REFLEXÃO
DOMINICAL II\:
DESAFIADOS A UMA VIDA SANTA
Nascemos de Deus. Ele
é bom. Ele é santo. Podemos ser bons/santos. Desde as primeiras comunidades
cristãs temos o exemplo da multidão incontável de homens e mulheres que foram
perseguidos, martirizados pela fidelidade ao Evangelho. O tempo transitório é a
oportunidade de honrar a estes. Para isso, nos aproximamos de Jesus e recebemos
a missão de apóstolos, fomos designados a fazer discípulos. Hoje é dia de
reafirmar: Enviai-me Senhor! Quero ser testemunha do Teu Evangelho, Teu reino
de paz, santidade e amor! Eis-me aqui, Senhor! A proclamação das
Bem-Aventuranças abre o Sermão da Montanha. A posição de Jesus (sentado) revela
a autoridade do mestre; era o costume dos rabinos judaicos. A multidão que O
segue é formada pelos pobres em espírito; os que estão vergados sob o peso da
vida; os indefesos que vivem na esperança de dias melhores. A esses Jesus traz
uma luz, e conta com eles, pois se mostram abertos à vida nova. São os mansos,
que rejeitam a violência como caminho; e confiam na grandeza de Deus; os
aflitos devido à penúria, à instabilidade, às dívidas, às enfermidades, às
acusações injustas; são os que têm fome e sede de justiça; os que, apesar de
oprimidos, são misericordiosos. Eles amam incondicionalmente e esperam a
salvação que vem de Deus. São os puros de coração, enfermos, estrangeiros; são
os que promovem a paz em meio aos conflitos; são lutadores por um mundo de
concórdia. Suas atitudes são marcadas pela não- -violência ativa, que é um amor
próprio dos filhos de Deus. Que o Senhor venha em nosso so- corro, nos dê
sabedoria para fazer- mos tudo dirigido a Ele e por Ele. Façamos de nossa vida
uma pre- gação do Evangelho, uma declara- ção de amor ao Reino de Deus. Ele
está vivo no meio de nós; nos reu- nidos por Seu amor. Tempos atrás, numa
Igreja incendiada no Chile, um traste pichou assim: Muerte al nazareno! Nós sabemos
que só pode morrer quem está vivo. En- tão satanás e seu emissário que
escreveu, reconhecem que Jesus de Nazaré, o Verbo Eterno do Pai está vivo no
meio de nós, onde vive e reina sobre nossa história. Em nome d’Ele você é capaz
de gastar as suas forças? As Bem-Aventuranças sintetizam um caminho de
santidade a ser seguido por todas as pessoas de boa-vontade nos pequenos ges-
tos de cada dia. Encontremos nos santos a inspiração para continu- armos nossa
estrada; nosso proje- to de vida contrário ao espírito do mundo. Veneremos o
incontável número de santos que passaram fazendo o bem e estão no céu. Seus
nomes não constam na lista dos que foram canonizados, mas servem de exemplo aos
que cami- nhamos para Deus. O médico ale- mão Albert Schweitzer escreveu: “Na
vida de toda pessoa, de vez em quando, o fogo interno se apa- ga. Então ele é
aceso repentina- mente por outra pessoa. Sejamos gratos àqueles que reacendem
nosso espírito interior, as pessoas que nos levam a Deus”. As Bem-
-Aventuranças mostram o modo de vida dos santos, a maneira de sermos santos
como nosso Pai é santo.
Dom Jorge Pierozan Bispo Auxiliar de São Paulo
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