OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...
Nesta
liturgia somos convidados a lembrar que o profetismo faz parte da nossa vocação
cristã. No dia em que fomos batizados e também quando fomos crismados,
recebemos a unção para sermos profetas, sacerdotes e pastores. Somos, portanto,
participantes da tríplice missão de Jesus. Que esta celebração reforce em nós o
propósito de viver, sem medo e intensamente, a nossa vocação.
Em continuidade com a liturgia do
domingo passado, que convidava a acolher o amor radical de Deus, somos hoje
convocados a reconhecer que só o amor de Deus, acolhido e transformado em vida
é força para enfrentar as armadilhas do cotidiano.
Irmãos e irmãs, neste dia do Senhor,
nós, a Igreja dos batizados e batizadas, nos reunimos ao redor da mesa da
Palavra e da Eucaristia para bendizer e louvar o Pai por todas as bênçãos que
Ele nos concedeu na semana que passou e consagrar a Ele uma nova semana que se
inicia. Todo nosso ser exulta diante do Senhor que nos dá coragem e tira de nós
o medo, para enfrentarmos as lutas do dia a dia, pois sabemos, pela fé, que Ele
está conosco e não nos deixa sozinhos. Por esta Eucaristia, entremos em
comunhão solidária de oração com todos os migrantes, neste dia nacional a eles
dedicado.
12º Domingo do Tempo Comum – Evangelho Mt 10,26-33
Tema : “Não tenhas medo”
Leitura: (Verdade) O que diz o texto?
Proclamação da Palavra na Bíblia – Mt
10,26-33. Observe as Palavras de Jesus e registre as que chamaram a sua
atenção, as frases, os movimentos das pessoas, as ações).
Meditação: (Caminho) O que o texto diz para nós, hoje?
No Evangelho deste domingo,
Jesus repete algumas vezes a expressão: “não tenhais medo”. O medo nos faz
perplexo diante de uma determinada situação. Mas, Jesus mostra aos seus
discípulos que não devem ficar paralisados diante do medo, nem cessar de
propagar sua mensagem É preciso confiança e assegura “ Quem está do meu lado”,
nada deve temer.
A comunidade de Mateus está refletindo sobre a missão dos
discípulos de Jesus, as adversidades e dificuldades que eles encontraram no seu
caminho como seguidores e seguidoras de Jesus. Comunica assim esta exortação
reiteradas vezes: Não tenham medo!
O medo se apodera de nós quando em nosso coração cresce a
desconfiança, a insegurança , a falta de liberdade. Jesus na sua vida pública,
dedicou-se, a despertar a confiança no coração das pessoas. Ele nos mostra que
se Deus cuida com tanta ternura dos pardais do campo, como não vai cuidar da
pessoa humana?
Jesus volta-se ao Antigo Testamento quando se refere aos
pardais ( os pequenos pássaros da Galileia) que fazem parte da fauna daquela
região. Quando se contextualiza-se na Criação. Este contextualizar –se na
criação, mostra-nos que Jesus estava atento ao Deus Criador Hoje, podemos
voltar o nosso olhar para a Campanha da Fraternidade, que nos chama atenção
para o que se encontra no Livro do Gn 2,15 “cultivar e guardar a criação “
Lembremo-nos das bem-aventuranças no Monte Sinai e os
ensinamentos sobre o significado de cumprir a Lei, de ser “perfeito”. Tudo isto
gera um ambiente de claro confronto com as autoridades judaicas.
Ciente dessas dificuldades, Mateus apresenta Jesus no
meio da sua comunidade, Ele é o Emanuel, Deus conosco, por isso os/as
cristãos/ãs não devem ter medo, são convidados/as a confiar naquele que promete
estar sempre com seu povo: “Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do
mundo” (Mt 28,20).
Sem dúvida, para os primeiros ouvintes do evangelho de
Mateus, judeus convertidos à fé cristã, esta reiteração de confiar no Senhor,
de não temer porque Deus está com eles, remete-os ao texto do profeta Isaías,
iluminando-o: “Assim diz Javé: Não tenham medo, porque eu o redimi e o chamei
pelo nome; você é meu. Quando você atravessar a água, eu estarei com vocês e os
rios não os afogarão. Não tenham medo, pois eu estou com vocês” (Is 43, 1-6).
Hoje podemos nos perguntar quais são as tensões que
sofrem as comunidades cristãs, em diferentes partes do mundo.
Jesus promete sua presença contínua ao nosso lado e
utiliza uma metáfora muito bonita que alimenta a esperança das comunidades:
“Não se vendem dois pardais por alguns trocados? No entanto, nenhum deles cai
no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Quanto a vocês, até os cabelos da
cabeça estão todos contados. Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos
pardais”.
Encorajados/as por este cuidado amoroso que Deus tem por
nós, e pelo testemunho de tantos homens e mulheres que na nossa América Latina
souberam ser fiéis ao projeto de Deus, sofrendo a perseguição e até a morte,
continuemos nossa missão na construção de um mundo de acordo com o sonho de
Deus, que é Pai misericordioso e bondoso.
https://www.arquidiocesedefortaleza.org.br/leitura-orante-12o-domingo-do-tempo-comum/
01- Liturgia do 12.º Domingo do Tempo Comum – Ano A
- A liturgia da Palavra deste 12º
domingo do Tempo Comum é marcada pelo encorajamento diante das perseguições.
