01- UMA PEQUENA
ANÁLISE DO GOVERNO LULA APÓS 5 MESES
RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
Lula encontrou duas vezes mais chefes de Estado que Bolsonaro em 5 meses
Prestes a completar cinco meses de mandato, Lula já
se reuniu com 30 chefes de estado presencialmente e cinco por telefone ou
videoconferência
Lula
recebeu 12 líderes da América do Sul; grupo busca resgatar união perdida
Sem amarras ideológicas,
líderes dos 12 países sul-americanos chegaram a Brasília em busca de consensos.
Crise argentina e reabertura do diálogo com a Venezuela são algumas das pautas
da reunião de cúpula.
Lula propõe união dos 12 países
sul-americanos em grupo sem viés ideológico
Reunião em Brasília trouxe 11 dos 12 chefes de Estado da
América do Sul. Apenas o Peru não foi representado pelo presidente. A ideia do
encontro é promover um "retiro", uma "imersão" com agenda
aberta
Após
5 meses, governo Lula-3 está sob forte ataque do Congresso e da mídia.
Ao
completar os primeiros cinco meses do novo mandato nesta quinta-feira, o
governo Lula 3 encontra-se sob forte ataque do Congresso e da mídia, sem
mostrar sinais claros de reação a esse cenário negativo. Nos dois governos
anteriores, levou mais tempo para se formar esta ofensiva sincronizada que não
dá trégua ao presidente.
Pessimismo com a economia aumentou desde o início do governo
Lula, diz Datafolha
Com relação à situação do país nos últimos meses, 41% dos
entrevistados dizem que está igual (eram 35%), enquanto 35% falam em piora (38%
anteriormente) e, para 23%, o cenário melhorou (ante 26% na edição anterior).
Desemprego
Já com a expectativa de desemprego, o pessimismo também
aumentou, na comparação com a pesquisa anterior. Para 44% a taxa de desemprego
deve aumentar (eram 36%), enquanto 29% esperam uma redução do índice (ante
37%).
Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) demonstram um aumento do desemprego no país.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua),
publicada na sexta-feira (31), a taxa média de desemprego no
Brasil subiu a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro.
Em comparação aos três meses anteriores, a taxa de
desocupação aumentou 0,5 ponto percentual (p.p), e o número de desocupados
cresceu 5,5%, totalizando 9,2 milhões de pessoas.
Inflação
A pesquisa Datafolha observou ainda como os brasileiros
avaliam a inflação. Para 54%, o índice deve aumentar nos próximos meses (eram
39% em dezembro). Já 20% afirmam que a inflação deve diminuir e 24% acreditam
que ela não deve mudar.
Em fevereiro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) —que mede a inflação oficial do país–, acelerou a 0,84%, após alta de
0,53% em janeiro.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 5,60%.
Apesar da aceleração mensal para a taxa mais elevada desde abril de 2022, o
índice passou a acumular nos 12 meses até fevereiro, já que, no mês anterior, o
avanço foi de 5,77%.
O número permanece acima do centro da meta para 2023, de
3,25%, e do teto da meta, de 4,75%.
Por fim, com relação ao poder de compra das famílias, 33%
dizem que deve aumentar, 31% esperam uma redução e 34% não enxergam mudança
O jornalista Ricardo Kotscho avaliou nesta segunda-feira
(29) que, com pouco mais de cinco meses de governo, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva encontra-se sob forte ataque do Congresso e da mídia
corporativa.
“Uma leitura no noticiário do final de semana mostra que
a artilharia contra o governo é generalizada, tanto no noticiário econômico
como no político, unindo editorialistas, comentaristas e colunistas da mídia
tradicional numa pauta única, em que nada que vem do governo presta, quase no
mesmo diapasão dos partidos de oposição no parlamento e da rede bolsonarista de
rádio e televisão”, afirmou jornalista em blog no UOL.
Por outro lado, avaliou Kotscho, o presidente já se
encontrou com mais chefes de Estado em cinco meses do que Jair Bolsonaro em
todos os seus quatro anos de mandato.
Durante um churrasco com ministros da área política e
líderes partidários, no Palácio da Alvorada, o presidente Lula anunciou que
pretende participar de reuniões da articulação do governo com dirigentes da
base aliada, que andam reclamando de mais atenção do presidente. “Esta é a
realpolitik de Brasília, ainda sob o domínio do Centrão de Arthur Lira, que
continua dando as cartas e não se preocupa muito com relações externas. Mas,
com tantos compromissos internacionais, fica difícil encontrar espaço na agenda
presidencial para conversas ao pé do ouvido. Além disso, Lula precisa encontrar
tempo para se submeter a uma cirurgia de quadril, pois vem se queixando de
fortes dores ao andar ou ficar em pé”, afirmou Kotscho.
