sexta-feira, 23 de junho de 2023

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA....

 

 

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

Nesta liturgia somos convidados a lembrar que o profetismo faz parte da nossa vocação cristã. No dia em que fomos batizados e também quando fomos crismados, recebemos a unção para sermos profetas, sacerdotes e pastores. Somos, portanto, participantes da tríplice missão de Jesus. Que esta celebração reforce em nós o propósito de viver, sem medo e intensamente, a nossa vocação.

Em continuidade com a liturgia do domingo passado, que convidava a acolher o amor radical de Deus, somos hoje convocados a reconhecer que só o amor de Deus, acolhido e transformado em vida é força para enfrentar as armadilhas do cotidiano.

Irmãos e irmãs, neste dia do Senhor, nós, a Igreja dos batizados e batizadas, nos reunimos ao redor da mesa da Palavra e da Eucaristia para bendizer e louvar o Pai por todas as bênçãos que Ele nos concedeu na semana que passou e consagrar a Ele uma nova semana que se inicia. Todo nosso ser exulta diante do Senhor que nos dá coragem e tira de nós o medo, para enfrentarmos as lutas do dia a dia, pois sabemos, pela fé, que Ele está conosco e não nos deixa sozinhos. Por esta Eucaristia, entremos em comunhão solidária de oração com todos os migrantes, neste dia nacional a eles dedicado.

12º Domingo do Tempo Comum – Evangelho Mt 10,26-33

Tema : “Não tenhas medo”

 

Leitura: (Verdade) O que diz o texto?


Proclamação da Palavra na Bíblia – Mt 10,26-33. Observe as Palavras de Jesus e registre as que chamaram a sua atenção, as frases, os movimentos das pessoas, as ações).

 

Meditação: (Caminho) O que o texto diz para nós, hoje?


 No Evangelho deste domingo, Jesus repete algumas vezes a expressão: “não tenhais medo”. O medo nos faz perplexo diante de uma determinada situação. Mas, Jesus mostra aos seus discípulos que não devem ficar paralisados diante do medo, nem cessar de propagar sua mensagem É preciso confiança e assegura “ Quem está do meu lado”, nada deve temer.

A comunidade de Mateus está refletindo sobre a missão dos discípulos de Jesus, as adversidades e dificuldades que eles encontraram no seu caminho como seguidores e seguidoras de Jesus. Comunica assim esta exortação reiteradas vezes: Não tenham medo!

O medo se apodera de nós quando em nosso coração cresce a desconfiança, a insegurança , a falta de liberdade. Jesus na sua vida pública, dedicou-se, a despertar a confiança no coração das pessoas. Ele nos mostra que se Deus cuida com tanta ternura dos pardais do campo, como não vai cuidar da pessoa humana?

Jesus volta-se ao Antigo Testamento quando se refere aos pardais ( os pequenos pássaros da Galileia) que fazem parte da fauna daquela região. Quando se contextualiza-se na Criação. Este contextualizar –se na criação, mostra-nos que Jesus estava atento ao Deus Criador Hoje, podemos voltar o nosso olhar para a Campanha da Fraternidade, que nos chama atenção para o que se encontra no Livro do Gn 2,15 “cultivar e guardar a criação “

Lembremo-nos das bem-aventuranças no Monte Sinai e os ensinamentos sobre o significado de cumprir a Lei, de ser “perfeito”. Tudo isto gera um ambiente de claro confronto com as autoridades judaicas.

Ciente dessas dificuldades, Mateus apresenta Jesus no meio da sua comunidade, Ele é o Emanuel, Deus conosco, por isso os/as cristãos/ãs não devem ter medo, são convidados/as a confiar naquele que promete estar sempre com seu povo: “Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).

Sem dúvida, para os primeiros ouvintes do evangelho de Mateus, judeus convertidos à fé cristã, esta reiteração de confiar no Senhor, de não temer porque Deus está com eles, remete-os ao texto do profeta Isaías, iluminando-o: “Assim diz Javé: Não tenham medo, porque eu o redimi e o chamei pelo nome; você é meu. Quando você atravessar a água, eu estarei com vocês e os rios não os afogarão. Não tenham medo, pois eu estou com vocês” (Is 43, 1-6).

Hoje podemos nos perguntar quais são as tensões que sofrem as comunidades cristãs, em diferentes partes do mundo.

Jesus promete sua presença contínua ao nosso lado e utiliza uma metáfora muito bonita que alimenta a esperança das comunidades: “Não se vendem dois pardais por alguns trocados? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Quanto a vocês, até os cabelos da cabeça estão todos contados. Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos pardais”.

Encorajados/as por este cuidado amoroso que Deus tem por nós, e pelo testemunho de tantos homens e mulheres que na nossa América Latina souberam ser fiéis ao projeto de Deus, sofrendo a perseguição e até a morte, continuemos nossa missão na construção de um mundo de acordo com o sonho de Deus, que é Pai misericordioso e bondoso.

