A educação como desafio: caminhos e possibilidades
Por Mauro Passos
Marco
Polo descreve uma ponte, pedra sobre pedra. – Mas qual é a pedra que sustenta a ponte? –
pergunta Kublai Kan. –
A ponte não está sustentada por esta ou aquela pedra –
responde Marco –, mas
pela linha do arco que elas formam. Kublai permanece
silencioso, refletindo. Depois acrescenta: – Por que me falas de pedras? É apenas o arco que me
importa. Polo responde: – Sem as pedras não existe o arco.
(Italo
Calvino)
O ser humano carece
de educação, ofício que comporta uma série de referências, experiências,
desafios e situações. Em um tempo de conflitos e dúvidas, este estudo aborda o
significado de formação humana, educação e cultura, bem como os vínculos entre
elas. Pontua o papel da educação católica para um projeto de “comunidade de
aprendizagem” e, nessa aventura, os problemas, certezas e incertezas.
Introdução
O diálogo de Marco
Polo com Kublai Kan mostra que a vida do ser humano passa pela mediação do
universo simbólico, da linguagem e do imaginário. Elementos constitutivos do
real e produtores de sentido. O silêncio da palavra inaugura a compreensão da
linha do arco. Texto e imagem resvalam e se confundem. É um sinal de busca que
se move. Assim como não há o arco sem as pedras, a educação seria um discurso
vazio se alijada da totalidade social. É necessário, ainda, por um lado,
pensá-la a partir da formação e das práticas dos seus atores – o sujeito, a
cultura, a religião, o lúdico e a escola –; por outro, pensar a educação
implica desvendar os caminhos que marcam os costumes e as tradições do ser
humano. Buscar o horizonte é apostar no futuro, no arco do caminho a trilhar. A
educação deve retornar ao seu futuro para criar um clima de encontro, reflexão
e diálogo e ser, ainda, pensada e vivida como criação de saberes. Mais ainda:
um itinerário crítico conjugado com formação, prazer e afeto.
Educação:
um conceito? Um tratado? Os conceitos, particularmente humanos, são variáveis
no tempo histórico. Em vez de testar respostas, é melhor entender a educação
como um ofício, um exercício crítico de reflexão. Tarefa de uma construção
coletiva e humana, envolta em contextos determinados. Longe de tantos menus com
definições, a educação é um caminho para pensar e olhar para o futuro. Um
convite à liberdade e uma introdução à autonomia para o exercício de
relacionamentos. A educação é um fato da civilização. Uma obra aberta. Educar é
tarefa em permanente construção, que se dá nas relações sociais, políticas,
religiosas e culturais. Assim, importa menos discutir um tratado e mais o tipo
de ser humano e de sociedade que se projeta (ou se pretende) com o ofício de
educar. Trata-se de saber como e em que direção caminhar. Seu conteúdo
semântico comporta aspectos cognitivos, políticos, éticos e estéticos.
A primeira parte
deste estudo se ocupa das influências da sociedade contemporânea na educação e
suas consequências práticas. Educação implica encontro, relação, articulação,
valores. Como são construídos, hoje, esses universos, diante dos desafios
atuais? Quais as possibilidades ante uma sociedade globalizada? A segunda parte
tece algumas considerações sobre os novos caminhos de um projeto educacional
católico. Na sua diversidade, vem acontecendo uma mudança na educação católica
brasileira, tendo havido uma diferenciação com o Concílio Vaticano II
(1962-1965) e com as Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano, em
Medellín (1968) e Puebla (1979). Com o Pacto Educativo Global do papa
Francisco, esse projeto se renova.
1. Educação:
movimento e fatores de mudança
A prática educativa
tem uma dimensão de totalidade, pois abarca as diversas dimensões do ser
humano: física, intelectual, moral, simbólica, cultural. Por isso, o ser humano
faz história, cultura, arte e ciência. Torna-se descobridor, incursiona em
diversas dimensões, põe-se a caminho, faz-se sujeito, torna-se humano, atua
sobre os meios e instrumentos para a reprodução da vida e ultrapassa os limites
do efêmero e do sensível.
