sexta-feira, 5 de setembro de 2025

X- - REFLEXÃO DOMINICAL III O que é ser Discípulo?

 

X- -       REFLEXÃO DOMINICAL III

O que é ser Discípulo?

A prática cristã requer continuamente uma decisão firme a favor de Jesus e seu evangelho, muita gente se ilude achando que uma experiência mais forte com Jesus Cristo em um retiro, já foi suficiente para a conversão, um pensamento bem equivocado, pois a partir do momento em que conheço Jesus e tenho uma disposição interior de ser discípulo, a Fé vai exigir de mim inúmeras decisões de caráter íntimo e pessoal.

As primeiras palavras de Jesus neste evangelho parecem ser marcadas por um amor egoísta, o Mestre exige que o amem acima de qualquer outra pessoa e até acima da própria vida. Fala-se aqui de relações afetivas muito fortes para o Povo Judeu, e a Vida é Dom Sagrado, uma bênção Divina também, como é que o ouvinte vai por em prática essas palavras do Mestre, que parecem ser tão duras?

Diferente dos Fariseus, Jesus não está colocando um fardo pesado demais nos ombros de quem quer ser seu discípulo... Embora os evangelhos não sejam narrativas históricas ou jornalísticas, mas eles mostram claramente que um belo dia, Jesus formou o seu grupo e saiu de casa, deixando para trás a mãe e os demais parentes (inclusive eles acharam que Jesus estava louco, lembram-se dessa passagem?) De fato, parece loucura romper com tudo para ser seguidor de Jesus e do seu evangelho, principalmente porque se caminha na contra mão do Sistema Religioso, Político e Econômico daquela época. É desse conflito do Reino com a Humanidade, e com os interesses de grupos poderosos que detêm o poder político, econômico ou religioso,  que surge a cruz, consequência da rejeição. Cruz para o discípulo significa todas as contrariedade que irá ter, por fazer a sua opção por Jesus e seu Evangelho nas decisões que precisarão ser tomadas ao longo da vida.

Então a segunda parte do evangelho nos convida a pensar seriamente nisso: que ser discípulo não é apenas uma filosofia de vida, ou uma prática religiosa entre outras tantas que existe por aí, ou pior ainda, a fachada de uma determinada igreja da qual me fiz membro. Quem pensar assim não conseguirá levar adiante o seu discipulado, que requer coerência entre Fé e Vida, pois os desafios são muitos, basta ver as investidas contra a Igreja de Cristo, que sempre aconteceram e vão continuar acontecendo na História da Igreja. Sentar-se para ponderar sobre a missão, é sinal de que a Fé não se desliga da razão, é preciso planejar, é preciso determinação e perseverança no Discipulado.

Hoje em dia há uma multidão de “discípulos de araque” seguindo Jesus, na ilusão de que o cristianismo é um mar de rosas “Encontrei Jesus e a minha vida mudou para melhor!” Emoções e lágrimas, curas miraculosas, Jesus sofreu para que agora nós curtíssemos o paraíso do conforto, do bem material e da riqueza! Essa multidão de discípulos, ao final vai cair no ridículo. Essa é uma falsa premissa, sustentada pela pregação de Líderes espertalhões que oferecem um cristianismo ameno, sem muitas exigências, a não ser desembolsar o $sagrado Dízimo que vão para as “gordas contas bancárias” nem sempre das igrejas...

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  
jotacruz3051@gmail.com

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0318.htm#msg02

 

 

 

XI- A BÍBLIA PARA OS CATÓLICOS I- O que é a Bíblia para os Católicos?

 XI-       A BÍBLIA PARA OS CATÓLICOS

 

I-                     O que é a Bíblia para os Católicos?

A Palavra de Deus revelada

A Bíblia é, para nós católicos, a revelação escrita de Deus à humanidade. Como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, as Sagradas Escrituras “são verdadeiramente a Palavra de Deus” 1, pois foram registradas sob a inspiração do Espírito Santo. A Bíblia contém em seus livros a “verdade divinamente revelada” (CIC 105), transmitindo o amor de Deus que deseja nos conduzir à plenitude da vida e da fé. Em cada palavra e cada passagem, encontramos o Pai que “vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles” 2.

Contudo, a Bíblia não se interpreta por si só. A Igreja Católica ensina que a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição “estão intimamente unidas e compenetradas entre si” 3, derivando ambas da mesma fonte divina. Essa unidade torna-se plena e fecunda na vida da Igreja e no mistério de Cristo. A Tradição Apostólica, passada de geração em geração, guarda fielmente o ensinamento de Jesus e o testemunho dos Apóstolos, transmitindo-os até nossos dias.

