IX- SANTOS EM GERAL E
AGOSTINIANOS DE 26/08 A 01//09
Santo do dia 26 de Agosto
Santa Joana Bichier des Ages,
virgem (†1838). Fundou em Maillé, França, a Congregação das Filhas da Cruz,
para instrução de crianças pobres e assistência aos enfermos.
Santo do dia 27 de Agosto
Santa Mônica (†387). Beato
Ângelo Conti, presbítero (†1312). Sacerdote da Ordem dos Ermitãos de Santo
Agostinho, falecido em Foligno, Itália, destacou-se por sua paciência diante
das ofensas.
Santo do dia 28 de Agosto
Santo Agostinho, Bispo e Doutor
da Igreja (†430). Beato Junípero Serra, presbítero (†1784). Missionário
franciscano, apóstolo da Califórnia, onde fundou nove comunidades que deram
origem a grandes cidades, entre estas Los Angeles, São Francisco e San Diego.
Santo do dia 29 de Agosto
Beata Sancha Szymkowiak, virgem
(†1942). Religiosa da Congregação das Filhas da Bem-Aventurada Virgem das
Dores, que se dedicou à assistência aos prisioneiros de guerra em Pozna,
Polônia.
Martírio de São João Batista 29 de agosto: O Dia do Martírio
de São João Batista celebra-se a 29 de agosto. Este dia comemora o martírio de
São João Batista, que foi decapitado a mando do rei Herodes Antipas. Por
tradição, é um dia de jejum. São João Batista foi o santo que anunciou a vinda
do Senhor e que o batizou.
Santo do dia 30 de Agosto
Beata Maria Rafols, virgem
(†1853). Dirigiu com ânimo, em meio a muitas dificuldades, a Congregação das
Irmãs da Caridade de Sant’Ana, por ela fundada em Saragoça, Espanha.
Santo do dia 31 de Agosto
São Raimundo Nonato, religioso
(†cerca de 1240). Um dos primeiros companheiros de São Pedro Nolasco na Ordem
dos Mercedários, morreu a caminho de Roma, onde ia receber o barrete
cardinalício.
https://www.xl1.com.br/santo-do-dia/santos-do-mes-de-agosto/
Santo do dia 01 de Setembro
Santo Egídio (Gilles), abade
(†séc. VI/VII). Deu o nome à cidade de Saint-Gilles-du-Gard, França, onde construiu
um mosteiro do qual foi abade.
https://www.xl1.com.br/santo-do-dia/santos-do-mes-de-setembro/
SANTOS AGOSTINIANOS
26/08- Santos Liberato, Bonifácio e Companheiros
Entre os mosteiros africanos, que a Ordem considerou fundamentalmente de
inspiração e vida agostinianas, tem especial importância, pelo martírio de seus
religiosos, os de Gafsa, em Túnis. Após o edito do rei Hunerico, em 484,
mandando entregar os mosteiros e seus moradores aos mouros, foram presos os
sete membros deste mosteiro. Enfrentando as provações, foram martirizados em
Cartago, dando grande exemplo de fortaleza na fé e de unidade fraterna. A
celebração do ofício foi concedida à Ordem, em 06/06/1671.
https://psarj.com.br/santosagostinianos
27 e 28 de Agosto
SANTA MÔNICA E SANTO AGOSTINHO
Santa Mônica e Santo Agostinho
nos ensinam sobre como ser famílias cristãs
No fim do mês das
vocações, comemorado durante todo o mês de agosto, celebramos nesta sexta-feira
(27) e sábado (28), Santa Mônica e Santo Agostinho, respectivamente, que nos
ajudam a ver a importância da oração e de conduzir os filhos nos caminhos de Deus.
Mônica se tornou a padroeira das mães cristãs e Agostinho é bispo e doutor da
Igreja.
Santa Mônica nasceu
em Tagaste, atual Argélia, na África, em 331. Ainda jovem e por um acordo dos
seus pais, casou-se com Patrício, um homem violento e mulherengo. Suportando
tudo no silêncio e mansidão, encontrava o consolo nas orações que elevava a
Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo, que mudou de vida, batizou-se
e morreu como bom cristão.
Já o filho mais
velho, Agostinho, nasceu em 354, tinha atitudes egoístas, caprichosas e não se
aproximava da fé. Pela sua conversão, Santa Mônica rezou durante 33 anos.
Agostinho era de
grande capacidade intelectual, seguiu diversas correntes filosóficas e tinha um
profundo conhecimento em retórica. Depois de passar por Roma, foi para Milão,
onde conseguiu o cargo de professor em uma importante universidade. Em Milão
começaria também sua busca por respostas que a vida intelectual não oferecia.
Abraçou o maniqueísmo e rejeitava a proposta da fé cristã.
Mônica não desistiu e
viajou atrás de seu filho. A conversão de Agostinho ocorreu com a influência de
Santo Ambrósio de Milão. Em 387, o santo foi batizado na Páscoa e sua mãe
sentiu que a missão havia sido realizada. No mesmo ano, mãe e filho decidiram voltar
para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica
adoeceu e logo depois faleceu, em 27 de agosto de 387.