O ser humano se educa
com base em uma série de situações, referências e experiências de vida. No
cruzamento da história com os diversos campos simbólicos, desencadeia-se o
contínuo processo de formação entre a permanência e a mudança das tradições, do
conhecimento e da política. Importa captar como esse quadro vai mudando as
propostas educacionais, pois fazemos parte dos processos culturais que cada
sociedade elabora e desenvolve. Cumpre ressaltar as diversas formas de recepção
e os resultados que se efetuam nas pessoas, nos grupos e nas camadas sociais.
Como lembra Max Weber: “As ideias nos chegam quando lhes apraz, e não quando
queremos” (WEBER, 1982, p. 16). Neste tempo de rupturas e incertezas, por um
lado, a prioridade está formatada nos interesses do mercado, sem que se
apresentem regras claras para o desenvolvimento de políticas públicas e
culturais contra a pobreza, a violência e outros problemas que afrontam a vida;
por outro, a liberdade política diminuiu e a violência aumentou. As grandes decisões
são tomadas, sempre mais, por um restrito grupo.
Além disso, as
transformações no mundo contemporâneo são grandes. É um processo que envolve o
mundo todo, em proporções diferentes. Muitas mudanças afetam o meio ambiente, a
sociedade, a cultura e as instituições. Outras afetam também as emoções, os
comportamentos e a mentalidade, isto é, a forma de explicar e interpretar o
mundo. É o caso, por exemplo, da concepção de tempo e espaço. Será que chegamos
a um novo período no tempo? As novas gerações tendem a viver só no presente,
pois não conseguem enxergar o futuro, que se tornou demasiadamente incerto. No
entanto, a falta de referência ao passado compromete a possibilidade de os
jovens fazerem projetos e ampliarem seu espírito criativo. Que futuro será construído?
Um problema para a juventude, como também para as demais pessoas, é a crise de
esperança, com suas possíveis determinações comportamentais negativas.
O espaço era
constituído por “lugares” e cada um tinha seu sentido. Eram diferenciados entre
si e conjugavam identidade, história e relação (AUGÉ, 1994, p. 53). Hoje o
espaço tende a se tornar homogêneo, indiferenciado. A televisão torna tudo
igual, com a mesma forma: tudo é “imagem”. E cada um constrói seu mundo fechado
e já não se sente ligado a um lugar construído pela dinâmica da história. De
acordo com Cássio Eduardo V. Hissa: “Os lugares são produtos da existência –
feita dos homens, do seu trabalho, da sua arte e dos significados que
encaminham a cada objeto, a cada ser, a cada movimento” (HISSA, 2008, p. 299).
As pessoas têm sempre maior dificuldade para distinguir entre o real e o
virtual, entre o que é a realidade e a imagem. É também uma sociedade
imediatista, que não ensina a desejar para além daquilo que está imediatamente
acessível, que desconsidera o “transcendente”, o que vai além da experiência
concreta. Isso tem uma consequência para a ação educativa – já não ser vista
como um processo de formação humana, capaz de dialogar com os valores da
civilização e de promover a consciência da sociabilidade, autonomia e
criatividade do ser humano. No entanto, cada vez mais a prática pedagógica deve
tematizar e analisar as questões e demandas do momento presente – novos
saberes, novas competências e novos hábitos. Com isso, a cultura escolar vai adquirindo
totalidade de abrangência e se afirmando socialmente.