A responsabilidade pela interpretação autêntica da Palavra de Deus foi confiada ao Magistério da Igreja, formado pelos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o Papa. O Magistério não está “acima da Palavra de Deus, mas ao seu serviço” 4, fiel ao mandato de ouvir, guardar e expor a Palavra com fidelidade. Dessa forma, os católicos acolhem a Bíblia, a Tradição e o Magistério como partes inseparáveis da fé, permitindo que a Palavra de Deus frutifique em cada coração e seja compreendida à luz do Espírito Santo e da comunhão da Igreja.

II-                    Estrutura da Bíblia

A Bíblia é dividida em duas grandes partes: o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo Testamento compreende os livros que relatam a história do povo de Deus desde a criação do mundo até a preparação para a vinda de Cristo. Já o Novo Testamento narra a vida de Jesus, o início da Igreja e os ensinamentos para a vida cristã.

No Antigo Testamento, encontramos:

  • Pentateuco: os cinco primeiros livros (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), que narram a criação, a história dos patriarcas e a aliança de Deus com Israel.
  • Livros Históricos: contam a história do povo de Israel, incluindo suas lutas, conquistas e infidelidades, do período de Josué até o exílio (Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1Macabeus e 2Macabeus).
  • Livros Sapienciais e Poéticos: oferecem sabedoria e orientação para a vida, além de orações e cânticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Eclesiástico e Sabedoria)
  • Livros Proféticos: escritos pelos profetas, que transmitiram a mensagem de Deus ao povo, chamando-o ao arrependimento e anunciando a vinda do Messias (Isaías, Jeremias, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, e Naum)

O Novo Testamento é composto por:

  • Evangelhos: relatos da vida, dos ensinamentos, da morte e da ressurreição de Jesus (Mateus, Marcos, Lucas e João).
  • Atos dos Apóstolos: descreve a ascensão de Jesus e a expansão inicial da Igreja.
  • Cartas: escritas pelos apóstolos, principalmente por São Paulo, oferecem orientações doutrinárias e morais (Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1Pedro, 2Pedro, 1João, 2João, 3João e Judas.)
  • Apocalipse: o último livro da Bíblia, que revela a vitória final de Cristo sobre o mal e o cumprimento das promessas de Deus.

Cada livro e cada divisão desempenha um papel essencial na compreensão do plano de salvação de Deus para a humanidade, formando o conjunto harmonioso da revelação divina.

III - Cânon Católico versus Cânon Protestante

A Bíblia católica e a protestante compartilham muitos livros, mas apresentam uma diferença no número total: o cânon católico possui 73 livros, enquanto o cânon protestante inclui 66. A principal divergência ocorre no Antigo Testamento, do qual a Igreja Católica reconhece 46 livros, e a Bíblia protestante, 39. Esses livros a mais na Bíblia católica são conhecidos como deuterocanônicos, que incluem: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1 e 2 Macabeus, além de trechos específicos dos livros de Ester e Daniel.

A origem dessa diferença remonta ao uso da Septuaginta, uma tradução grega das Escrituras hebraicas, feita antes de Cristo e amplamente utilizada pelos primeiros cristãos, incluindo os apóstolos. Essa versão continha os deuterocanônicos, que foram reconhecidos pela Igreja primitiva como parte da revelação divina. No século XVI, durante a Reforma, os reformadores protestantes decidiram adotar o cânon hebraico, excluindo os deuterocanônicos, por não serem aceitos no Judaísmo contemporâneo da época.

Na doutrina católica, os livros deuterocanônicos têm um papel importante. Eles apresentam ensinamentos que aprofundam verdades da fé, como a oração pelos mortos, encontrada no segundo livro de Macabeus 5, que apoia a doutrina do purgatório. Esses livros também ensinam sobre a sabedoria, a fidelidade a Deus em tempos de provação, e a busca pela justiça — temas essenciais para a vida cristã.

Assim, para a Igreja Católica, tanto os livros protocanônicos quanto os deuterocanônicos são igualmente inspirados. O Concílio de Trento (1546) reafirmou oficialmente o cânon católico, considerando esses textos indispensáveis para uma compreensão plena da revelação divina e para a edificação espiritual dos fiéis.

Conheça a diferença entre as Bíblias católica e protestante.

iv-          Como a Bíblia foi escrita?

Inspiração Divina

A Bíblia foi escrita por autores humanos, mas sob a inspiração direta de Deus. O conceito de inspiração divina significa que, embora os escritores das Bíblia fossem pessoas humanas com suas culturas, habilidades e estilos literários, Deus atuou neles e por meio deles para registrar Sua Palavra com precisão. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, Deus escolheu esses autores e trabalhou através de suas faculdades humanas, assegurando que eles escrevessem apenas o que Ele desejava comunicar. 6

Os livros da Bíblia não são meramente humanos; tudo o que está escrito nas Escrituras vem do Espírito Santo e foi escrito para revelar a verdade que Deus quer que conheçamos para nossa salvação. 7 Por isso, a Bíblia é considerada “sem erro” no que ensina sobre a verdade de Deus, pois cada palavra é inspirada por Ele e tem um propósito.

