SANTOS DA SEMANA DE 25/09 A 30
DE SETEMBRO
A-
SÃO VICENTE DE PAULO(
27/09), PADROEIRO DAS ASSOCIAÇÕES DE CARIDADE
Origens
São
Vicente de Paulo nasceu em 1581, em cidade da Gasconha, região da França, no
seio de uma família de camponeses. Embora tenha passado a sua adolescência no
campo, a sua perspicácia foi percebida por um benfeitor, que lhe ofereceu a
oportunidade de estudar.
Vida Sacerdotal
Em
1600, com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote, mas obteve o diploma em
teologia somente em 1604. Abriu uma escola particular, mas teve muitos gastos.
Além disso, durante uma viagem marítima de Marselha a Narbonne, seu navio foi
atacado por piratas: Vicente foi preso e vendido como escravo em Túnis. Ao
receber sua alforria, dois anos depois, voltou para França, graças ao seu
terceiro patrão, que, no entanto, se converteu ao cristianismo.
Catequista
Em
1612, tornou-se pároco de uma igreja em Clichy, na periferia de Paris. No
entanto, conheceu o Cardeal Pierre de Bérulle, que foi seu diretor espiritual,
por muito tempo. Desta forma, começou suas atividades como catequista.
A Desigualdade
Em
1613, foi encarregado da formação dos filhos dos Marqueses de Gondi, onde
permaneceu quatro anos. Ali, percebeu o enorme abismo entre ricos e pobres, não
só do ponto de vista material e social, mas também cultural e moral.
Sua
preocupação com a pobreza foi compartilhada pela Marquesa Gondi, que colocou
uma grande quantidade de dinheiro à sua disposição, para que fosse instituída
uma obra de pregação quinquenal entre os camponeses das suas terras. São
Vicente de Paulo deixou temporariamente o castelo para ir trabalhar em uma
pequena paróquia na periferia de Châtillon-le-Dombez.
Primeira Célula da Caridade
Vicentina
A
primeira coisa, que Vicente fez como pároco, foi cuidar de uma família doente,
que não tinha o que comer, porém, percebeu que, quando o dinheiro acabasse, a
família voltaria à sua indigência de antes. Buscou outro meio, mais eficiente e
em longo prazo, para ajudar. Em 20 de agosto de 1617, nasceu a primeira célula
da Caridade Vicentina, que foi confiada, segundo os ditames da sociedade, às
mulheres, que foram chamadas “Servas dos Pobres”. A instituição cresceu de modo
extraordinário, obtendo, em tempo recorde, a aprovação do Bispo de Lyon.
Filhas da Caridade
São
Vicente de Paulo voltou ao castelo de Gondi, mas, para tratar da promoção
humana e material dos camponeses. Depois, transferiu-se para Paris, porque é
nas grandes metrópoles que as diferenças sociais, entre quem tem tudo e quem
não tem nada, são maiores: sentiu que era ali que devia intervir.
Na
capital, muitas senhoras nobres, ansiosas de fazer beneficência, quiseram
contribuir, financeiramente, para suas obras de “Monsieur Vincent”: assim, em
1617, nasceram as Damas da Caridade.
A
obra mais importante que realizaram foi a abertura de um hospital municipal.
Porém, as senhoras não conseguiam atender às necessidades mais humildes.
Por
isso, em 1633, Vicente fundou uma Congregação feminina, inovadora para a época:
as Filhas da Caridade, que não seriam “monjas”, distantes do mundo e dedicadas
à contemplação, mas “freiras”, irmãs dos últimos, que vivem ao lado deles no
mundo e deles cuidam diariamente. Ainda hoje, as Filhas da Caridade são a maior
família religiosa feminina da Igreja.
Congregação da Missão
A
obra incessante de São Vicente de Paulo não se limitou apenas à comunidade das
Irmãs. Começou a pregar a Palavra de Deus nas aldeias, onde muitos sacerdotes
se uniram a ele. Assim, nasceu uma nova comunidade, que contava com a ajuda
financeira da família Gondi: a Congregação da Missão, mais tarde conhecida como
Lazaristas, cuja sede foi o convento de São Lázaro.
Páscoa
São
Vicente de Paulo faleceu em Paris, em 27 de setembro de 1660, com a idade de 79
anos. Não deixou nenhuma obra escrita, a sua única obra ou a sua obra-prima foi
a Caridade. Morreu como exemplo de caridade, do verdadeiro amor, que não fazia
distinção entre o de Deus e o ao próximo.
Legado
A
espiritualidade vicentina foi fundada na dupla descoberta de Cristo e dos
pobres. Acreditam na igualdade entre a oração e ação, no compromisso com o
mundo e para o mundo. Concretiza-se com a evangelização e a promoção humana.
Seus filhos religiosos se inspiram apenas nas “Regulae”, que encarnam as características do
espírito vicentino: simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo pela
salvação das almas.
