2,3- VIVAMOS A SEMANA SANTA
Com a celebração do Domingo de Ramos e da
Paixão, iniciamos a “semana maior” da Liturgia da Igreja, recordando os
mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Portanto, com este
Domingo, já iniciamos a celebração da Páscoa deste ano. Hoje recordamos a
entrada de Cristo em Jerusalém para celebrar a sua Páscoa. Vamos repetir um
rito que o povo da antiga aliança costumava realizar durante a chamada “festa
das tendas”, levando ramos nas mãos, significando a esperança da chegada do
Messias. Hoje somos nós que também erguemos nossos ramos em procissão,
reconhecendo que o Messias tão esperado está no meio de nós e, olhando para
Jesus, aclamaremos: “Hosana, ao Filho de Davi”. Vale lembrar que o “Domingo de
Ramos” é também é “Domingo da Paixão”. O mesmo Jesus aclamado festivamente
na entrada de Jerusalém será também levado aos tribunais, condenado e
crucificado, experimentando a humilhação do Servo do Senhor em vista de nossa
salvação. Segunda, Terça e Quarta-feira Santas serão dias para
acompanharmos a narrativa dos acontecimentos que antecedem a Paixão, Morte e
ressurreição de Jesus. Na Segunda-feira
Santa, recordaremos o gesto da mulher que unge os pés de Jesus e seca os com
seus cabelos, prefigurando a unção do Corpo do Senhor na sepultura. A Terça-feira Santa será o dia em que,
com grande tristeza, Jesus anunciará a sua morte e também a traição,
indicando Judas como sendo o seu traidor. Já na Quarta-feira Santa, recordaremos o dia em que Judas decide trair
Jesus, vendendo-o por trinta moedas. Seria bom aproveitar esses dias para uma
boa confissão, quem ainda não a fez! Na quinta-feira santa, ainda pela
manhã, a Igreja, numa solene celebração eucarística presidida pelo seu
bispo, reunir-se-á para celebrar a memória da instituição do ministério
sacerdotal. Nesta celebração ficará visível o rosto da Igreja que,
presidida pelo seu bispo tendo ao seu redor o seus padres e diáconos, com todo
povo santo de Deus, celebra a Eucaristia. Também nessa ocasião, os padres
renovarão suas promessas sacerdotais de servir a Deus e ao seu povo. Ainda na
quinta feira (à tarde ou noite), a Igreja se reunirá mais uma vez, agora para
abrir solenemente o Tríduo Pascal,
com a celebração da Ceia do Senhor, memorial do sacrifício de Cristo na Cruz.
Na ocasião, recordaremos o gesto de Jesus de lavar os pés dos discípulos
indicando-lhes o mandamento do amor. A celebração se concluirá com a
trasladação do Santíssimo Sacramento para o altar da reposição. A partir
deste momento a Igreja permanecerá em vigília de oração, pois o Senhor,
após a Ceia celebrada com os discípulos, será entregue aos que irão
condená-lo. Sexta-feira Santa, dia
de jejum e de abstinência de carne, a Igreja permanecerá em profundo
silêncio orante, e é com esse silêncio que começará a celebração da
Paixão e Morte do Senhor. A Igreja reunida ouvirá atenta o relato da Paixão,
fará a adoração ao Santo Madeiro da Cruz e, como povo sacerdotal, rezará
pelas intenções universais da Igreja. Recordo que, na Sexta-feira Santa,
todos somos convidados a fazer um gesto de solidariedade concreta para com os
cristãos que vivem na Terra Santa (Israel, Palestina, Síria, Egito,
Turquia...), onde nasceu a nossa fé; lá os cristãos são poucos e passam por
privações e precisam de nossa ajuda. Façamos nossa oferta generosa na coleta
para os “lugares santos”. O Sábado
Santo, pela manhã, prolongará o silêncio do dia anterior. A Igreja, em
oração diante da sepultura do Senhor, contemplará o mistério de sua morte.
Por ela, o Senhor desce à “mansão dos mortos” para resgatá-los. Chegada a
noite, a Igreja, cheia de alegria e júbilo, reúne-se para o grande anúncio
da Ressurreição do Senhor. Com uma rica e longa celebração, ouviremos as
leituras que farão o grande resumo de toda história da salvação,
acompanharemos os que se prepararam para receber os sacramentos da iniciação,
renovaremos nossa fé batismal e finalmente cantaremos alegres o Aleluia que
anuncia a vitória de Jesus sobre a morte. Domingo
de Páscoa será o grande dia e a mais importante celebração de nossa
fé. “Este é o dia que o Senhor fez para nós”, cantaremos com o salmista e
assim proclamaremos que a Páscoa de Cristo se faz viva e atual na vida de cada
um de nós, de cada família, de toda Igreja, e da criação inteira. Que
nenhum católico se dispense facilmente de celebrar em sua comunidade este dia!
Feliz e santa Páscoa do Senhor para todos, com a bênção de Deus!
Folheto Povo de Deus
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-22-ramos-e-paixao-do-senhor.pdf
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