Hoje,
como ontem, é preciso resistir à robotização do ser humano, do tempo e do
espaço. Quem possui a chave do futuro? É necessário aprender a olhar. Numa
época de grandes transições, surgem novos enfoques em novas linguagens e novos
paradigmas. Trata-se de novo calendário no tempo e no espaço. Todo conhecimento
é histórico, por isso é o resultado de uma série de contribuições e interesses
e, ademais, é um produto social. Uma questão é o caminho que grande parte do
conhecimento científico alcançou, desviando-se da construção e preservação da
vida. Mais ainda: dois novos paradigmas – a comunicação e o mercado – cruzam-se
para gestar uma nova civilização com um desenho homogeneizador, fundado numa racionalidade
econômica produtivista e pouco democrática. Isso faz que a razão assuma uma
orientação instrumental, segundo o pensamento de Habermas, tendo como
consequência a mudança da educação em mercadoria e o empobrecimento cultural
(HABERMAS, 1984, p.196). Assim, a educação, particularmente a instituição
escolar, não consegue dar conta de seu projeto: criar espaços de comunicação,
formação, conhecimento. Os economistas da educação e do conhecimento científico
desenvolvem a teoria da produtividade e incentivam o desenvolvimento de
especializações, com objetivos de oferta e procura. A consequência é o
enfraquecimento da cultura, a vulgarização e crise da educação, do ensino e da
aprendizagem. Como conjugar outros sentidos que não seja o mecanismo da autoperpetuação
do mercado e seus cúmplices? Como avançar num projeto educativo que ultrapasse
a centralização no sujeito individual e formulações com efeito de marketing?
Para se salvar das
ameaças das novas esfinges (“decifra-me ou devoro-te!”), é preciso analisar,
criticar e desvendar as contradições desses fenômenos. Reinventar nova
cartografia de ação, aberta ao espaço de diálogo com outros saberes. Novo
paradigma poderia orientar as instituições acadêmicas – o paradigma da
confiança, do debate, da reflexão e do exercício da solidariedade.
2. Educação
católica: reinventar é preciso
O sistema educacional
tem a proposta de contribuir para o desenvolvimento pessoal, cultural e social
do ser humano, e compete-lhe dar aos estudantes a oportunidade de realizar
experiências de aprendizagens ativas, integradas e socializadoras, tendo em conta
a adaptação da ação educativa às realidades locais. É possível afirmar que a
educação, no ensino fundamental e médio, ajuda os estudantes em seu processo de
humanização? Se a concepção cristã tem algo que a concepção laica não tem, onde
é que ambas podem se encontrar? A ação educativa é um ofício plural, pois não
faz pouso no verbo “ensinar”. Tem seu olhar no verbo “formar”. Essa é uma
questão substantiva – aberta ao diálogo que acolhe, respeita e favorece a
dimensão do encontro entre pessoas, grupos e culturas. Ofício duplamente
significativo, pois comporta esta questão ampla: educar e formar o ser humano.
O papa Francisco afirma, no discurso aos participantes do Seminário “Educação:
o Pacto Global”:
Pensar na educação é
pensar nas gerações vindouras e no futuro da humanidade […]. Hoje somos
chamados, de vários modos, a renovar e reintegrar o compromisso de todos –
pessoas e instituições – na educação, a refazer um novo pacto educativo […]. É
por isso que temos necessidade de integrar os conhecimentos, a cultura, o
desporto, a ciência, o entretenimento e a recreação […]. Forçando um pouco o
discurso, ouso dizer que a educação não é eficaz se não souber criar poetas
(FRANCISCO, 2020, p. 2-3).
Com esse olhar,
Francisco amplia a compreensão da ação educativa e da formação humana, e
reitera seu compromisso com os problemas que afligem a humanidade. O diálogo
acerca do Pacto Educativo Global abre caminhos para as possibilidades de uma
vida diferente, cultivada com respeito e criatividade. Nessa mesma direção, Boaventura
de Sousa Santos afirma que o princípio de comunidade é capaz de instaurar uma
dialética positiva com participação, solidariedade, capacidade emancipatória e
um potencial efetivo para o futuro (SANTOS, 2011).
