sexta-feira, 11 de outubro de 2024

XII-SANTOS DA 3.ª SEMANA DE OUTUBRO

 

 

XII-SANTOS  DA 3.ª  SEMANA DE OUTUBRO

Santo do dia 14 de Outubro

São Calisto I, Papa e mártir (†cerca de 222). São Venâncio de Luni, Bispo (†séc. IV). Amigo do Papa São Gregório Magno, ocupou-se esmeradamente dos clérigos e monges da sua diocese em Luni, Itália.

Santo do dia 15 de Outubro

Santa Teresa de Jesus, virgem e Doutora da Igreja (†1582). Santa Madalena de Nagasaki, virgem e mártir (†1634). Terciária agostiniana recoleta, filha de mártires. Ajudou os cristãos perseguidos, batizou e catequizou crianças, até ser martirizada em Nagasaki, Japão.

Santo do dia 16 de Outubro

Santa Edwiges, religiosa (†1243). Santa Margarida Maria Alacoque, virgem (†1690). São Lulo de Magúncia, Bispo (†786). Companheiro de São Bonifácio na evangelização da Alemanha, foi por este ordenado Bispo.

Santo do dia 17 de Outubro

Santo Inácio de Antioquia, Bispo e mártir (†107). Beato Gilberto de Cister, abade (†1167). Nascido na Inglaterra, foi abade de Cister. Homem de grande ciência, defendeu São Tomás Becket no exílio.

Santo do dia 18 de Outubro

São Lucas, Evangelista. São Monon, mártir (†cerca de 630/640). Eremita de origem irlandesa apedrejado por ladrões incomodados pela sua santidade de vida.

Santo do dia 19 de Outubro

Santos João de Brébeuf, Isaac Jogues, presbíteros, e companheiros, mártires (†1642-1649). São Paulo da Cruz, presbítero (†1775). São Varo, mártir (†307). Soldado egípcio que, ao visitar seis santos eremitas cristãos na prisão, foi encarcerado junto com eles e sofreu terríveis torturas.

Santo do dia 20 de Outubro

Santa Maria Bertilla Boscardin, virgem (†1922). Religiosa da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia dos Sagrados Corações, dedicou-se aos doentes de corpo e de alma, num hospital em Treviso, Itália

https://www.xl1.com.br/santo-do-dia/santos-do-mes-de-outubro-lista-com-santo-do-dia/

DESTAQUES:

1-    SANTA TERESA DE JESUS

Origens

 

Segunda filha de um judeu convertido, Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus), Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada, nasceu em Ávila (Castela), em 28 de março de 1515. A infância feliz, passada junto com irmãos e primos, a deixa fascinada por romances de cavalaria. Após a morte, em batalha, de seu irmão mais velho, Giovanni, em 1524, e a perda de sua mãe, Beatrice, a jovem foi enviada para estudar no mosteiro agostiniano de Nossa Senhora da Graça. Ali, foi atingida por uma primeira crise existencial.

 

Fuga para o Carmelo

 

Após uma grave doença, regressa à casa do pai, onde assiste à partida do seu querido irmão Rodrigo para as colônias espanholas no ultramar. Em 1536, foi atingida pela chamada “grande crise” e amadureceu a firme decisão de entrar no mosteiro com os Carmelitas da Encarnação de Ávila. Mas o pai se recusa e Teresa foge de casa. Acolhida pelas freiras, chegou à profissão em 3 de novembro de 1537.

 

Embates na saúde

 

Sua saúde logo se deteriora novamente. Apesar do consequente retorno à família, o caso é julgado desesperador.  Santa Teresa D’Ávila é levada de volta ao convento onde as freiras começam a preparar seu funeral. Inexplicavelmente, porém, em poucos dias, a paciente volta à vida. Parcialmente liberta dos compromissos da vida de clausura, devido à convalescença.  

“Morro filha da Igreja”  (Santa Teresa D’Ávila) 

 

Mulher da mística

 

De caráter alegre, amante da música, da poesia, da leitura e da escrita, vai tecer uma densa rede de amizades, polarizando em torno de si várias pessoas desejosas de a conhecer. Mas em breve ela perceberá esses encontros como motivos de distração da tarefa principal da oração e experimentará sua “segunda conversão”: “Meus olhos caíram sobre uma imagem … Ela representava Nosso Senhor coberto de feridas. Assim que olhei para ela, me senti todo emocionado… Me joguei aos pés d’Ele em prantos e implorei que me desse forças para não mais ofendê-Lo”. 

As visões e êxtases representam o capítulo mais misterioso e interessante da vida de Santa Teresa de Ávila. Na Autobiografia (escrita por ordem do bispo) e em outros textos e cartas, descreve as várias etapas das manifestações divinas, visuais e auditivas. Ela é vista levitando, desmaiando e permanecendo morta (é assim que Bernini a retratará por volta de 1650, na estátua de S. Maria Della Vittoria em Roma). Essas manifestações correspondem a um grande crescimento espiritual, que Teresa, naturalmente trazida à escrita e à poesia, vai derramar em seus textos místicos, entre os mais claros, poderosos, poéticos já escritos.

