VII- REFLEXÃO DOMINICAL I
MARIA,
SINAL DE SEGURA ESPERANÇA
Celebrando o mês das
vocações, neste Domingo, recordamos a vocação à Vida Consagrada Religiosa e
para as novas formas de consagração da vida a Deus, na Igreja. As muitas formas
de Vida Consagrada são uma riqueza e expressam, de diversos modos, a dinâmica da
vida segundo o Evangelho, que se renova sempre. Os consagrados e consagradas no
carisma da Vida Religiosa ajudam muito a Igreja a dar o testemunho do Evangelho
no mundo e a cumprir a sua missão evangelizadora. Hoje olhamos para Maria,
elevada ao céu em corpo e alma. Essa é uma verdade de fé muito bonita e cheia
de esperança. Ao anunciar que Deus já elevou a Mãe de Jesus ao céu em corpo e
alma, a Igreja se alegra e agradece porque Maria está bem perto de Deus, como
mãe e intercessora por todos os “irmãos de Jesus” O que ela mais deseja e pede
a Deus é que todos nós, que também somos seus filhos, estejamos um dia com ela
no céu, alegrando-nos na vida feliz e contemplando a face de Deus. Neste Ano
Jubilar, recordamos que Maria elevada ao céu é para todos nós um sinal de
esperança segura: o que Deus realizou nela, é uma promessa firme de que também
o realizará por nós, se formos fiéis a Deus como ela foi. Ela é a “mãe dos
peregrinos”, que ainda caminham neste mundo rumo à casa do Pai na Jerusalém
celeste. Ela é a “mãe da esperança” segura, que não desilude e enche de
alegria, mesmo a quem ainda vive entre as lutas, tristezas e sofrimentos deste
mundo. Desejo lembrar aqui algumas das belas palavras que o Concílio Vaticano
II dedicou a Maria no final do Documento Lumen Gentium, sobre a Igreja: “A Mãe
de Jesus, tal como está nos céus já glorificada em corpo e alma, é a imagem e o
começo da Igreja como deverá ser consumada no tempo futuro. Assim também brilha
aqui na terra como sinal de esperança segura e do conforto para o povo de Deus
em peregrinação, até que chegue o dia do Senhor” (cf 2Pd 3,10). E o Concílio
recomenda: todos os fiéis cristãos supliquem à Mãe de Deus e Mãe dos homens
“para que ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também
agora, exaltada no céu sobre todos os bem-aventurados e anjos, na comunhão de
todos os Santos, interceda junto a seu Filho até que todas as famílias dos
povos (...) sejam felizmente congregadas na paz da Santíssima e Indivisa Trindade”
(LG 68). Os consagrados e consagrados na Vida Religiosa e nas novas formas de
Vida Religiosa inspiram-se muito na fé de Maria e também na promessa que ela
representa para todo cristão. Também eles são, ainda neste mundo, “grandes
sinais” do mundo futuro e da vida futura que já chegou a nós, mas que se
tornará plena na “casa do Pai’, na vida eterna. Rezemos pelas vocações à Vida
Consagrada na Igreja.
Cardeal Odilo
Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-47-ASSUNCAO-DE-NOSSA-SENHORA.pdf
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