Todo aquele que assume verdadeiramente a missão de Cristo passa por
incompreensões, perseguições e alguns até são mortos ou desmoralizados por
causa disso. Diante dessa realidade, é comum que se sinta medo. O medo, na dose
certa, não é de todo prejudicial porque baliza as situações, indicando os
perigos. Porém, quando o medo paralisa, impede as ações ou nos faz desistir da
missão, passa a ser algo prejudicial. Assim sendo, a recomendação da liturgia
de hoje é: "não tenham medo". Quem confia em Deus, quem tem fé, embora
ameaçado, não sente medo. Sabe que Deus está ao seu lado e irá defendê-lo e
protegê-lo, ampará-lo nos momentos difíceis.
- A primeira leitura é do livro do profeta Jeremias. Alguns chamam de
"lamentações" de Jeremias o texto do qual faz parte a primeira
leitura de hoje. Na verdade, o texto contém confissões. Jeremias faz um
desabafo da situação que está vivendo como profeta. Ele tem a missão de apontar
os desmandos da sociedade de seu tempo, e isso incomoda muita gente,
principalmente os que se diziam seus amigos, mas que na verdade tinham
procedimentos que não eram corretos. Diante dessa situação, ele recebe ameaças,
criando um clima de terror em sua volta para desencorajá-lo na missão. Eram
feitas denúncias contra ele. As pessoas esperavam a sua derrota, o seu tropeço,
inclusive os ditos "amigos". Alguns, em vez de ameaças, tentavam
convencê-lo do contrário: que desistisse da missão, fazendo-lhe propostas
tentadoras no intuito de comprá-lo, de suduzi-lo para depois dominá-lo e vingar
suas atitudes proféticas. Mas Jeremias não se vende e não se deixa abater pelas
ameaças nem pelas calúnias. Agarra-se em Deus e confia. Sabe que Deus está do
seu lado; que o bem vence o mal; que a verdade sempre prevalecerá sobre a
mentira, custe o que custar. Ele sabe que, mais cedo ou mais tarde, os que
perseguem tropeçarão, sem conseguir vencê-lo nessa árdua batalha que Deus lhe
confiou. Serão derrotados e envergonhados pelo que fizeram. Jeremias confia.
Compara Deus a um exército que tudo conhece. Sabe que Deus tudo vê e que não ignora
a situação conflituosa que está ocorrendo. No momento certo fará justiça,
livrará o justo das mãos dos malvados, basta confiar e continuar firme na
missão. É essa confiança de Jeremias que nos é pedida quando passamos por
momentos difíceis por causa da missão. Agir corretamente e ter confiança em
Deus são atitudes muito importantes para não se deixar abater pelo desânimo ou
pelo medo
. - É isso que pede também o evangelho
de hoje: "não tenham medo deles", diz Jesus. Deles quem? Dos
perseguidores, dos malvados, dos que exploram os outros, dos que praticam a
injustiça, dos que fazem calúnias e difamações, dos que não querem ver o Reino
acontecer. Jesus exorta os seus discípulos a não ter medo porque Deus é maior
que todas as maldades humanas. Pode-se enganar e esconder atitudes e situações
dos olhos humanos e da justiça terrena, mas de Deus nada se pode esconder.
"Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não existe nada
de oculto que não venha a ser conhecido", afirma Jesus nesse discurso de encorajamento
dos seus discípulos. É pedido aos seus discípulos que eles levem adiante os
seus ensinamentos. O que eles receberam nas reuniões privadas, nos encontros
particulares com Jesus, deve ser multiplicado, espalhado, propagado para que
todos fiquem sabendo. São sementes lançadas que darão frutos e seu tempo, basta
não desistir. A missão dos discípulos é anunciar a esperança a todos, mas
principalmente àqueles que vivem situações difíceis, de abandono, exploração e
morte. Ali são campos desafiadores da missão e os ensinamentos de Jesus devem
ser repetidos de modo que todos ouçam, vejam e vivam. Nisso consiste a
expressão de Jesus: "O que eu digo a vocês na escuridão, repitam à luz do
dia, e o que vocês escutam em segredo, proclamem sobre os telhados". É o
anúncio que deve ser feito. A exemplo da primeira leitura, Jesus pede, de seus
discípulos missionários, atitudes proféticas de anúncio e de denúncia. Ele
mostra o quanto Deus os ama, o quanto eles são importantes para Deus. Se os
pardais são valorizados, quanto mais os seres humanos. Se até os fios de cabelo
da nossa cabeça são conhecidos por Deus, quanto mais nossa vida e nosso
coração. Deus nos conhece, nos ama e, sobretudo, nos protege. Com essa certeza,
levamos adiante a missão, mesmo que haja dificuldades, obstáculos e situações
que surjam para impedir os trabalhos em prol do Reino de Deus. A confiança no
amor de Deus é o que nos fortalece. Ele quer o nosso testemunho. Quem
testemunha Jesus diante dos homens será testemunhado por ele diante de Deus.
- O grande amor de Deus por nós está explícito
na segunda leitura, quando Paulo recorda à comunidade de Corinto que Cristo
veio ao mundo para tirar o pecado dele. Com sua morte, ele dominou o poder da
morte. Deus fez isso por nós porque nos ama e porque quer nos dar a sua graça e
salvação. Agraciados por Deus com tamanho gesto de amor, só nos resta amar o
próximo e lutar pela vida
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/05/25_06_23.pdf
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