Por meio das redes
escolares, institutos e universidades, a educação católica, em cada período
histórico, desempenha seu papel no campo educativo. Nesse caminho, uma série de
procedimentos foi sendo desenvolvida, com diversos programas e diferentes
formas de ação. Ainda há falhas a serem superadas, no entanto há propostas para
a formação humana e a construção de uma sociedade fraterna. No Brasil, a
educação enfrenta sérios obstáculos e dificuldades, principalmente de ordem
econômica, o que compromete as escolas católicas. Uma “pedra no meio do caminho”
é a desigualdade social. Além disso, a desvalorização da educação e da
profissão docente força os(as) professores(as) a uma sobrecarga de trabalho.
Mesmo nessas condições adversas, desempenham com competência e cordialidade seu
ofício. A identidade docente é itinerante e é capaz de recriar e romper o
limite do provável. Ainda há uma distância entre teoria e prática no sistema
educacional. Outro comprometimento: as mudanças governamentais são populistas e
imediatistas. Contudo, mesmo com tantos impasses estruturais e diferentes
visões de mundo, a educação envolve o ser humano com seu empenho, prática e
cuidado.
As
ciências tecnológicas influenciam na relação dos seres humanos e controlam seus
valores e projetos de vida. Mais que “pátria e mátria”, queremos “frátria”,
como modela Caetano Veloso em sua canção Língua. Dito de outro modo, a luta que se trava
hoje é para que esta nação se torne igualitária, democrática, ética. No que se
refere à educação católica, grande contribuição está na recuperação desses
vínculos quebrados. Por ser uma educação conjugada com os valores humanos e
cristãos, pode colaborar para a formação de ações comunitárias, solidárias e
éticas, ainda mais pelo fato de que a vida cristã é objeto de educação
(evangelização). O teólogo José Comblin fez um estudo neste sentido (COMBLIN,
1962). A Campanha da Fraternidade de 2022 aborda o tema da educação –
convite para repensar o sistema educacional católico e suas práticas. O novo,
na situação atual, é entender seu papel, em comunicação com outras instâncias
sociais e educativas, outros saberes, e abrir perspectivas para um projeto
educativo de qualidade e com boas políticas públicas. Nessa relação está o
processo de uma educação integrada, buscando o caminho da diferença para a
construção de nova sociedade e preparando o ser humano para alcançar esse
possível futuro com prazer e criatividade. Segundo Paulo Freire: “É digna de
nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e
desenvolver em nós o gosto de querer bem e o gosto da alegria, sem a qual a
prática educativa perde o sentido” (FREIRE, 1996, p. 142).
Quando a instituição
escolar repensa sua prática e se abre para novas formulações epistemológicas,
autoeduca-
-se para analisar a complexidade do mundo contemporâneo, pois “educar” é um
verbo transitivo, itinerante e dialogal. A formação intelectual densa do
“sujeito da educação” é uma obra em andamento, alça-se em diversas incursões da
ciência. O currículo do(a) educador(a) confere um sentido à prática educativa.
O(A) educador(a) também se educa. Se outras instituições se fortalecem pelo
poder, o sistema educacional se fortalece (deveria se fortalecer!) por
conhecimento, mudança, articulação e criatividade. O documento da Congregação
para a Educação Católica afirma: “Hoje é evidente a necessidade de fazer
convergir as iniciativas educativas de investigação com os objetivos do
humanismo solidário, conscientes de que não podem ficar dispersos e isolados e,
menos ainda, opostos por razões de prestígio ou de poder” (CONGREGAÇÃO PARA A
EDUCAÇÃO CATÓLICA, 2017, n. 24). Esse texto recoloca os vínculos entre
educação, formação humana e solidariedade. Nós nos constituímos como sujeitos
no encontro com o outro. Na diferença.
