SANTO
AGOSTINHO FALA AOS JOVENS
Viver a vida com paixão • Decálogo Agostiniano • 2/5 • 7
3. Não ao adormecimento e à preguiça existencial
Agostinho
relata nas suas Confissões o seu processo de busca incansável da verdade e como
tinha caído debaixo das garras das suas próprias paixões, que o impediam de
viver em liberdade. A partir dessa experiência dolorosa, já convertido, fala
aos jovens e lhes convida a fugir da preguiça existencial e a viver com
simplicidade.
2. Não ao adormecimento e à preguiça existencial
A preguiça gera uma indecisão que impede que
frutifiquem as boas qualidades e reconhecer os dons recebidos de Deus; propicia
o pior de cada um e as tendências mais inquietantes do coração. A indecisão
dificulta o compromisso e projetos nobres e exigentes. Na carta 234 Agostinho
nos fala de um caso de um jovem, Leto; a preguiça existencial e o adormecimento
espiritual lhe impediam de regressar ao mosteiro, já que lhe amarrava o amor de
sua mãe. Agostinho lhe aconselhava que aprendesse a amar a sua mãe como irmã em
Cristo e lhe diz mais: “Se te tens por soldado de Cristo, não abandones o
acampamento (...) Se te manténs na Palavra de Deus e combates sob as armas
dessa mesma Palavra, por nenhuma parte poderás te embrenhar nas tentações”.
Apelando a sua experiência, Agostinho afirma que o ser humano, especialmente os
jovens, devem ser despertados do adormecimento espiritual pelas vozes harmoniosas
do coro dos livros da Sagrada Escritura, que se converte numa trombeta que
interrompe o sonho para se dirigir em direção a meta superior da vida eterna
(cf. Contra Fausto 13, 18). Santo Agostinho diz que não temos tempo a perder;
devemos livrar-nos da preguiça e seguir o caminho de Cristo (Sermão Dolbeau
5,5); devemos evitar andar que nem errantes durante anos e anos, como aconteceu
com ele mesmo. O jovem e todo aquele que crê deve cantar e caminhar, não deve
amar a preguiça nem o desleixo, nem cochilar numa horrenda indecisão: “Canta
como estão acostumados a cantar os viajantes: canta, porém, caminha; alivia com
o canto o teu trabalho, não ames a preguiça: canta e caminha. O que significa
«caminha»? Avança; avança em direção ao bem” (Sermão 256, 3). Agostinho convida
a viver a vida com paixão pelo bem, sempre numa atitude de busca e
comprometimento. cio, os quais manifestam uma forte rivalidade. Agostinho
intervém para repreendê-los; porém não pôde terminar de aconselhar pois de
repente se vê interrompido pelas lágrimas que de forma inesperada brotam dos
olhos de ambos jovens, corrigidos na sua paixão alvoroçada. Neste contexto o
santo fala sobre sua própria lembrança e escreve: “Não podes imaginar o quanto
me desagradava na escola que aos jovens se lhes provocasse uma rivalidade
destrutora, não tendo em conta a utilidade e excelência das artes, mas sim o
amor a uma glória vã, até chegar ao ponto que nós ficávamos envergonhados de
recitar discursos alheios e receber com isso aplausos –que vergonha!– dos mesmos
cujas composições são recitadas” (A Ordem 1, 30). Porém o texto de Agostinho
que apresenta de forma mais clara o que significa a rivalidade, o que significa
os ciúmes, é Explicação da Carta aos Gálatas. Ao explicar a passagem de Gal 5,
19-21, comenta que a rivalidade está bem perto da inveja. No entanto, há uma
diferença entre elas. Assim, na rivalidade, duas ou mais pessoas disputam por
um mesmo bem, que um só deles pode obter; já a inveja é tristeza por causa de
um bem que a outra pessoa conseguiu, considerada indigna daquele bem; mesmo que
possivelmente quem sinta inveja, não tenha desejado aquele bem material caso
não o tivesse visto nas mãos de outra pessoa. Agostinho relata nas suas
Confissões o seu processo de busca incansável da verdade e como tinha caído
debaixo das garras das suas próprias paixões, que o impediam de viver em
liberdade. A partir dessa experiência dolorosa, já convertido, fala aos jovens
e lhes convida a fugir da preguiça existencial e a viver com simplicidade.
3. Vida simples e amigável
No mundo que pela
sorte temos que viver, a competitividade e a rivalidade estão valorizadas em
todos os segmentos sociais, de tal forma que, nos levam a perder a capacidade
de desfrutar do que fazemos, inclusive de perder o sentido, além de gerar enfretamentos
e invejas e acabar com amizades. Agostinho deixou uma página bem emotiva no
livro A ordem: depois de uma forte discussão entre os jovens discípulos
Licêncio e Trigécio, os quais manifestam uma forte rivalidade. Agostinho
intervém para repreendê-los; porém não pôde terminar de aconselhar pois de
repente se vê interrompido pelas lágrimas que de forma inesperada brotam dos
olhos de ambos jovens, corrigidos na sua paixão alvoroçada. Neste contexto o
santo fala sobre sua própria lembrança e escreve: “Não podes imaginar o quanto
me desagradava na escola que aos jovens se lhes provocasse uma rivalidade
destruidora, não tendo em conta a utilidade e excelência das artes, mas sim o
amor a uma glória vã, até chegar ao ponto que nós ficávamos envergonhados de
recitar discursos alheios e receber com isso aplausos –que vergonha!– dos
mesmos cujas composições são recitadas” (A Ordem 1, 30). Porém o texto de
Agostinho que apresenta de forma mais clara o que significa a rivalidade, o que
significa os ciúmes, é Explicação da Carta aos Gálatas. Ao explicar a passagem
de Gal 5, 19-21, comenta que a rivalidade está bem perto da inveja. No entanto,
há uma diferença entre elas. Assim, na rivalidade, duas ou mais pessoas
disputam por um mesmo bem, que um só deles pode obter; já a inveja é tristeza
por causa de um bem que a outra pessoa conseguiu, considerada indigna daquele
bem; mesmo que possivelmente quem sinta inveja, não tenha desejado aquele bem
material caso não o tivesse visto
https://www.agustinosrecoletos.org/library/92-canta-y-camina/283-cyc144ptweb.pdf
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