sexta-feira, 27 de junho de 2025

VII- REFLEXÃO DOMINICAL I ELES NOS DERAM OS FUNDAMENTOS DA FÉ

 

 

VII-     REFLEXÃO DOMINICAL I

 

ELES NOS DERAM OS FUNDAMENTOS DA FÉ

 

Celebramos a solenidade litúrgica do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo e nos unimos ao Papa neste “Dia do Papa”. É costume, desde os tempos apostólicos, que a Igreja inteira reze por Pedro e seus Sucessores, especialmente quando passam por tribulações e perseguições. Lemos nos Atos dos Apóstolos que, enquanto Pedro estava preso e Herodes queria matá-lo, “a Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5). Assim fazemos também nós, todos os dias, em todas as Missas. E hoje, especialmente. Todos os apóstolos são importantes e além de pregar o Evangelho, deram também o testemunho de seu martírio por Jesus Cristo e pela fé que pregavam. Apenas São João Evangelista não é mártir. Mas, desde o início, Pedro e Paulo destacaram-se mais que todos e passaram a ser considerados os “príncipes dos Apóstolos”. Pedro, pela sua autoridade reconhecida por todos, como aquele que “confirma os irmãos na fé”. Paulo, Apóstolo missionário e teólogo, mais que todos, deixou o testemunho de sua pregação nos Atos dos Apóstolos e nas suas Cartas (Epístolas), que marcaram e seguem marcando a vida cristã. Ambos os Apóstolos foram martirizados em Roma, onde se encontram seus túmulos e para onde acorrem continuamente multidões de peregrinos para aprender e se deixar contagiar pelo seu amor a Cristo e pelo testemunho vigoroso de sua fé. Hoje, os lembramos com gratidão a Deus. Eles nos eram as primícias da fé e são como as antigas cepas de oliveira que, mesmo com o passar dos séculos, brotam sempre de novo e oferecem sombra e frutos abundantes a quem delas se aproxima. O Papa, sucessor de Pedro, desempenha a missão dele ao longo do tempo. Para nós, católicos, a comunhão com Pedro, o acolhimento de sua palavra e de suas orientações para a vida da Igreja, é questão de fé. A Igreja Católica está com Pedro e com seus Sucessores. “Ubi Petrus, ibi Ecclesia” (onde está Pedro, aí está a Igreja). Não é questão de simpatia com a pessoa do Papa: é questão de fé. A rejeição do Papa e a desobediência a seus ensinamentos ferem a comunhão na Igreja e são ocasião de divisão, discórdia na comunidade e desvio na fé. E isso vai contra a vontade explícita de Jesus, que pediu, antes de sua paixão, que os discípulos ficassem unidos e não se dividissem. As divisões na Igreja, ao longo da História, muitas vezes, passaram pela rejeição do Papa e de seu papel fundamental na Igreja. Hoje, em Roma, encerra-se a peregrinação jubilar dos bispos do mundo inteiro, neste Ano Santo de 2025. Os bispos legitimamente escolhidos, nomeados e ordenados, e em comunhão com o Papa, também são sucessores dos Apóstolos e, cada um em sua diocese, é pastor da única e mesma Igreja de Cristo. Junto com o Papa, eles são corresponsáveis pela Igreja inteira. Hoje, rezemos pela Igreja, de maneira especial, para que, em união com o Papa e o Episcopado, ela caminhe com serenidade e na unidade, dando ao mundo o testemunho do Evangelho da esperança. Também hoje se faz, em todas as igrejas católicas do mundo, e em todas as missas e celebrações do dia, a coleta do Óbolo de São Pedro, destinada a apoiar as iniciativas de evangelização e de caridade do Papa em todo o mundo. Sejamos generosos em apoiar esse serviço tão importante do Papa. Deus lhes pague!

 

Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo

 

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-40-SAO-PEDRO-E-SAO-PAULO-APOSTOLOS-2.pdf

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