1- Olá! Pra começo de conversa...
Sejam
bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Em
breve, celebraremos o Natal. Intensificando nossa preparação para esta grande
solenidade, vivemos antecipadamente a alegria da solenidade a ser celebrada. Na
caminhada para o Natal, nos ajudam a profecia de Isaías das maravilhas de Deus
nos tempos messiânicos, o testemunho de João Batista e a exortação de São
Paulo. (...Campanha para a Evangelização neste domingo com a sua coleta – “Em
Belém, casa do pão, Deus nos faz irmãos” / encontros de Advento nos grupos –
reunidos em família preparando a vinda do Senhor
O
Senhor vem ao nosso encontro e a certeza de sua chegada nos alegra
profundamente o coração. Aos poucos, a Boa Notícia da vinda de Nosso Salvador
vai preenchendo todo nosso existir e, enquanto o aguardamos, saborearemos a sua
presença viva e ressuscitada nos sinais eucarísticos. Que esta celebração faça
crescer em nós, o firme desejo de realizar a vontade do Senhor, de modo que
Ele, ao chegar, nos encontre empenhados pelo seu Reino.
. O
terceiro Domingo do Advento é o domingo da alegria, isto é, o "Domingo
Gaudete". Somos uma vez mais convidados a preparar o caminho para o Senhor
que vem. A liturgia nos propõe uma atitude interior para receber o Cristo neste
Natal: a alegria. O Advento é precisamente um tempo de expectativa, de
esperança e de preparação para a vinda do Senhor. Ele vem para levar à
plenitude o seu plano de amor e salvação. Também, neste Domingo, fazemos a
Coleta para a Evangelização. Este recurso financeiro que ajudará a Igreja em
nossa Diocese e no Brasil a levar a todos a alegria do Evangelho.
"O terceiro domingo do Advento é
o domingo da
alegria, quando celebramos a boa nova na expectativa de receber
o Salvador que vem! Comemoramos a garantia
do amor de Deus que nos propõe a participação de maneira
ativa na história da salvação, na construção de seu Reino, prometido a toda a
criação, onde impera a justiça, a solidariedade, a paz e o amor, onde viveremos
todos como irmãos.
"O anúncio de João é
de esperança na promessa do amor primeiro de Deus que
virá viver conosco. João Batista compreende a novidade e faz dela sua missão.
Aplainar os caminhos do Senhor, retirar os obstáculos, aperfeiçoar os detalhes,
afastar de nossa vida as coisas que impedem a ação de Cristo em nós."
Mensagens deste Domingo
1- Alegria por causa de Deus, escondido, mas próximo
Em meio ao estresse de uns e a miséria de
outros faz bem ouvir uma mensagem de alegria: “Transbordo de alegria por causa
do Senhor… Como a terra produz a vegetação e o jardim faz brotar suas sementes,
assim o Senhor fará brotar a justiça e a glória diante de todas as nações”.
Este trecho, o “Magnificat do Antigo Testamento”, é a expressão de um povo que
acredita na sua renovação, porque Deus está aí (1ª leitura).
Geralmente as pessoas têm medo da presença
de Deus (cf. Is 6,5). Foi preciso que Deus se desse a conhecer de maneira
diferente para que superássemos esse medo. Mas esse “Deus diferente” estava
escondido. Quem nos prepara para a descoberta é João Batista, hoje apresentado
na ótica do Evangelho de João. Ele não é a luz, mas vem testemunhar da luz (Jô
1,6-8). Ele não é o Messias, nem o Profeta (novo Moisés), nem Elias (1,21). Ele
se identifica com a voz que convida o povo a preparar uma estrada para a
chegada do Senhor (1,23, cf. Is 40,3). E anuncia: “No meio de vós está alguém
que não conheceis, aquele que vem depois de mim, e do qual não sou digno de
desatar a correia da sandália” (1, 26-27). Naquele que o Batista anuncia
manifesta-se que Deus está perto de nós, não como realidade assustadora, mas
como pessoa humana que nos ama com tanta fidelidade que dá até sua vida por
nós. Não é essa uma razão de alegria? Alegria contida, pois sabemos quanto
custou a Jesus manifestar a presença de Deus desse jeito…
Por que Deus não veio logo com todo o seu
poder? Deus prefere ficar escondido. É discreto. Quer deixar espaço para nós,
para construirmos a História que Deus nos confia. Discretamente assim, quer
participar ativamente de nossa história, em Jesus, para que aprendamos a fazer
a história do jeito dele. E esse jeito se chama shalom: paz e felicidade.