Agostinho é
considerado o maior dos Padres da Igreja Ocidental, exerceu uma enorme
influência na formação da teologia cristã e da civilização ocidental. Nada
disso teria acontecido se sua mãe não tivesse insistido nas orações. Sobre sua
mãe, Santo Agostinho escreveu: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu
viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da
eternidade”.
Agostinho, o filho das lágrimas
A
oração perseverante de uma mãe produziu um dos maiores santos que a humanidade
jamais conheceu. É a história de Santa Mônica, que renunciou ao seu filho,
Agostinho, para entregá-lo nas mãos da Santa Mãe Igreja.
As Confissões de
Santo Agostinho não são apenas o retrato extraordinário de uma alma grande,
cuja sombra cobriu não só a Idade Média, como toda a história da
humanidade. Por trás
do gênio de Agostinho estão as súplicas e o fervor incansável de uma mãe. A
autobiografia deste Doutor da Igreja inclui, em suas páginas, a incrível
história de Santa Mônica, que rezou dia e noite para que seu filho pagão se
encontrasse com a Igreja e se fizesse seu filho.
A primeira grande lição da vida de Mônica
está no valor do sofrimento escondido. De fato, são inúmeras as vezes que Santo
Agostinho interrompe a narrativa de sua vida para falar das devotadas lágrimas
de sua mãe:
Minha mãe, tua fiel serva, chorava-me diante
de ti muito mais do que as outras mães costumam chorar sobre o cadáver dos
filhos, pois via a
morte de minha alma com a fé e o espírito que havia recebido de ti (Conf. III 11).
Tuas mãos, meu Deus, no segredo de tua
providência, não abandonavam minha alma; e minha mãe, dia e noite, não deixava
de te oferecer em sacrifício por mim o sangue de seu coração, na forma de suas
lágrimas (V 7).
“Tu,
porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que
está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa” (Mt
6, 6). Aquele pranto, que engendrou a
conversão e a santidade de um dos santos e escritores mais aclamados do mundo,
ficou oculto; enquanto as grandes obras de Agostinho ainda hoje gritam ao mundo
as verdades eternas, as
lágrimas e os cuidados de Santa Mônica, silenciosos, não queriam ganhar um
livro, mas tão somente a alma de seu filho: preciosas lágrimas,
que tão grande valor tiveram diante de Deus; notáveis cuidados, que, conta
Agostinho, “para me
gerar em espírito eram piores que os que [ela] suportava quando me concebeu
pela carne” (Conf. V 9).
Certa vez, preocupada com a adesão de seu
filho à heresia maniqueísta, Mônica procurou a ajuda de um bispo, instando-o
para que conversasse com Agostinho e o convencesse do erro dessa doutrina. O
bispo se negava a fazê-lo, dizendo que o rapaz descobriria por si mesmo o
engano em que se encontrava. Mas Mônica não se contentava e continuava suplicando
ao bispo que fizesse alguma coisa. “Já com certo enfado de sua insistência”,
ele respondeu à santa: “Vai-te em paz, mulher, e continua a
viver assim, que não é possível que pereça o filho de tantas lágrimas” (Conf. III 12).
O segundo ensinamento de Santa Mônica está em
seu testemunho valoroso de mãe, que transformou a sua afeição natural pelo
filho em amor verdadeiramente virtuoso, de caridade. De fato, antes de partir
para Roma, Agostinho escreve que ela, “como
todas as mães, e ainda mais que a maioria delas, desejava manter-me junto de
si, […] buscando em lágrimas ao que com gemidos havia dado à luz” (Conf. V 8).
Auxiliada pela graça de Deus, no entanto,
Mônica supera o apego por Agostinho para amá-lo em Deus; tendo presenciado a
conversão do filho à fé católica, esta santa mulher deixa o seguinte
testamento:
Filho, quanto a mim, já nada me atrai nesta
vida. Não sei o que faço ainda aqui, nem por que ainda estou aqui, se já se
desvaneceram pra mim todas as esperanças do mundo. Uma só coisa me fazia desejar
viver um pouco mais, e era ver-te católico antes de morrer. Deus me concedeu
esta graça superabundantemente, pois te vejo desprezar a felicidade terrena
para servi-lo. Que faço, pois, aqui (Conf. IX 10)?
Impossível não lembrar os suspiros
apaixonados que Santa Teresa de Jesus dirigia a Nosso Senhor, quase morrendo
por não poder morrer. É o que anseiam as almas que amam ordenadamente este
mundo: nada querem
nele senão a glória de Deus e a salvação das almas.
Em 387, na cidade de Óstia, poucos dias
depois de uma memorável experiência mística com seu filho, Mônica partiu para o
Céu, deixando como último desejo que rezassem por ela “diante do altar do Senhor” (Conf. IX
11). Hoje, nos altares do mundo inteiro, todos os cristãos
celebram a memória de seu filho e cantam agradecidos a Deus pela vida desta
santa mulher, mãe e esposa, que, com suas orações e súplicas, deu à humanidade
um grande exemplo de amor e um santo bispo e Doutor da Igreja.
Santo Agostinho e Santa Mônica, rogai por nós!
https://comunidadeoasis.org.br/agostinho-o-filho-das-lagrimas/
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