I-
SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR
“HOJE NASCEU PARA NÓS O SALVADOR”
01- LEITURAS
Dia 25, 2ªf, NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO: Missa da noite:
Is 9,1-6; Sl 95(96); Tt 2,11-14; Lc 2,1-14; Missa da aurora: Is 62,11-12; Sl
96(97); Tt 3,4-7; Lc 2,15- 20; Missa do dia: Is 52,7-10; Sl 97(98); Hb 1,1-6;
Jo 1,1-18;
02-
Comentários
e Sugestões
- Em CRISTO nascido entre nós, a luz da justiça e a vida em
plenitude
(Sugere-se o “anúncio do Natal” antes
do glória [resumido da p. 40 do Diretório da Liturgia]; para após o Evangelho,
a bênção do presépio / Na missa do dia, leituras: Is 52,7-10; Sl 97(98); Hb
1,1-6; Jo 1,1-18)
Toda
família vibra de alegria com o nascimento de uma criança. A Igreja, nova
família congregada na fé em Cristo, exulta de júbilo na celebração do
nascimento d’Ele. Não só veio até nós, mas se fez um de nós pelo sim de Maria,
pela ação do Espírito Santo, trazendo-nos a luz da Verdade e a vida em
plenitude. Na Criança do presépio de Belém, brilha o rosto da misericórdia do
Pai. (... Natal, tempo de encontros familiares, felicitações, troca de
presentes pela grande felicidade e pelo grande presente do Pai à humanidade,
seu Filho / Natal no processo sinodal...).
“Nasceu-nos hoje um Menino, o Filho nos foi
dado”!
Esta é a nossa certeza neste dia que o Senhor
preparou para que experimentássemos a sua fidelidade no cumprimento de suas
promessas. O Esperado das Nações, o Cristo prometido, veio armar sua tenda
entre nós. A divindade invisível tornou-se visível em nossa carne, dando à
nossa história um novo sentido. Com este nascimento, nossa es- perança é
renovada e nossa fé robustecida pela certeza de que Deus nos ama e que,
nascendo pobre, fez-se pobre entre os mais pobres para realizar seu plano de
salvação.
ANÚNCIO DO NATAL
C. Transcorridos muitos séculos desde
que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; séculos depois de haver
cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de
aliança e de paz; D. Vinte e um séculos depois da migração de Abraão, nosso pai
na fé, treze séculos depois da saída de Israel do Egito sob a guia de Moisés;
cerca de mil anos depois da unção de Davi como rei de Israel;
C. Na sexagésima quinta semana segundo
a profecia de Daniel; na Olimpíada centésima nonagésima quarta de Atenas; no
ano 752 da fundação de Roma; no ano 538 do edito de Ciro autorizando a volta do
exílio e a reconstrução de Jerusalém;
D. No quadragésimo segundo ano do império de
César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do
mundo,
JESUS
CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o
mundo com a sua vinda, nove meses depois de sua concepção, nasceu em Belém de
Judá, da Virgem Maria, feito homem; nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo a carne. - Vinde cristãos, vinde a porfia... nº 1.177
- A Imagem é descoberta e apresentada
a todos. Todos aclamam com palmas. As luzes são acesas. Crianças vestidas de
anjos podem tocar sinos. Os participantes são convidados a beijarem ou fazerem
um gesto de Nº 2.648 (Ano B\Branco) Noite de Natal 24 de dezembro de 2023
“HOJE
NASCEU PARA NÓS O SALVADOR” reverência à Imagem. Flores são trazidas
e colocadas em lugares preparados.
Hoje
celebramos o cumprimento da promessa de Deus que é realizar aliança com a
humanidade e estabelecer o seu Reino. Fazemos isto recordando o nascimento de
Jesus em Belém, Pobre entre os pobres. Acolhemos o anúncio dos anjos aos
pastores e a promessa de paz que Ele traz à humanidade.
Missa da aurora
PRIMEIRA LEITURA
Missa do dia
Anim. É
Cristo, Palavra Eterna e Encarnada, feito homem para nos salvar, que ouviremos
agora. Acolhamos na manjedoura de nosso coração sua presença viva nas leituras
que serão proclamadas.
PRIMEIRA LEITURA (Is 52,7-10)
Leitura
do Livro do Profeta Isaías.