Lembrando a vinda de Jesus ao mundo, celebramos a presença discreta de Deus em
nossa história. Que significa “alegria” no mundo de hoje? Réveillon num
restaurante cinco estrelas? Bem diferente é a imagem que surge da 2ª leitura:
“Estai sempre alegres, orai sem cessar, por tudo daí graças. Não apagueis o
Espírito….”As primeiras comunidades cristãs viviam na espera da volta gloriosa
de Jesus para breve. Eram animadas pelo Espírito de Deus, que os fazia até
falar profeticamente. Por isso era preciso “examinar e ficar com o que fosse
bom” (5,19), pois havia também “profetas confusos”, como hoje… Mas o importante
era que reinasse a alegria por causa da proximidade do Senhor. Deus mesmo quer
nos aperfeiçoar e santificar e não desiste: “Quem vos chamou é fiel: ele o
fará” (5,24). A alegria é saber-se aceito por Deus, como a amada pelo amado
(cf. 1ª leitura).
Talvez esta imagem da alegria não convença
todos. É pouco publicitária… Ora, este terceiro domingo do Advento chama-se
pela primeira palavra da antiga antífona em latim, “Gaudete”, “Alegrai-vos”. Se
não formos capazes de participar dessa alegria, esticando o pescoço no alegre
desejo de ver aquele que está discretamente presente no meio de nós, alguma
coisa não está certa…
2- “QUEM ÉS TU?”: A VOZ E A PALAVRA.
No tempo do advento, a liturgia nos fala e nos
ensina por meio de três grandes figuras bíblicas: Isaías, João e Maria; o
profeta, o precursor e a mãe. Nesse terceiro domingo do advento quem nos fala é
o precursor: João, o Batista. As leituras deste período nos preparam
interiormente, aguçam nossa atenção em direção à chegada do Salvador, para que
O esperemos com entusiasmo, anseio e prontidão, demonstrando que sua chegada
não passará despercebida. “Quem és Tu?”, esta é a pergunta do evangelho de
hoje. João responde: “Eu sou a voz daquele que grita no deserto”. A vida de
João foi toda dedicada a proclamar essa maravilhosa notícia da salvação
mediante a remissão dos pecados: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo”. Ele se inflamava ao apresentar Jesus, fazendo com que o povo O
desejasse, suscitando a expectativa e a necessidade Dele: “Depois de mim, vem
alguém que é mais do que eu; eu vos batizei com água, mas ele vos batizará no
Espírito Santo. Ele deve crescer e eu diminuir. Eu não sou digno de desatar-lhe
as correias da sandália”. A voz cala depois de ter transmitido a Palavra. A
voz, dizia Santo Agostinho: “é um meio, serve para transmitir a palavra, a
ideia que se formou dentro dela. Quando essa palavra entrou no coração do
outro, a voz cala, se apaga. Assim é do precursor: quando a Palavra, isto é,
Cristo, faz seu comparecimento, retira-se. Sua presença tornar-se-ia um
estorvo. O precursor deve saber retirar-se em tempo; não deve permitir que se
apeguem a ele, que fiquem com ele, sabendo que ele não é o salvador de
ninguém”. Nossa missão no mundo, como a dos discípulos, é comunicar a todos os
homens e mulheres a certeza da salvação, lembrar que o Cristo nos pode tornar
felizes, pois Ele tem palavras de vida eterna. Ele é o cordeiro de Deus, Ele nos
enche o coração de alegria e coragem para que possamos ser seus precursores.
Devemos, portanto, ser seus precursores, pessoas que aplaina a estrada e
suscita uma espera. Em um mundo onde cintilam tantas luzes que manipulam,
escravizam, decepcionam e angustiam, João nos aponta a Luz. Neste Domingo da Alegria, somos convidados a
endireitar os caminhos, deixar as trevas e nos aproximarmos da Luz que nos
oferece uma verdadeira e duradoura alegria. Assim, às vésperas do Natal,
encontra-se o momento adequado para uma grande decisão e nos perguntarmos:
quais luzes têm resplandecido em nossas vidas? Diante do nascimento de Jesus,
buscamos celebrar um acontecimento que marcou a história ou celebramos um
encontro profundo com aquele que é Luz e que ilumina a vida e nos enche de
alegria? Recordemos as sábias palavras de São Francisco de Assis: “Nada mais
desejemos, nada mais queiramos, nada mais nos agrade ou deleite a não ser o
nosso Criador, Redentor e Salvador, único Deus verdadeiro, que é o bem pleno,
todo o bem, o bem total, verdadeiro e sumo bem” (Regra Não Bulada, 23,9). Amém.
Dom
Carlos Silva Bispo Auxiliar de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-67-3o-domingo-do-advento.pdf
1- Liturgia do Terceiro
Domingo do Advento- Ano B;
- Neste terceiro domingo do Advento, o
Evangelho nos apresenta, mais uma vez, a figura de João, o Batista, como
personagem importante no caminho de preparação para o reconhecimento e acolhida
do Senhor que já veio e, portanto, já está entre nós.