 

Reforma do Carmelo

 

Não compreendida nesta sua intensa espiritualidade e considerada por alguns dos seus confessores até vítima de ilusões demoníacas, é apoiada pelo jesuíta Francesco Borgia e pelo frade franciscano Pietro d’Alcántara, que dissiparão as dúvidas dos seus acusadores. Teresa sente que deve refundar o Carmelo para remediar uma certa desorganização interna. Em 1566, o Superior Geral da Ordem autorizou-o a fundar vários mosteiros em Castela, incluindo dois conventos de Carmelitas Descalços. Assim, surgem os conventos em Medina, Malagon e Valladolid (1568); Toledo e Pastrana (1569); Salamanca (1570); Alba de Tormes (1571); Segóvia, Beas e Sevilha (1574); Sória (1581); Burgos (1582), entre outros.

 

https://santo.cancaonova.com/santo/santa-teresa-davila-a-grande-doutora-da-oracao/

2-    SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA

Origens 

 

Descendente de uma família pagã, não romana, Inácio converteu-se ao cristianismo em idade avançada, graças à pregação de São João Evangelista, que havia passado por aquelas terras. Santo Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia, na Síria, cidade que foi a terceira metrópole do mundo antigo — depois de Roma e Alexandria, no Egito —, e da qual o próprio São Pedro foi o primeiro bispo.

Os seguidores da sua Igreja o definiam como um cristão “fogoso”, segundo a etimologia do seu nome. 

 

Santo Inácio de Antioquia era um Bispo forte, um pastor de zelo ardente

 

Perseguição do Imperador Trajano

 

Durante o seu episcopado, começou a terrível perseguição do imperador Trajano, da qual também o Bispo foi vítima por não querer negar sua fé em Cristo. Por isso, foi preso e transportado acorrentado para Roma. Assim, começou a sua longa viagem, rumo ao patíbulo, durante a qual foi torturado pelos guardas, até chegar ao seu destino final.

 

Páscoa 

 

Preso e condenado, Inácio foi conduzido acorrentado, de Antioquia à Roma, onde se organizavam festas em homenagem ao imperador; e os cristãos serviam de espetáculo, no circo. No Coliseu, seu corpo foi despedaçado pelas feras, durante as celebrações da vitória do imperador na Dácia, no ano 107.

 

Sete Cartas 

 

Durante sua viagem de Antioquia à Roma, Santo Inácio escreveu sete cartas. Nestas cartas, o Bispo enviado à morte recomendava aos fiéis que fugissem do pecado; para se proteger contra os erros dos gnósticos; sobretudo para manter a unidade da Igreja.

As sete lindas cartas que constituem um documento inimitável da vida da Igreja na época 

 

As Primeiras Cartas 

 

Ao chegar à Esmirna, escreveu as quatro primeiras cartas, três das quais dirigidas às comunidades da Ásia Menor: aos Efésios, Magnésios e Trálios. Nelas, ele expressa a sua gratidão pelas muitas demonstrações de carinho. 

 

Quarta Carta

 

A quarta carta, ao invés, foi dirigida à Igreja de Roma, na qual faz um apelo aos fiéis para não impedirem seu martírio, do qual se sentia honrado, pela possibilidade de percorrer o caminho e a Paixão de Jesus.

 

Três últimas cartas 

 

De passagem por Trôade, Inácio escreveu outras três cartas: à Igreja da Filadélfia, de Esmirna e ao seu Bispo, Policarpo. Em suas missivas, pedia a solidariedade espiritual dos fiéis com a Igreja de Antioquia, que passava pelas provações do eminente destino do seu pastor; ao Bispo Policarpo, ofereceu interessantes diretrizes de como cumprir a sua função episcopal.

 

Cartas que declararam o seu amor ao Cristo e à Sua Igreja

 

Ele escreveu também páginas de verdadeiras e próprias declarações de amor a Cristo e a Sua Igreja, que, pela primeira vez, foi chamada “católica”; testemunhos do conceito tripartido do ministério cristão entre Bispos, presbíteros e diáconos; e ainda diretrizes para combater a heresia do Docetismo, que acreditava na Encarnação do Filho apenas como aparência e não real.

Enfim, através das cartas de Inácio, percebemos seu desejo, quase como uma súplica ardorosa, de que os fiéis mantivessem a Igreja unida, contra tudo e contra todos.

 

Minha oração

 

“Querido Inácio, pela tua valentia, soubeste doar a tua vida em favor do Evangelho, reconhecendo que seu sangue seria semente de novos cristãos, zelai pela Igreja e seus representantes, para que tenham a mesma doação e coragem sua. Amém!”

Santo Inácio de Antioquia , rogai por nós!

 

https://santo.cancaonova.com/santo/santo-inacio-de-antioquia-o-bispo-perseguido-e-jogado-as-feras/

3-    SÃO LUCAS

Origens

 

São Lucas Evangelista, que, segundo a tradição, nasceu em Antioquia de uma família pagã, era médico de profissão. Convertido à fé de Cristo, foi companheiro caríssimo do apóstolo São Paulo até a confissão (martírio) deste. Serviu irrepreensivelmente ao Senhor, jamais tomou mulher nem teve filhos.