7 Como são belos, andando sobre os montes, os
pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e
diz a Sião: “Reina teu Deus!” 8 Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a
voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor
voltar a Sião. 9 Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o
Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. 10O Senhor desnudou seu santo
braço aos olhos de todas as nações; to- dos os confins da terra hão de ver a
salvação que vem do nosso Deus.
- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.
SALMO 97(98)
Os
confins do universo contemplaram / a Salvação do nosso Deus.
1.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * porque ele fez prodígios! / Sua mão e o
seu braço forte e santo * alcançaram-lhe a vitória.
2. O
Senhor fez conhecer a salvação,* e às nações, sua justiça; / recordou o seu
amor sempre fiel * pela casa de Israel.
3. Os
confins do universo contemplaram * a salvação do nosso Deus. / Aclamai o Senhor
Deus, ó terra inteira, * alegrai-vos e exultai!
4. Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa * e
da cítara suave! / Aclamai, com os clarins e as trombetas, * ao Senhor, o nosso
Rei!
SEGUNDA LEITURA (Hb 1,1-6)
Leitura
da Carta aos Hebreus.
1 Muitas vezes e de muitos modos falou Deus
outrora aos nossos pais, pelos profetas; 2 nestes dias, que são os últimos, ele
nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas
e pelo qual também ele criou o uni- verso. 3 Este é o esplendor da glória do
Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua
palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da
majestade divina, nas alturas. 4 Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto
o nome que ele herdou supera o nome deles. 5 De fato, a qual dos anjos Deus
disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”? Ou ainda: “Eu serei
para ele um Pai e ele será para mim um filho”? 6 Mas, quando faz entrar o
Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!”
-
Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.
ACLAMAÇÃO
Aleluia, aleluia, aleluia.
Despontou
o santo dia para nós: / Ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, / porque hoje
grande luz brilhou na terra!
EVANGELHO (Jo 1,1-18 - mais longo)
P. O
Senhor esteja convosco! T. Ele está no meio de nós
. P.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
T.
Glória a vós, Senhor.
P. 1 No princípio era a Palavra, e a Palavra
estava com Deus; e a Pala- vra era Deus. 2 No princípio estava ela com Deus. 3
Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4 Nela
estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5 E a luz brilha nas trevas, e as
trevas não conseguiram dominá-la. 6 Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome
era João. 7 Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que
todos chegassem à fé por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho
da luz: 9 Daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo
ser humano. 10A Pa- lavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela –
mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a
acolheram. 12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem
filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram
do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua
glória, glória que recebe do Pai como Filho Unigênito, cheio de graça e de
verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse:
O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia an- tes de
mim”. 16De sua plenitude to- dos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio
de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus
Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade
do Pai, ele no-lo deu a conhecer. –
Palavra
da Salvação. T. Glória a Vós, Senhor.
REFLEXÃO
GRANDE
ALEGRIA PARA TODO O POVO!
Na
noite do nascimento de Jesus, o anjo anunciou aos pastores nos campos de Belém:
“não tenham medo. Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será alegria
também para todo o povo. Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador,
que é Cristo Senhor” (Lc 2,9-10). A notícia do anjo encheu os pastores de
alegria e animação. Eles foram logo ver o que Deus fez para eles e encontraram
o menino Jesus, envolto em panos e deitado numa manjedoura, com sua mãe e José.
Viram e ficaram maravilhados e cheios de esperança e saíram a contar para todos
os que encontravam. Nesses nossos tempos conturba- dos de guerras e tensões
entre povos, grupos e pessoas, estamos necessitados de boas notícias, que tragam
alegria, conforto e esperança para continuarmos nosso caminho, firmes no
esforço por melhorar este mundo. O Natal é uma boa notícia para todos nós!
Saber que Deus olha para nossa pobreza e confusão e tem compaixão de nós, que
nos envia seu Filho para trazer luz e paz aos homens “de boa vontade” e ensinar
os caminhos de jus- tiça e de paz enche-nos de alegria e esperança. Como é bom
lembrar que não estamos sós e abandonados neste mundo imenso! Quem criou e sustenta
este mundo olha para nós, cuida com sua providência do curso da vida e da
história! Como é bom, saber que este mundo tem solução e esperança e não está
entregue à sua própria sorte, destinado ao eterno caos e à ruína irreparável! Deus
veio ao nosso encontro e se fez “Deus-conosco – Emanuel”. Neste Natal,
renovemos em nós a fé em Deus e agradeçamos pela sua providência paterna. E
reafirmemos nosso desejo de ser “pessoas de boa vontade”, prontas a acolher os
desígnios de Deus a nos- so respeito e a respeito do mundo. Neste Natal, o
mundo deveria “ressetar”, começar de novo a partir do que “Deus viu que era
bom”. Trazemos esse desejo no profundo do coração, como uma saudade de algo que
se perdeu, mas que ainda pode ser encontrado e reconstruí- do. O Natal é para
nós a promessa da renovação de todas as coisas. Podemos começar neste Natal...
