ENTENDA
o tempo pascal
Páscoa
é passagem para uma situação melhor, da morte para vida, do pecado para graça, da escravidão para liberdade,
baseado não em nossas forças, mas na fé em Jesus Cristo. Páscoa se dá não só no
rito da Liturgia; deve acontecer em cada instante da vida do homem em busca da
terra prometida, da vida nova da felicidade. O Tempo Pascal acontece do Domingo
da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes, por isso, cinquenta dias na
presença do Ressuscitado nos preparando para receber o Espírito Santo
prometido.
O amor gera
ressurreição
Nas leituras bíblicas, sobretudo nos
Evangelhos do Tempo Pascal, percebemos que Jesus se dá a conhecer, que Ele
ressuscita lá onde existe acolhimento, lá onde se presta serviço ao próximo.
Podemos dizer que Cristo ressuscita lá onde se vive o novo mandamento do amor,
da caridade. Primeiramente, Jesus se dá a conhecer às mulheres que vão ao
sepulcro para ungir com aromas o Seu Corpo. Jesus se dá a conhecer a Madalena,
que vai em busca do Seu Corpo. O Senhor se manifesta a Pedro e a João que vão
ao sepulcro. Jesus aparece à comunidade reunida no cenáculo. Tomé, que não está
presente, não usufrui da presença do Senhor; tornando-se presente, no entanto,
também O reconhece.
Nesta linha, o Evangelho mais
significativo é certamente o dos discípulos de Emaús (Cf. Lc 24, 13-35), aos
quais Cristo se dá a conhecer pela Sua Palavra e pela fração do pão
(Eucaristia). Os quais, a Seu exemplo, acolhem os irmãos na caridade e
compartilham com eles sua vida, constituem o Cristo ressuscitado entre os
homens. Cristo ressuscita os que andam à procura; Cristo ressuscita os que
vivem os acontecimentos à luz da Escritura; Cristo ressuscita naqueles que acolhem
e que servem; Cristo ressuscita naqueles que sabem partir o pão. À medida que
existir entre os homens a atitude hospitaleira, isto é, de serviço, a exemplo
dos discípulos de Emaús, Cristo vai ressuscitando por meio da história
dos homens.
É preciso, pois, a exemplo de Cristo,
partir o pão e servir, ou seja, colocar-se a serviço do próximo, tornando-se
pão e alimento para a vida do mundo. Eis o sentido atual do milagre da
multiplicação dos pães.
Cristo está
ressuscitando em sua vida?
Quando os discípulos O reconhecem na
fração do pão, Ele desaparece. Não é mais necessidade de Cristo permanecer
entre os homens de maneira corpórea, pois Ele continua presente de maneira
sacramental nos Seus discípulos, na Sua Igreja, naqueles que vivem o serviço do
amor, pois o novo mandamento tudo renova, faz reviver todas as coisas.
“Ide”, dirá Ele, “vós sereis minhas
testemunhas até os confins da terra”. Vós sereis meus continuadores no meio dos
homens. Isso vem expresso no que segue: “Levantaram na mesma hora e voltaram a Jerusalém.
Eles, por sua vez, contaram o que havia acontecido no caminho e como o tinham
reconhecido ao partir o pão” (Cf.: Lc 24, 33-35).
Pela
caridade, os cristãos se apresentam ao mundo como chagas do Cristo ressuscitado, em que o homem, a
exemplo de Tomé, poderá perceber e apalpar o amor de Cristo e n’Ele crer; e,
acreditando, tenha a vida eterna. Cada cristão é convidado para se tornar
presença do Cristo ressuscitado entre os irmãos, de tal sorte que os homens
reconheçam Sua face na caridade do irmão.
Soltemos
o nosso grito: aleluia! Pois, Cristo ressuscitou e nos deu vida nova. Este é um
canto litúrgico muito antigo, que se reza em todas as grandes solenidades de
nossa fé, cantemos os louvores do Senhor:
Oração:
Ó
Deus, que fazeis crescer a Vossa Igreja dando-lhe sempre novos filhos e filhas,
concedei que, por toda a sua vida, estes vossos servos e servas sejam fiéis ao
sacramento do batismo que receberam professando a fé. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Equipe
de Colunista de Formação
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