 

https://www.arquidiocesedefortaleza.org.br/leitura-orante-12o-domingo-do-tempo-comum/

 

01- Liturgia do 12.º Domingo do Tempo Comum – Ano A

- A liturgia da Palavra deste 12º domingo do Tempo Comum é marcada pelo encorajamento diante das perseguições. Todo aquele que assume verdadeiramente a missão de Cristo passa por incompreensões, perseguições e alguns até são mortos ou desmoralizados por causa disso. Diante dessa realidade, é comum que se sinta medo. O medo, na dose certa, não é de todo prejudicial porque baliza as situações, indicando os perigos. Porém, quando o medo paralisa, impede as ações ou nos faz desistir da missão, passa a ser algo prejudicial. Assim sendo, a recomendação da liturgia de hoje é: "não tenham medo". Quem confia em Deus, quem tem fé, embora ameaçado, não sente medo. Sabe que Deus está ao seu lado e irá defendê-lo e protegê-lo, ampará-lo nos momentos difíceis.

- A primeira leitura é do livro do profeta Jeremias. Alguns chamam de "lamentações" de Jeremias o texto do qual faz parte a primeira leitura de hoje. Na verdade, o texto contém confissões. Jeremias faz um desabafo da situação que está vivendo como profeta. Ele tem a missão de apontar os desmandos da sociedade de seu tempo, e isso incomoda muita gente, principalmente os que se diziam seus amigos, mas que na verdade tinham procedimentos que não eram corretos. Diante dessa situação, ele recebe ameaças, criando um clima de terror em sua volta para desencorajá-lo na missão. Eram feitas denúncias contra ele. As pessoas esperavam a sua derrota, o seu tropeço, inclusive os ditos "amigos". Alguns, em vez de ameaças, tentavam convencê-lo do contrário: que desistisse da missão, fazendo-lhe propostas tentadoras no intuito de comprá-lo, de suduzi-lo para depois dominá-lo e vingar suas atitudes proféticas. Mas Jeremias não se vende e não se deixa abater pelas ameaças nem pelas calúnias. Agarra-se em Deus e confia. Sabe que Deus está do seu lado; que o bem vence o mal; que a verdade sempre prevalecerá sobre a mentira, custe o que custar. Ele sabe que, mais cedo ou mais tarde, os que perseguem tropeçarão, sem conseguir vencê-lo nessa árdua batalha que Deus lhe confiou. Serão derrotados e envergonhados pelo que fizeram. Jeremias confia. Compara Deus a um exército que tudo conhece. Sabe que Deus tudo vê e que não ignora a situação conflituosa que está ocorrendo. No momento certo fará justiça, livrará o justo das mãos dos malvados, basta confiar e continuar firme na missão. É essa confiança de Jeremias que nos é pedida quando passamos por momentos difíceis por causa da missão. Agir corretamente e ter confiança em Deus são atitudes muito importantes para não se deixar abater pelo desânimo ou pelo medo

. - É isso que pede também o evangelho de hoje: "não tenham medo deles", diz Jesus. Deles quem? Dos perseguidores, dos malvados, dos que exploram os outros, dos que praticam a injustiça, dos que fazem calúnias e difamações, dos que não querem ver o Reino acontecer. Jesus exorta os seus discípulos a não ter medo porque Deus é maior que todas as maldades humanas. Pode-se enganar e esconder atitudes e situações dos olhos humanos e da justiça terrena, mas de Deus nada se pode esconder. "Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não existe nada de oculto que não venha a ser conhecido", afirma Jesus nesse discurso de encorajamento dos seus discípulos. É pedido aos seus discípulos que eles levem adiante os seus ensinamentos. O que eles receberam nas reuniões privadas, nos encontros particulares com Jesus, deve ser multiplicado, espalhado, propagado para que todos fiquem sabendo. São sementes lançadas que darão frutos e seu tempo, basta não desistir. A missão dos discípulos é anunciar a esperança a todos, mas principalmente àqueles que vivem situações difíceis, de abandono, exploração e morte. Ali são campos desafiadores da missão e os ensinamentos de Jesus devem ser repetidos de modo que todos ouçam, vejam e vivam. Nisso consiste a expressão de Jesus: "O que eu digo a vocês na escuridão, repitam à luz do dia, e o que vocês escutam em segredo, proclamem sobre os telhados". É o anúncio que deve ser feito. A exemplo da primeira leitura, Jesus pede, de seus discípulos missionários, atitudes proféticas de anúncio e de denúncia. Ele mostra o quanto Deus os ama, o quanto eles são importantes para Deus. Se os pardais são valorizados, quanto mais os seres humanos. Se até os fios de cabelo da nossa cabeça são conhecidos por Deus, quanto mais nossa vida e nosso coração. Deus nos conhece, nos ama e, sobretudo, nos protege. Com essa certeza, levamos adiante a missão, mesmo que haja dificuldades, obstáculos e situações que surjam para impedir os trabalhos em prol do Reino de Deus. A confiança no amor de Deus é o que nos fortalece. Ele quer o nosso testemunho. Quem testemunha Jesus diante dos homens será testemunhado por ele diante de Deus.

 - O grande amor de Deus por nós está explícito na segunda leitura, quando Paulo recorda à comunidade de Corinto que Cristo veio ao mundo para tirar o pecado dele. Com sua morte, ele dominou o poder da morte. Deus fez isso por nós porque nos ama e porque quer nos dar a sua graça e salvação. Agraciados por Deus com tamanho gesto de amor, só nos resta amar o próximo e lutar pela vida

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/05/25_06_23.pdf

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