quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

REFLEXÃO DOMINICAL I JESUS CURA AS NOSSAS ENFERMIDADES

 

REFLEXÃO DOMINICAL  I

JESUS CURA AS NOSSAS ENFERMIDADES

 Nosso Senhor Jesus Cristo, por amar tanto o mundo e a huma- nidade, e amou até o fim, insti- tuiu o sacrifício eucarístico de seu Corpo e Sangue, e confiou à Igre- ja, sua amada Esposa, o memo- rial de sua Morte e Ressurreição. Como nos recorda a Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium, n. 47, do Concílio Vaticano II, a Eucaristia é “sacramento da piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, convívio pascal, no qual se recebe o Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado um penhor da glória futura”. Neste 5º Domingo do Tempo Comum somos chamados a nos aproximar, mais uma vez, deste grande mistério de nossa fé e a fa- zer um encontro profundo e permanente com o Senhor. De fato, a Palavra de Deus deste domingo nos fala da dor, do sofrimento e da angústia como lugares e tempos apropriados para encontrar o Senhor. Ele carrega sobre si as nossas dores e enfermidades. E mesmo diante de tantas angústias que nos assolam e atingem, somente nele encontraremos consolo e esperança. Jesus nos ensina a viver e celebrar a partir das feridas e sofrimentos da humanidade, e ele mesmo nos dá seu exemplo, estendendo a mão e curando e levantando uma enferma. Trata-se do verdadeiro modo de ser cristão, sustentados pela fé e sempre prontos para o serviço. Na primeira leitura (Jó 7,1-4.6-7) Jó nos recorda que a vida sobre a terra é uma luta. Este homem teve muitos sofrimentos, como a desgraça que caiu sobre sua vida e sua família, a falta de so- lidariedade e compreensão dos seus entes queridos e amigos, e a mesma impressão de que Deus o havia abandonado, deixando-o sozinho. Mas Jó sempre foi fiel a Deus, a Ele se dirige e confia, mesmo prostrado na dor mais profunda. Eis o belo ensinamento: deixarmo-nos guiar pela fé e sempre confiar em Deus, alimentando a esperança. Mesmo na angústia e no sofrimento, a bondade de Deus permanece. O Evangelho de São Marcos (Mc 1, 29-39) nos mostra quem é Jesus e qual a sua missão. Assim vemos Jesus que sai da sinagoga e vai até a casa de Simão e André, onde cura a sogra de Pedro. Manifesta, mais uma vez, o seu coração misericordioso e compassivo. A multidão acorre esperançosa e é curada de seus males. Mas é preciso seguir adiante, passar pelo caminho do deserto, em oração, pois há muitos lugares para serem evangelizados. Este é o ministério do Messias Salvador; “devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. O discipulado missionário consiste em aprender de Jesus, Ele é o Mestre e nos ensina como agir: diante das enfermidades e sofrimentos é preciso aproximar-se, fazer-se solidário, tomar os doentes pela mão e ajudá-los a se levantar. Esta urgência da missão é explicitada na segunda leitura (1 Cor 9,16-19.22-23), onde Paulo diz com toda veemência que pregar o Evangelho é para ele uma necessidade, uma imposição: “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho”. Por causa do Evangelho tudo se faz e se suporta. Viver e testemunhar a fé nem sempre é fácil, comporta sacrifícios e renúncias. Os sofrimentos e rejeições não impedem de proclamar a Palavra de Deus. É na fidelidade e perseverança que os evangelizadores podem encontrar o verdadeiro conforto e o consolo. Quando tudo parecer difícil e grande for a dor, façamos como Jesus: “se levantou e foi rezar num lugar deserto”.

 Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-14-5o-domingo-do-tempo-comum.pdf

 

 

 

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