- A primeira leitura nos apresenta palavras animadoras, de um profeta
anônimo, no qual sua mensagem foi incorporada ao livro do profeta Isaías. Num
momento de desolação, o profeta vem cantando e falando de coisas novas que Deus
fará, anunciando a virtude básica da vida cristã: que Deus plantará justiça
entre os homens e mulheres de boa vontade. Na primeira parte do texto, o
profeta apresenta o sentido da sua vocação e missão. Apresenta-se como o
"ungido" do Senhor, sobre quem repousa o Espírito. Sua missão
consiste em anunciar uma "boa notícia", em curar os corações feridos,
em proclamar a libertação aos prisioneiros, em promulgar "o ano da graça
do Senhor". Os destinatários são os "pobres", ou seja, os
carentes de bens, de dignidade, de liberdade e de direitos, mas que pela sua
especial situação de miséria e de necessidade são considerados os preferidos de
Deus.
- O Evangelho que a liturgia oferece é composto de duas partes
distintas: a primeira (vv. 6-8), funciona como introdução, uma vez que faz
parte do rico prólogo poético-teológico, uma "introdução teológica" a
todo o Quarto Evangelho; a segunda parte (vv. 19-28) é o desenvolvimento da
introdução, e corresponde à abertura da primeira seção narrativa do Quarto
Evangelho, iniciada exatamente com a apresentação do testemunho de João, o
Batista
. - Em seu rico prólogo, o evangelista
João apresenta Jesus Cristo como "lógos", palavra/verbo originário de
todas as coisas (cf. 1,1-18). Se trata de um hino altamente cristológico, mas
mesmo assim, o autor encontra razão e espaço para citar, nesse texto, a
existência de um homem: "Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era
João" (v. 6). Ao falar de Jesus e de sua vinda ao mundo, a missão de João
não pode ser ignorada. Como Deus nunca deixou de comunicar-se com a humanidade,
ao enviar seu Filho, envia também um mensageiro para apontá-lo, para ajudar o
mundo a reconhecê´-lo. Como homem enviado por Deus, o precursor é figura
proeminente no despertar das consciências para a luz que veio iluminar a
humanidade dominada pelas trevas: "Ele veio como testemunha da luz, para
dar testemunho da luz, para que todos cheguem à fé por meio dele" (v. 7).
- A Palestina do tempo de Jesus vivia uma
situação plena de trevas; trevas como negação da vida plena e digna. Por isso,
as pessoas que estavam ansiosas por "luz" encontraram em Jesus a
"Luz que vem do Alto", o Libertador das trevas, o Messias. João, como
boa testemunha da luz, tem consciência de sua missão: não assume o lugar e a
competência do outro, não se deixa confundir e, por isso, se torna
verdadeiramente uma testemunha do Reino de Deus
. - O Advento é tempo propício para
repensarmos como estamos vivendo à luz da nossa identidade cristã. É tempo que
nos convida a ter a coragem de João Batista para reconhecer o que não nos
identifica como pessoas iluminadas pela Palavra. Não basta afirmar ser cristão,
é preciso abandonar aquilo que nega essa própria identidade. Tudo o que
confunde e enfraquece a missão do cristão deve ser retirado de sua vida. É
preciso ser testemunhas convincentes do Reino entre nós como João Batista e, em
plentitude, como Jesus, o Filho de Deus. Advento é tempo de ir ao encontro da
Luz verdadeira, que pela fé reconhecemos ser a fonte de vida plena, pois nos dá
identidade e nos confia uma missão no mundo: Jesus Cristo!
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/11/17_12_23.pdf
2- Preparar o Natal
De 17 a 24 de Dezembro a Liturgia de Advento assume
características particulares. A oito dias do Natal as leituras bíblicas apontam,
com maior insistência, para o protagonista principal: Jesus. O Senhor está
próximo!
Ao longo destes dias propomos aos nossos visitantes uma
caminhada que ajude a preparar melhor o coração para acolher o Salvador. Cada
uma das celebrações que apresentamos compõe-se de um texto bíblico, o acender
da vela, um salmo ou uma leitura, um momento de reflexão/partilha e uma prece.
Este subsídio litúrgico destina-se a ser utilizado individualmente, em família
ou num grupo de oração. A celebração pode ser enriquecida criativamente com
cânticos e outros elementos julgados oportunos.
A todos desejamos boa e intensa caminhada espiritual para
o Natal.
Textos de A. Dini.
Tradução e adaptação de José Manuel Vicente, scj
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