4.3-- História da vida do Padre Pio, um santo dos nossos dias
Padre Pio enfrentou dois períodos
pós-guerra, onde o povo passou por grande penúria e grandes transformações de
pensamento, como o fortalecimento do comunismo, atentavam contra a Igreja
Católica
São Padre Pio nasceu no dia 25 de
maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio
Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi batizado no dia seguinte, recebendo
o nome de Francisco. Aos 16 anos entrou no noviciado da Ordem dos Frades
Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano, chamando-se
Frei Pio. Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de agosto de 1910,
precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em setembro
desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde
permaneceu até sua morte, em 23 de setembro de 1968.
Infância
Padre Pio, que passou toda sua infância em sua cidade natal, Pietrelcina,
desde pequeno, desejava as coisas do Céu. A sua mãe disse certa vez: “não
cometeu nunca nenhuma falta. Não tinha caprichos, obedeceu sempre a mim e a seu
pai. A cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar Jesus e a Virgem”. Desde
os 5 anos Padre Pio passava por experiências místicas de êxtases profundos e
era visitado por aparições frequentes: via os anjos, a Virgem Maria, mas
também, desde muito cedo era tentado pelo demônio.
Caminho até o sacerdócio
Aos 16 anos Padre Pio se consagra a Deus e entra na ordem dos
Capuchinhos. Ele se ordenou padre aos 23 anos. No início de sua vida sacerdotal
passa por vários problemas de saúde. Ele viveu o período das duas grandes
guerras. Teve que se alistar. Só não serviu o exército por conta do seu estado
de saúde. Despertava de madrugada para rezar. Não dormia direito porque todas
as noites o diabo lhe atormentava… Uma repórter perguntou a ele, “quando
você morrer, como quer ser conhecido?” Padre Pio diz que quer ser conhecido
como o padre que reza. Essa era a grande pretensão dele.
Sacerdócio
Abrasado pelo amor de Deus e do próximo, Padre Pio viveu em plenitude a
vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que
caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da direção espiritual dos
fiéis, da reconciliação sacramental dos penitentes e da celebração da
Eucaristia. Visitava diariamente, e por longas horas, o Santíssimo Sacramento.
Era um homem de adoração. Se preparava durante horas para a Santa Missa, que
era o auge da vida dele. Era um grande confessor. Atendia, por dia, até 14
horas sem parar. Amava confessar e ali salvava muitas almas. Em 20 de setembro
de 1918 Padre Pio recebe os estigmas rezando em frente ao crucifixo da Igreja
do Convento: as duas mãos, os dois pés e seus lados passaram a ser perfurados.
Os estigmas foram para Padre Pio feridas abertas e vivas que sangravam. Padre
Pio ficou com esses estigmas por 50 anos. E eles doíam… a chaga do lado doía
mais na quinta-feira. Os estigmas começaram a chamar a atenção do mundo, ele
teve que mostrá-los para a Igreja. E aí começou o grande tormento de Padre Pio
que passou por diversos experimentos e entrevistas, foi julgado, acusado de
charlatão, mentiroso, etc. Padre Pio se sentia humilhado de mostrar para os
outros seus estigmas, mas Deus quis que todos vissem suas chagas. E ele aceitou
esse fato com amor.
Vida, obra e glória eterna
Com a ajuda do povo, Padre Pio construiu um grande hospital, Casa
Sollievo della Sofferenza (Casa alívio do Sofrimento) que até hoje salva muita
gente. O nome do hospital é justamente a função que Padre Pio queria que o
hospital tivesse. Foi um santo de muitos e variados milagres: realizou muitas
curas, conseguia ver a alma do homem, tinha conhecimento sobrenatural, já
conhecia os pecados de quem ia confessar com ele (dom da clarividência).
Brotava dos estigmas de Padre Pio um perfume maravilhoso. Alguns foram curados
após sentir esse cheiro. As obras de Padre Pio tomaram fama e todos iam a
Pietrelcina pra vê-lo. Ele era um frade do povo, estava sempre em contato com o
povo, era um humilde capuchinho… por isso Deus fez tanto nele. Era apaixonado
por Cristo ressuscitado. Amava o sofrimento, a cruz, a Jesus Crucificado. Era
um homem de sacrifício e renúncia e de obediência à Igreja. A Igreja proibiu
Padre Pio de celebrar a missa publicamente e de confessar, e Padre Pio foi fiel
e obediente, mesmo perseguido por alguns. Ele tinha uma assídua presença no
confessionário. Ajudava sempre os mais necessitados. Foi canonizado, por São
João Paulo II, em 26 de fevereiro de 2002.
4.4- O que acontecia no mundo na época de São Padre Pio?
Como já dito, enquanto Padre Pio esteve no Mundo, enfrentou as duas
grandes Guerras Mundiais (1a e 2a). Na 2a Guerra o hospital que ajudou a
construir já estava em funcionamento. E a Itália, como aliada da Alemanha,
sofreu grandes intervenções militares, como invasões, bombardeios. Através da
intercessão de Padre Pio, a cidade de São Giovanni Rotondo, onde está o
hospital, não sofreu nenhum bombardeio. Padre Pio foi o primeiro (e único até
hoje) sacerdote chagado. Deus permitiu que, em um período em que a Igreja
passava por uma crise no sacerdócio (havia um pequeno número de vocacionados
nessa época e várias ideologias dentro da própria Igreja, exercida por alguns,
que atentavam contra o sacerdócio). Um sacerdote que sofria as dores de Jesus e
mesmo assim, continuava cuidando do povo de uma forma sobrenatural e obedecendo
piamente à Igreja, mesmo que alguns o perseguissem e caluniassem. Padre Pio
ainda enfrentou dois períodos pós-guerra, onde o povo passou por grande penúria
e grandes transformações de pensamento – como o fortalecimento do comunismo –
que atentavam contra a Igreja Católica.
Tudo por Jesus, nada sem Maria.
Fonte:
Comunidade Olhar Misericordioso
https://igrejadoscapuchinhos.org.br/sao-padre-pio-a-historia-de-um-santo/
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