15-domingo-do-tempo-comum-ano-homilia.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário