x0- REFLEXÃO DOMINICAL III
25.º Domingo do
Tempo Comum
Quando Deus nos criou
não existíamos, Ele nos amou primeiro sem nenhum mérito nosso. E assim
continua, porque Ele é Deus!
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
Mais uma vez a liturgia nos corrige
quando dizemos que aquelas coisas boas que nos acontecem ou com os nossos
amigos, são consequências dos méritos a que fizemos jus. Do mesmo modo, quando
ocorre algum acontecimento infausto, perguntamos o que fizemos para recebermos
tal castigo. Por outro lado, se isso acontece com alguém que não nos é
simpático, comentamos que essa pessoa deve ter aprontado e, por isso, recebe
essa punição.
Toda essa maneira de pensar está
errada e não é cristã. O Cristianismo trabalha com a gratuidade, isto é, com a
ação de Deus, e Deus é Pai, é Amor. Deus nos ama não por aquilo de bom que
fizemos e nem nos deixa de amar pelas coisas erradas que praticamos. O Amor ama
por amar e, mesmo vendo nossas culpas, continua nos amando. Essa é a grande
eterna verdade. Somos amados gratuitamente por Deus!
Quando Deus nos criou não existíamos,
Ele nos amou primeiro sem nenhum mérito nosso. E assim continua, porque Ele é
Deus!
Isso nos diz Isaías na primeira
leitura: “Meus pensamentos não são como vossos pensamentos e meus caminhos não
são como os vossos caminhos, diz o Senhor!” (Is 55, 8)
Essa idéia é retomada e referendada
por Jesus com a parábola do patrão generoso. O patrão dá a mesma quantia como
pagamento tanto aos que começaram pela manhã, quanto aos que foram contratados
no final do dia. Ao ouvir as reclamações dos que se achavam mais cheios de
méritos que outros, ele responde: “Por acaso não tenho o direito de fazer o que
quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?”
(Mt 20,15)
A justiça do Reino de Deus é dar a
cada um o que precisa para viver e viver abundantemente, ainda nesta terra.
Não faz parte da justiça de Deus a
realidade na qual alguns que não trabalham tanto ganham quantias enormes, e
outros que trabalham muito como empregadas domésticas, como professores de
escola média, e como outros profissionais ganham insuficiente para uma vida decente.
Todos são filhos de Deus e a igualdade
deve acontecer já nesta vida, e não apenas na outra. O amor deverá superar
todas as desigualdades e fazer justiça a todos, isto é, todos deverão ter o
necessário para uma vida tranquila com direito ao que precisam. Está errado e
não é justo alguns terem tanto e outros, nem o necessário para sobreviver.
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2023-09/reflexao-xxv-domingo-tempo-comum.html
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