Via de Santificação
A
beatificação de São Vicente de Paulo ocorreu no dia 21 de agosto de 1729, pelo
Papa Bento XIII. A celebração de canonização foi realizada em 16 de junho de
1737, pelo Papa Clemente XII, na Basílica do Vaticano. Em 1885, o Papa Leão
XIII o proclamou padroeiro de todas as Associações católicas de caridade.
Minha oração
“Vós
fostes admiravelmente dedicado aos pobres, ensinai-nos a sermos atentos para
com essas realidades. Os nossos irmãos mais fragilizados, dê a eles a graça da
salvação e do encontro com Cristo. Dai força aos grupos vicentinos que dão
continuidade a vossa obra. Amém!”
São Vicente de Paulo, rogai por
nós!
https://santo.cancaonova.com/santo/sao-vicente-de-paulo/
B-
SÃO MIGUEL, GABRIEL E
RAFAEL, ARCANJOS( 29/09)
Arcanjo Gabriel portador das boas-novas, das
mudanças, da sabedoria e da inteligência;
Arcanjo da Anunciação trazei a Palavra de Deus e que Ela permaneça em meu
pensar e agir.
Fazei com que eu também seja um mensageiro dos preceitos do Senhor por palavras
de bondade e solidariedade.
Arcanjo da Anunciação, vinde em meu auxílio.
Arcanjo Rafael guardião da saúde e da cura,
peço que os raios curativos desçam sobre mim, dando-me saúde e cura dos
males do corpo e da alma.
Guardai meu corpo e minha mente livrando-me de todas as doenças.
Que Vosso raio curativo esteja em meu lar, sobre meus familiares e no trabalho
que executo, com as pessoas com quem convivo diariamente.
Arcanjo Rafael transformai a minha alma e o meu ser para que eu possa sempre
refletir a Vossa Luz.
Arcanjo Rafael, curai nossas enfermidades.
Arcanjo Miguel príncipe guardião e guerreiro,
defendei-me com Vossa espada e protegei-me com Vosso escudo. Não
permita que o mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes e contra quaisquer atos de
violência.
Livrai-me de pessoas negativas e invejosas.
Levante o Vosso escudo de proteção em meu lar e sobre minha família,
parentes e amigos.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Arcanjo Miguel, trazei a paz e a libertação.
Arcanjo Miguel, defendei-me no combate.
Arcanjos de
Deus, venham em meu auxílio.
Arcanjos do
Senhor, venham em meu socorro.
https://www.padrereginaldomanzotti.org.br/novena/dos-arcanjos/
C- SÃO
JERÔNIMO- PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA
O século IV depois de Cristo, que
teve o seu momento culminante no ano de 380 com o edito do imperador Teodósio
no qual se estabelecia que a fé cristã devia ser adotada por todas as
populações do império, está repleto de grandes figuras de santos: Atanásio,
Hilário, Ambrósio, Agostinho, João Crisóstomo, Basílio e Jerônimo, dálmata,
nascido entre 340 e 350 na cidadezinha de Strido. Romano de formação, Jerônimo
é espírito enciclopédico. Sua obra literária nos revela a cada instante o
filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em
latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e robusto ao mesmo
tempo. A ele devemos a tradução em latim do Antigo e do Novo Testamento, que se
tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo.
Jerônimo é personalidade
fortíssima: em toda parte por onde vai suscita entusiasmos ou polêmicas. Em
Roma ataca os vícios e hipocrisias e preconiza também novas formas de vida
religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que
o seguiram depois na vida eremítica de Belém. A fuga da sociedade deste exilado
voluntário era gesto ditado por sincero desejo de paz interior, não sempre
duradouro, uma vez que, para não ser esquecido, reaparecia de vez em quando com
algum novo livro. Os “rugidos deste leão do deserto” eram ouvidos tanto no
Ocidente como no Oriente. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve
palavras duras para com Ambrósio, com Basílio e com o próprio Agostinho, que
teve de engolir amargos bocados. Isso é confirmado pela correspondência entre
os dois grandes doutores da Igreja, chegada a nós quase inteira. Mas sabia
aliviar as intemperanças do seu caráter quando ao polemista prevalecia o
diretor espiritual.
Toda vez que terminava um livro
ia visitar as monjas que dirigia na vida ascética num mosteiro não distante do
seu. Ele as escutava, respondendo às suas perguntas. Estas mulheres
inteligentes e vivas foram como um filtro às suas explosões menos oportunas e
ele as recompensava com o sustento e o alimento de uma cultura espiritual
bíblica. Este homem extraordinário estava consciente de suas próprias culpas e
de seus limites (batia-se no peito com pedras por causa dos seus pecados), mas
estava consciente também dos seus merecimentos. No livro Homens Ilustres, em
que apresenta um perfil biográfico dos homens ilustres, conclui com um capítulo
dedicado a ele mesmo. Morreu aos 72 anos, em 420, em Belém.
Extraído do livro:
Um santo
para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini..
https://www.paulus.com.br/portal/santo/sao-jeronimo-presbitero-e-doutor-da-igreja/#.ZGUcM85KjIU
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