REFLEXÃO
DOMINICAL II
- A palavra sempre tem muita força.
Pensemos agora nas
vezes que ouvimos um "eu te amo" ou "eu confio em você".
Pensemos também nas vezes que ouvimos " você não serve pra nada",
"você não presta". A palavra pode acordar forças interiores que levam
para o bem ou fazer surgir sentimentos de agressividade e destruição. Pois bem,
se a nossa palavra tem essa força, imagine então a Palavra de Deus! É disso que
fala a primeira leitura. A Palavra de Deus é viva, não é palavra morta. Ela é
como uma chuva que purifica, renova e traz vida. Produz compaixão, amor,
compromisso, solidariedade, justiça e paz.
- Ao lermos a segunda
leitura que fala do grito da natureza não tem como não lembrar de duas cartas
do Papa Francisco que nos lembram da criação: Laudato si' e Querida Amazônia.
Nelas, o Papa nos convida a rever a nossa vida. Cuidar dos irmãos como o Senhor
cuida de nós, reitera, "é a primeira ecologia que precisamos". Cuidar
do meio ambiente e cuidar dos pobres são "inseparáveis". Francisco
propõe uma ecologia integral. Os dois parágrafos abaixo são do Cardeal Cláudio
Hummes.
- "Porém, o mais
importante em nossa fé cristã, relativo à terra, é que o Filho de Deus se fez
homem para nos salvar da morte e de todos os males. Fez-se homem e tomou o nome
de Jesus. O corpo de Jesus, como qualquer corpo humano, é feito dos elementos
da terra. Assim, Deus se uniu definitivamente e de modo radical com nosso
planeta. Este corpo de Jesus morreu na cruz e depois ressuscitou glorioso e
vencedor e está definitivamente junto de Deus. Ora, nesta morte e ressurreição
gloriosa a terra toda, presente no corpo de Cristo, toma parte. Assim, há em
Cristo uma nova criação e no final dos tempos todo o universo criado de alguma
forma misteriosa participará do Reino definitivo de Deus, como nova
criação".
- "A dimensão
ética de que fala o Papa na Laudato si' tem a ver com nossa responsabilidade
para com os pobres e para com as futuras gerações. A devastação e a degradação
da terra atingem em primeiro lugar os pobres, que terão cada vez menos acesso à
água segura e à terra para cultivar. O grito dos pobres e o grito da terra, diz
o Papa, é o mesmo grito".
- A parábola do
semeador renova em nós o compromisso de cultivar as sementes que Deus plantou
em nossas vidas através de Jesus Cristo e o desejo de empenhar-nos na tarefa da
evangelização. Não se pode escolher o terreno (bom e fértil, pedregoso, cheio
de espinhos, duro ou batido). Importa semear.
- O Papa Francisco
diz: "A Palavra possui, em si mesma, uma tal potencialidade, que não a
podemos prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra,
cresce por si mesma, inclusive quando o agricultor dorme. A Igreja deve aceitar
esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob formas
tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões e
quebrando os nossos esquemas" (EG 22). Isso tudo nos enche de esperança.
Ele continua: "Acredita- mos no Evangelho que diz que o Reino de Deus já
está presente no mundo, e vai-se desenvolvendo aqui e além de várias maneiras:
como a pequena semente que pode chegar a transformar-se numa grande árvore (cf.
Mt 13,31-32), como o punhado de fermento que leveda uma grande massa (cf. Mt
13,33), e como a boa semente que cresce no meio do joio (cf.Mt 13,24-30) e
sempre nos pode surpreender positivamente: ei-la que aparece, vem outra vez,
luta para florescer de novo. A ressurreição de Cristo produz por toda a parte
rebentos deste mundo novo
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/06/16_07_23.pdf
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