É
na perspectiva de descobertas e de articulação de ideias que se abrem novos
percursos para a agenda de um projeto educativo católico. As escolas e
universidades católicas têm de se pensar numa perspectiva de futuro. A
universidade, seja qual for, tem compromisso com um projeto de nação. Cumpre
esse papel quando é espaço privilegiado para a integração da pesquisa com o
ensino e para a formação humana e profissional. De acordo com Ivan Domingues, o
melhor modelo de universidade é o que aposta na diversidade e em novas
experiências: “É preciso pensar modelos, propostas e projetos diversificados,
inclusive regionais” (DOMINGUES, 2013, p. 8). A universidade pode ajudar na
formação do ser humano? Mais ainda: dá conta de formar o ser humano? A educação
e a formação humana têm a ver com subjetividade, interioridade, sociabilidade,
como também com valores, alegria, solidariedade e criatividade. Reaprender a
olhar é um desafio para a universidade: “Redescobrir outras formas de pensar
além da racionalidade que se esgota devido à sua própria exclusividade” (BUARQUE,
1994, p. 132). Exercício acadêmico intrigante para “se cuidar do broto, pra que
a vida nos dê flor e fruto”. O horizonte poético da canção Coração de estudante, de
Wagner Tiso e Milton Nascimento, é um pouso para a reflexão.
Hoje, o projeto de
uma educação católica adequada e atualizada, à altura dos tempos, sinaliza um
desafio maior na formação do ser humano. Aponta o trabalho de educar para a
justiça e a solidariedade, respeitando as diferenças. Deve-se empenhar para que
os laços de solidariedade abram caminhos para a construção de um tecido social,
político e econômico sem exclusões. Um detalhe: a amplitude dos desafios
contemporâneos é um convite a refletir, a consolidar parcerias e a reintegrar o
processo educativo (Pacto Global).
Uma preocupação para pensar
boa formação humana e religiosa deve ser a de entender a transformação em curso
na relação entre pessoa, ciência e sociedade – e, por conseguinte, na
socialização; isso, no entanto, sem deixar de dar sentido à vida e buscando
trabalhar as dimensões éticas, afetivas e físicas do ser humano.
Conclusão
As instituições
educativas são atravessadas por conflitos, tensões sociais e políticas. Não são
tão simples, nem se desenrolam com mudanças repentinas. A educação não pode ser
pensada em si e por si. Deve ser pensada em suas inter-relações com a
sociedade, a ciência, a cultura.
Encontramo-nos diante
de um desafio: alcançar outro patamar de pensamento e outra forma de formação
do ser humano. A questão da educação diz respeito ao todo, à vida, ao ser, ao/à
educando(a) e ao/à educador(a). Comporta em seu bojo a sabedoria da maturação
histórica e o cultivo de utopias. Evoca outros cenários. Em um de seus poemas,
Mia Couto escreve: “Teus braços foram feitos para abraçar horizontes” (COUTO,
2016, p. 67).
Os sofistas fizeram
uma revolução cultural na Grécia. Com eles, inicia-se novo movimento na
educação. Mudando de lugar e tempo, o campo da ação educativa não se esgota na
escola. É uma construção sem paredes. Um desafio para a educação,
particularmente a católica, é compartilhar experiências, cultivar a
criatividade e forjar solidariedades. E, assim, fertilizar o projeto de uma
“comunidade de aprendizagem”, na busca de novo modelo de humanismo. Ensaio
difícil e complexo, que põe em evidência dificuldades, problemas, crises
diversas e entrecortadas.
Como num “eterno
retorno”, ainda há lugar para a criatividade e a solidariedade, pois o futuro
pertence a quem tem motivos de esperança. O apelo é para uma formação que
comporte uma significação mística, ética, estética e solidária. E, assim,
ampliar a legenda da educação: ver, além das pedras, o horizonte.
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Disponível em:
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Max. Ensaios de sociologia.
5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.
Mauro Passos
é
doutor em Ciências da Educação pela Università Pontificia Salesiana de Roma
(UPS); pós-doutor em Antropologia da Religião (UFMG); professor e pesquisador
do Centro de Estudos da Religião “Pierre Sanchis” da UFMG; presidente do Centro
de Estudos do Cristianismo na América Latina (Cehila).
E-mail: mauruspax@yahoo.com.br
https://www.vidapastoral.com.br/edicao/a-educacao-como-desafio-caminhos-e-possibilidades/O
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