 

Características do Evangelho

 

É possível perceber a característica mais original do Evangelho de Lucas graças aos seis milagres e às dezoito parábolas, que não encontramos nos outros Evangelhos. Ele dedica atenção particular aos pobres e às vítimas das injustiças, aos pecadores arrependidos, acolhidos pelo perdão e a misericórdia de Deus.

 

São Lucas: o Evangelista da Misericórdia

 

Parábolas Narradas 

 

Ele narra a parábola do pobre Lázaro e o rico Epulão. Fala do Filho Pródigo e do pai misericordioso, que o acolhe de braços abertos. Descreve a ação da pecadora perdoada, que lava os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxuga com seus cabelos. Cita as palavras de Maria, no Magnificat, quando ela proclama que Deus “derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens e despede os ricos de mãos vazias!” (Lc 1,52-53).

 

Padroeiro dos Médicos, Pintores e Vidraceiros 

 

Pintor

 

Os cristãos orientais atribuem ao “médico pintor”, Lucas, numerosos quadros representando a Virgem. Em seu Evangelho, escrito em grego fluente e límpido, Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. 

 

Conhecia os outros Evangelistas 

 

Lucas conhecia os Evangelhos de Mateus e Marcos quando começou a escrever o seu, antes do ano 70. Julgava que ao primeiro faltava uma certa ordem no desenvolvimento dos fatos e considerava o segundo por demais conciso.

Como diligente estudioso, Lucas, depois de ter documentado escrupulosamente as notícias da vida de Jesus ,“desde o início”, quis narrá-la novamente de forma ordenada, de modo que os fatos e ensinamentos progredirem pari passu como a realidade.

Deu prova da mesma agradável fluência narrativa também na redação dos Atos dos Apóstolos.

 

Maria é o foco do seu Evangelho

 

Evangelista dedicado a Maria 

 

A relação particular que Lucas tem com Maria é outra característica do seu Evangelho. Por meio dele e — podemos imaginar —, por meio da narração que Maria lhe fez pessoalmente, conhecemos as palavras da Anunciação, da Visita a Isabel e do Magnificat. 

Por seu intermédio, sabemos os particulares da Apresentação de Jesus ao Templo e a angústia de seus pais, Maria e José, por não poder encontrar seu filho de doze anos no Templo. Provavelmente, graças a esta sua sensibilidade narrativa e descritiva, que nasce a tradição de ser o primeiro iconógrafo, sabemos que Lucas era pintor.

 

Páscoa

 

As notícias concernentes à sua morte são incertas: algumas fontes falam do seu martírio; outras dizem que viveu até a idade avançada. A tradição mais antiga diz que morreu na Beócia, com 84 anos, depois de ter-se estabelecido na Grécia, onde escreveu seu Evangelho.

 

Três cidades se ufanam de conservar suas relíquias: Constantinopla, Pádua e Veneza

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Minha oração

 

“Poderoso Evangelista, inspirado pelo Espírito Santo ao relatar a vida de Jesus, cuidai dos escritores para que mostrem a verdade e dos comunicadores para que vivam segundo o que anunciam. Sede também um modelo de busca pelo Cristo. Amém.”

São Lucas, rogai por nós!

 

https://santo.cancaonova.com/santo/sao-lucas-o-evangelista/

 

SANTOS AGOSTNIANOS

14 de Outubro

Beato Gonçalo de Lagos  

 


Nasceu em Lagos (Algarve, Portugal) em torno do ano de 1360. Filho de pescadores, entrou na Ordem em Lisboa, em 1380. Grande teólogo, recusou o título de mestre em Teologia. Bom orador, gostava de ensinar catecismo às crianças, aos operários e aos pobres e ignorantes. Prior de vários importantes conventos, procurava servir, com amor, os irmãos nos trabalhos mais humildes. Tanto lhe importava servir como porteiro ou como cozinheiro. Bom calígrafo e decorador, escreveu vários livros corais. Morreu em Torres Vedras em 15/10/1422. Suas relíquias conservam-se na igreja ex-agostiniana de Santa Maria da Graça. Pio VI confirmou seu culto em 1778. Do comum dos santos homens: para religiosos.

 

20 de Outubro

Santa Madalena de Nagasaki, padroeira da FSAR   

 

Nasceu em 1611, perto de Nagasaki. Filha de cristãos martirizados, consagra-se a Deus e é guiada espiritualmente pelos beatos Francisco de Jesus e Vicente de Santo Antônio, agostinianos recoletos, que a admitem como terciária. Depois do martírio dos beatos, em 1632, permanece escondida nos montes, ajudando os cristãos afligidos. Em setembro de 1634, entrega-se aos juízes, proclamando-se cristã. Torturada de forma cruel, inamovível em sua fé, é pendurada no patíbulo, onde permaneceu viva durante catorze dias. Seu martírio causou grande impressão em Nagasaki. Todos se encomendavam à sua intercessão. Beatificada em 1981, foi canonizada por João Paulo II em 18/10/1987.    

 

https://psarj.com.br/santosagostinianos

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