Desejo a todos os filhos desta Ar- quidiocese um feliz e abençoado Natal de
Jesus. Que seja festa para todos, na fé, alegria e na fraternidade! Que seja
festa em família, pois o Filho de Deus entrou numa família humana e abençoou
todas as famílias. Que seja festa das crianças, que têm o coração aberto ao
mistério grande que celebramos. Que os aflitos, doentes, pobres e pessoas sem
casa e sem liberdade não fiquem esquecidas. Que seja um feliz e santo Natal
para todos!
Dom Odilo P. Scherer Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-06-natal-missa-do-dia.pdf
- Ainda
hoje muitas pessoas vivem situações de escuridão e trevas. Não conseguem
enxergar o caminho certo para um crescimento pessoal, comunitário e social
porque se recusam a acolher a verdadeira luz que é Jesus, o Filho amado do Pai
que a nós foi enviado. Já descrevia em sua encíclica "Deus é Amor" o
Papa emérito Bento XVI a triste situação do mundo atual no qual o nome de Deus
é muitas vezes associado à vingança ou mesmo ao dever do ódio e da violência.
- No tempo do profeta Isaías não era
diferente! A desobediência ao projeto de Deus levou toda aquela gente ao
exílio, ao sofrimento. A dominação estrangeira é muito grande e por isso não há
paz. O profeta anuncia que tempos novos virão quando o povo terá um chefe
sábio, fiel a Deus, duradouro e pacífico. Todas as virtudes dos heróis de
Israel são atribuídas ao menino que nasceu para nós: tem a sabedoria de
Salomão, a coragem de Davi, a piedade de Moisés e dos patriarcas; é o
verdadeiro Emanuel!
- Para nós, o Emanuel é Jesus Cristo, o filho
de Maria! Nesta Solenidade anunciamos com grande alegria que chegou para todos
a salvação. Assim cantamos no Salmo 95(96): "Hoje nasceu para nós o
Salvador, que é Cristo o Senhor". Esta é a nossa alegre certeza: um Menino
nasceu para nós, o seu nome é "Deus, vem salvar-nos".
"Salvador" é em nossa língua o nome mais elevado para Jesus de
Nazaré, o Filho de Deus.
- Para reconquistar-nos e para nos elevar em
dignidade, Deus veio a este mundo como uma criança. Nesta "grandiosa
fragilidade" podemos sufocar os primeiros ecos do Verbo Encarnado fazendo
do Natal a festa da sociedade de consumo, do esbanjamento institucionalizado;
festa dos presentes e das decorações luminosas sem partilha e solidariedade;
festa de certa poesia de bondade generalizada sem comprometimento com a vida do
irmão, de um difuso sentimentalismo com verniz de generosidade e emoção. O
sentido verdadeiro do Natal é celebrar a Encarnação da Palavra eterna do Pai em
nossa carne. Todas as luzes, presentes e festas de Natal terão sentido quando
vivermos o que Jesus deixou para nós, especialmente quando promovemos a justiça
e a paz.
- Vivamos as alegrias do Natal sem nos
esquecermos do que nos fala São Paulo no trecho da carta a Tito: a graça de
Deus se manifestou trazendo salvação para todos nós. Por isso, abandonemos a
impiedade e as paixões mundanas para vivermos neste mundo com equilíbrio,
justiça e piedade. Cristo nos resgatou de toda maldade e nos purificou para
sermos Povo de Deus e praticantes do bem. Então, celebrar o Natal é deixar que
a força da luz de Jesus vença todas as sombras. É alimentar nossa esperança
numa qualidade de vida mais justa para os pobres deste mundo. É lutar pela
dignidade dos filhos e filhas do Pai, pois, como diz Santo Agostinho "a
glória de Deus é o homem vivo". Cada vez que um ser humano se liberta dos
seus próprios pecados, cada vez que um ser humano é promovido e respeitado em
sua dignidade é Natal acontecendo!
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/11/24_12_23-noite-de-natal.pdf
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