“Aos 77 anos, depois de sobreviver a um câncer na laringe
e a 580 dias de prisão, Lula só não pode se queixar de tédio e falta do que
fazer nesta sua atribulada volta ao Palácio do Planalto. Não está nada fácil a
vida do presidente. Eu não queria estar no lugar dele”, acrescentou o
jornalista.
Em 5 meses, governo Lula gasta R$ 24
milhões em viagens internacionais
Despesas englobam missões realizadas
pelo presidente e sua comitiva até a cerimônia de coroação do Rei Charles III,
no início de maio.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/politica/em-5-meses-governo-lula-gasta-r-24-milhoes-em-viagens-internacionais
O Produto Interno Bruto (PIB) do
Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre do ano, quando comparado ao trimestre
anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo período de 2022, o PIB
cresceu 4%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB subiu 3,3% ante
os quatro trimestres imediatamente anteriores.
Em valores correntes, o PIB no
primeiro trimestre de 2023 totalizou 2,6 trilhões de reais, sendo 2,2 trilhões
de reais referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e 317,1 bilhões
de reais aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Houve alta na Agropecuária (21,6%) e
nos Serviços (0,6%) e estabilidade na Indústria (-0,1%). Entre as
atividades industriais, houve queda em Construção (-0,8%) e Indústrias de
Transformação (-0,6%).á os desempenhos positivos ocorreram em Indústrias
Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de
resíduos (1,7%).
Nos Serviços, houve crescimento em
Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros
(1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%), além de variações
positivas no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%). Por outro lado,
houve quedas em Informação e comunicação (-1,4%) e em Outros serviços (-0,5%).
Nos acumulado em quatro trimestres,
todas as atividades industriais apresentaram crescimento: Eletricidade e gás,
água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (9,4%), Construção (5,3%),
Indústria da Transformação (0,6%) e Indústrias Extrativas (0,5%).
Nos Serviços, houve resultados
positivos em todas as atividades: Outras atividades de serviços (9,1%),
Transporte, armazenagem e correio (7,5%), Informação e comunicação (5,7%),
Atividades imobiliária (2,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços
relacionados (1,8%), Comércio (1,8%), Administração, defesa, saúde e educação
públicas e seguridade social (0,7%).
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/economia/pib-do-brasil-cresce-19-no-1o-trimestre/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Com MP
dos Ministérios aprovada, governo reúne ministros para cumprir promessas a
aliados
Após a
aprovação no sufoco, com emoção e susto, da MP dos Ministérios, a
equipe do presidente Lula reuniu imediatamente ministros para acertar regras e
garantir o cumprimento de promessas feitas a aliados. O
objetivo é evitar nova onda de reclamações e risco de derrotas no Congresso.
O Palácio do
Planalto, segundo assessores presidenciais, entendeu o recado e avalia que não
dá mais para aceitar que acordos não sejam cumpridos pelo primeiro escalão.
As reuniões
individuais foram comandadas pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre
Padilha (Relações Institucionais) no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira
(02).
Entre os ministros
chamados para conversas estavam Marina Silva (Meio Ambiente) e Nísia Trindade
(Saúde). Outros também serão chamados. O Centrão está de olho no Ministério da
Saúde, mas não está nos planos de Lula tirar a atual ministra do posto.
Entenda
em 7 pontos a insatisfação dos deputados com o governo Lula
Entre os problemas de
articulação estão demora na liberação de emendas e indicação de cargos.
Por Elisa Clavery e Luiz
Felipe Barbiéri, TV Globo e g1 — Brasília
Ao deixar para a última hora a votação da medida
provisória que reorganiza a estrutura dos ministérios do governo Lula, sob o risco de
perda de validade, a Câmara
dos Deputados deu um recado de insatisfação com a articulação política do Planalto.
Segundo deputados, o Executivo demora na liberação de
emendas parlamentares e indicações de cargos políticos e falha no diálogo com
os deputados.
Durante a votação do texto na noite da quarta-feira (31),
o deputado Elmar Nascimento (União-BA), líder do partido que tem 59 deputados e
dois ministérios na Esplanada, deixou claro que a vontade inicial da sua
bancada era “derrotar o governo”.
“Tudo isso é fruto da forma contraditória, desgovernada,
de falta de uma base estabilizada”, afirmou.
Após a aprovação, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), deu um novo recado ao Planalto, sinalizando que haverá dificuldade na
aprovação das próximas pautas governistas. “Daqui para frente, o governo vai
ter que andar com suas pernas."
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