sexta-feira, 3 de maio de 2024

2.1- Liturgia do Sexto Domingo da Páscoa- Ano B

 

 

2.1-       Liturgia do Sexto Domingo da Páscoa- Ano B

 

A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na pessoa, nos gestos e nas palavras de Jesus e dia a dia tornado presente na vida dos homens por ação dos discípulos de Jesus.


- "Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus" (1 Jo 4,7). Este é o mandamento do Senhor para toda sua Igreja neste dia dedicado a Ele. O Senhor Jesus Cristo nos convida a compreender e a viver, em nosso dia a dia, o mandamento, a sua ordem: "Amai-vos uns aos outros". Perceba bem que o Cristo não nos pede ou convida ao amor, mas pelo seu imenso testemunho de vida e de morte, e morte de cruz, Ele tem autoridade para ordenar aos seus que "AMEM!", incondicionalmente, o outro como a si mesmo.

 

- "Deus é amor!", diz o evangelista João. Essa afirmação nos revela a grandiosidade de nosso Deus presente na história da Salvação: por Amor, Ele cria o mundo e dispõe todos os seres vivos de forma integrada e no auge da criação, o ser humano aparece como seu colaborador na manutenção da ordem e da justiça. Por amor, na plenitude dos tempos, Ele envia o seu Filho único para se rebaixar e viver como um de nós, em tudo, exceto no pecado, e dar a sua vida em nosso favor. Por amor, Deus ressuscita Jesus dos mortos e continua a nos salvar de tantas situações de insegurança e miséria.

 

 - Aquele que nasce de Deus também é Amor. Jesus Cristo vive e testemunha, com sua própria vida, o que é amar. Primeiro porque, sendo gerado do Pai, que é amor, Ele tem em si a própria dinâmica do que é amar; segundo, porque esse apelo que habita n'Ele o possibilita entregar sua vida em favor de muitos; terceiro, porque aqueles que Jesus escolhe Ele os ama até o fim, pois Ele acredita no Amor e acredita que é possível vivê-lo neste mundo. Esta é a opção de Jesus: amar e dar a vida pelos seus. - Mas então como sabemos se nascemos e conhecemos a Deus? A resposta se encontra na Primeira Carta de João (4,7): "Amar uns aos outros porque o amor vem de Deus", e mais: porque Aquele em quem acreditamos nos ordenou: "Amai-vos uns aos outros." (Jo 15,17). O Amor nos conduz a prática da justiça; para a amizade social; a aceitação de pessoas diferentes de nossos grupos, sem discriminação, porque o Espírito atua em todos; nos conduz ao diálogo que gera a paz, fruto do amor, expressão da real fraternidade entre as pessoas. A vivência da paz e da amizade social somente será possível quando as pessoas viverem o mandamento do amor segundo o critério proposto por Jesus, que dá à palavra "amor" o seu mais profundo significado: o amor transformado em ação, em gesto concreto, esvaziamento de si, entrega, reconciliação, serviço, oblação, gratuidade. Tudo isso tem o agir de Jesus como modelo e paradigma, do qual o mistério pascal é a maior expressão.

 

- Se aceitamos o amor gratuito de Deus (o que nem sempre é fácil, por causa do nosso orgulho) podemos também amar gratuitamente os nossos irmãos e irmãs. Nosso amor pelos outros nada mais é do que o amor de Deus agindo em nossos corações. O nosso amor deve ser um amor que aceita o outro na realidade onde ele se encontra, como também vai ao seu encontro. - Só através da nossa resposta ao apelo do amor de Deus é que podemos gerar comunidade, comunhão e fraternidade, onde, através de tudo isso, são superadas todas as diferenças e podemos dessa forma contribuir para a concretização do Reino de Deus dentro da nossa realidade. Jesus nos escolhe como seus amigos e a amizade torna-se para Ele a expressão máxima do amor. Ela nos leva à oração e à ação. As pessoas amigas precisam cultivar sua amizade e esta só se realiza com Jesus através da oração e das obras que o imitam. A amizade engloba lealdade e fidelidade. Implica partilha e segurança. Na verdadeira amizade teremos a certeza de que nossos amigos responderão se precisarmos deles. Ela implica também capacidade de começar tudo de novo em meio às crises e desentendimentos.

 

 - Diante dessas reflexões podemos nos perguntar: 1) Em que situações eu sinto o amor de Deus? 2) Considero Deus como amigo próximo e presente? 3) Estou dando resposta ao amor e à amizade de Deus? 4) Como vivo o amor ao próximo em minhas relações fraternas?

 

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