XI- REFLEXÃO DOMINICAL IV:UM REINO DE ESPERANÇA
Celebrando
o Domingo de Cristo Rei, somos colocados diante da pergunta: para onde caminha
a história deste mundo e nossa história pessoal? Afinal, quem é o senhor deste
mundo e que dá um sentido às coisas e ao que buscamos e fazemos? E a resposta
não é outra: Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Ele é Senhor e nossa
vida está orientada para o grande encontro final com Ele, que é Rei e Senhor da
história. A ele prestaremos contas da nossa vida e ele tem a palavra final
sobre o nosso destino eterno. Com a festa de Cristo Rei, encerra- -se o ano
litúrgico e, com o Primeiro Domingo do Advento, se iniciará um novo ano
litúrgico. Com o tempo que passa, nós é que passamos e vamos sendo orientados
no nosso peregrinar para a meta da nossa existência. Como aproveitamos o tempo
preciso que Deus nos concede? Deixamos marcas positivas atrás de nós, como
sinais de nossa passagem por este mundo? O tempo é oportunidade e não retorna
mais; nós vivemos apenas uma vez neste mundo. A festa de Cristo Rei nos deve
trazer alegria, por saber que temos uma meta e que o tempo que Deus nos concede
para viver já nos coloca no caminho da eternidade. Sim, tudo o que fazemos
nesta vida já tem um sentido de eternidade. Vale a pena esforçar-se para evitar
o mal e realizar o bem todos os dias. Hoje, no Brasil, também é celebrado o dia
dos cristãos leigos e leigas. Eles são membros vivos da Igreja e participam de
sua vida e missão. Podem fazer muito para vida interna da própria Igreja, nos
serviços de evangelização, liturgia e animação da caridade, de acordo com o dom
que receberam. No entanto, a Igreja recomenda aos leigos e leigas que sua
missão, enquanto discípulos de Cristo, é ser testemunhas do Evangelho e de seus
valores no meio do mundo. Os leigos são testemunhas de Cristo na família, na
vida profissional e no trabalho, nas responsabilidades sociais e públicas, na
promoção da cultura, da justiça e da vida política. Ali, eles podem atuar para
que o mundo acolha sempre mais os valores do reino de Deus e de Cristo, e
supere tudo o que é contrário a ele. O Papa Francisco recorda a todos os
batizados e membros da Igreja que todos são chamados a participar da vida e
missão da Igreja, cada qual, conforme o seu próprio dom. Na Igreja, ninguém
está dispensado de fazer a sua parte. Celebraremos, no próximo ano, um Jubileu.
A Igreja recorda os 2025 anos do nascimento de Jesus Cristo, nosso Salvador, e
celebra com júbilo. O Papa Francisco escolheu o tema da esperança para este
Jubileu: “Peregrinos de Esperança”. É um tema bonito e necessário para o nosso
tempo, marcado por desorientação e desesperança. Os cristãos têm a missão de
anunciar ao mundo a grande esperança de salvação e vida que nos vêm por meio de
Jesus Cristo. A abertura do Jubileu, para toda a Igreja, acontecerá no próximo
dia 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro. Em cada diocese, o Jubileu será
aberto na catedral diocesana no dia 29 de dezembro, Domingo da Sagrada Família.
É o que também faremos em São Paulo, na Catedral Metropolitana. Desde agora,
rezemos intensamente pelos bons frutos do Jubileu. Somos todos peregrinos de
esperança! E a esperança cristã não decepciona!
Cardeal Odilo Pedro
Scherer Arcebispo de São Paulo
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