7 coisas
que talvez não saiba sobre a Epifania e os famosos Reis Magos
Confira a seguir sete coisas que talvez você não sabia
acerca dos Reis Magos e da Epifania.
1. A Igreja celebra três Epifanias
A festa dos Reis Magos ou Dia dos Santos Reis é
conhecida como Epifania, palavra que em grego significa manifestação, no
sentido de que Deus se revela e se manifesta.
Entretanto, a Igreja celebra como Epifanias três
manifestações da vida de Jesus: a Epifania diante dos Magos do Oriente
(manifestação aos pagãos), a Epifania do Batismo do Senhor (manifestação aos
judeus) e a Epifania das bodas de Caná (manifestação aos seus discípulos).
2. É a segunda festa mais antiga
A Festa da Epifania é uma das mais antigas dos
cristãos, provavelmente a segunda depois da Festa da Páscoa. Teve início no
Oriente e logo passou a ser comemorada no Ocidente, por volta do século IV.
Dizem que no princípio os cristãos comemoravam as
três epifanias em uma mesma data. Inclusive, em algumas igrejas orientais,
nesta festa comemoram o nascimento de Cristo, mas foi somente até o século IV,
quando começou a festividade romana do Natal.
Na Idade Média, a Epifania pouco a pouco passou a
ser mais conhecida como a festa dos Reis Magos. Atualmente, a Igreja Católica
celebra as três epifanias em diferentes datas do calendário litúrgico.
3. Um santo definiu a data
Alguns estudos comprovam que a Epifania passou a
ser celebrada no dia 6 de janeiro porque neste dia era comemorado o nascimento
de Aion, o deus pagão da metrópole de Alexandria, que supostamente estava
relacionado com o deus sol. Do mesmo modo, também porque desde esta época,
celebravam no Egito o solstício de inverno no dia 6 de janeiro.
No século IV, Santo Eusébio de Cesárea e São
Jerônimo, assim como Santo Epifânio no século VI, disseram que os reis
encontraram o Menino antes de completar dois anos de idade.
Entretanto, Santo Agostinho (séculos IV e V) em
seus sermões sobre a Epifania afirmou que chegaram 13 dias depois do nascimento
do Senhor. Ou seja, no dia 6 de janeiro do calendário atual.
4. Reis por tradição
São Mateus, o único evangelista que fala sobre os
Reis Magos na Bíblia, explica que eram do Oriente, uma região que, para os
judeus, eram os territórios da Arábia, Pérsia ou Caldeia. Por outro lado, os
orientais chamavam os doutores de “magos”.
“Mago” na língua persa significava “sacerdote” e
justamente os magos (“magoi” em grego) eram um grupo de sacerdotes persas ou
babilônios. Eles não conheciam a revelação divina como os judeus, mas estudavam
as estrelas a fim de procurar Deus.
A tradição chamou de “reis” aos magos de acordo com
o Salmo 72 (10-11) que diz: “Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os
reis da Arábia e Etiópia oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante
ele; todas as nações o servirão”.
5. Poderiam ser mais de três
São Leão Magno e São Máximo do Turim, séculos IV e
V respectivamente, falam de três magos provavelmente não por se apoiar em
alguma tradição, mas sim talvez pelos três presentes que descreve o
evangelista.
Nos primeiros séculos há representações pictóricas
nas quais aparecem dois, quatro, seis e até oito magos. Entretanto, o afresco
mais antigo da adoração dos magos data do século II e se encontra em um arco da
capela grega das catacumbas romanas de Priscila e ali aparecem três.
6. A origem de seus nomes, fisionomias e presentes
Os nomes dos magos não aparecem nas Sagradas
Escrituras, mas a tradição lhes deu certos nomes. Em um manuscrito do final do
século VII, aparece que se chamavam Bitisarea, Melchor e Natasa, mas, no século
IX, começou-se a propagar que eram Gaspar, Melchior e Baltazar.
Melchior é caracterizado geralmente como um idoso
branco com barba em representação da região europeia e oferece ao Menino o ouro
pela realeza de Cristo. Gaspar representa a área asiática e leva o incenso pela
divindade de Jesus. Enquanto Baltazar é negro pelos provenientes da África e
presenteia o Salvador com mirra, substância que se utilizava para embalsamar
cadáveres e simboliza a humanidade do Senhor.
Na época em que se começou a representá-los com
estas características não se tinha conhecimento da América. Além disso, os três
fazem referência às idades do ser humano: juventude (Gaspar), maturidade
(Baltazar) e velhice (Melchior).
7. A estrela teria sido uma conjunção de planetas
Sobre a estrela de Belém que os Reis Magos viram,
foram construídas várias hipóteses. Inicialmente, dizia-se que foi um cometa,
mas estudos de astronomia revelam que, ao que tudo indica, deveu-se à conjunção
dos planetas Saturno e Júpiter na constelação de Peixes.
Neste sentido, os Reis Magos possivelmente decidem
viajar em busca do Messias porque, na antiga astrologia, Júpiter era
considerado como a estrela do Príncipe do mundo; a constelação de Peixes, como
o sinal do final dos tempos; e o planeta Saturno no Oriente, como a estrela da
Palestina.
Ou seja, presume-se que os “sábios do Oriente”
entenderam que o Senhor do final dos tempos apareceria naquele ano na
Palestina.
É provável que os Reis Magos soubessem algumas
profecias messiânicas dos judeus e, por isso, chegaram a Jerusalém, ao palácio
de Herodes, perguntando pelo rei dos judeus.
(Fonte: ACI Digital / REDAÇÃO CENTRAL)
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