Ao mesmo tempo, Deus se adaptou à linguagem e aos modos de expressão de cada autor, falando “à maneira dos homens”. Por essa razão, para interpretar bem as Escrituras, é necessário compreender o contexto cultural e os gêneros literários de cada época, em textos históricos, poéticos ou proféticos. 8 Tudo isso enriquece a nossa compreensão da intenção divina e da mensagem original.

v-            Formação dos textos bíblicos

O processo de formação dos textos bíblicos passou por etapas longas e complexas, que envolvem desde a tradição oral até a compilação escrita dos livros. Inicialmente, as histórias sagradas e ensinamentos divinos foram transmitidos oralmente, de geração em geração, entre o povo de Israel. Essa tradição oral preservou, por meio de narrativas, cânticos, provérbios e leis, o relacionamento único entre Deus e Seu povo, assegurando que a memória dos atos divinos fosse mantida viva na comunidade.

Aos poucos, essa tradição foi sendo registrada por escrito, um processo que se iniciou em diferentes períodos e contextos históricos. No Antigo Testamento, os livros começaram a ser compilados durante épocas de estabilidade ou crise, como o exílio na Babilônia, em que o povo de Israel sentiu-se motivado a registrar suas tradições para não perdê-las. Autores e editores foram reunindo essas tradições, sob a inspiração divina, de modo que todos os textos refletissem a mesma verdade de fé, apesar das diferenças de estilo e de gênero literário.

No Novo Testamento, o processo foi semelhante. Após a vida, morte e ressurreição de Jesus, os discípulos começaram a transmitir oralmente as palavras e atos do seu mestre e, depois, dos primeiros apóstolos. Com o tempo, especialmente com a expansão da Igreja e a necessidade de preservar fielmente os ensinamentos de Cristo, esses relatos foram colocados por escrito, gerando os Evangelhos e as Cartas Apostólicas.

Esses textos não apenas respondem às necessidades das primeiras comunidades cristãs, mas também foram escritos em contextos históricos e culturais diversos, moldados pelas realidades de cada autor e localidade. Portanto, a Bíblia é um conjunto de livros escritos em tempos e lugares distintos, inspirados por Deus e compilados pela Igreja para nos transmitir a salvação e a verdade, de acordo com o plano divino de revelar Sua Palavra ao mundo.

·         O papel dos concílios na definição do Cânon

A definição dos livros inspirados que compõem a Bíblia, conhecida como o cânon, foi um processo cuidadoso realizado pela Igreja ao longo de séculos. Diante das várias escrituras usadas pelas primeiras comunidades cristãs, tornou-se essencial discernir quais textos eram verdadeiramente inspirados pelo Espírito Santo e dignos de fazer parte da Sagrada Escritura. Esse trabalho foi realizado sob a orientação do Magistério da Igreja, que, com a ajuda do Espírito Santo, identificou os livros que seriam oficialmente reconhecidos como Palavra de Deus.

O primeiro passo significativo ocorreu no Concílio de Hipona, em 393 d.C., quando a Igreja Católica fixou uma lista de livros inspirados. Este cânon incluía os livros que hoje compõem o Antigo e o Novo Testamento da Bíblia Católica, incluindo os livros deuterocanônicos, que posteriormente foram contestados por algumas denominações protestantes. Essa definição inicial foi reafirmada no Concílio de Cartago, em 397 d.C., que consolidou a mesma lista, estabelecendo uma base para o cânon bíblico usado pela Igreja.

A definição do cânon foi solidificada no Concílio de Trento (1545-1563), em resposta aos questionamentos da Reforma Protestante. O Concílio de Trento reafirmou a lista tradicional, incluindo os livros deuterocanônicos, como parte integrante da Bíblia. Além disso, esse Concílio declarou oficialmente e de forma infalível o cânon da Bíblia Católica, confirmando a inspiração divina de todos os livros que fazem parte dela.

Assim, foi pela ação desses concílios, iluminados pelo Espírito Santo, que a Igreja definiu de forma inequívoca os livros inspirados, preservando a unidade da fé e assegurando que os fiéis pudessem confiar plenamente nas Escrituras como Palavra de Deus.

https://bibliotecacatolica.com.br/blog/destaque/biblia-para-catolicos/

(CONTINUA NO PRÓXIMO DOMINGO)

 

 

XII- SANTOS DA SEMANA DE 08 A 14 DE SETEMBRO

 

 

XII-        SANTOS DA SEMANA DE  08 A 14 DE SETEMBRO

 

Santo do dia 8 de Setembro

São Pedro de Chavanon, presbítero (†cerca de 1080). Fundou em Pébrac (França) um mosteiro de cônegos regulares.

Santo do dia 09 de Setembro

São Pedro Claver, presbítero (†1654). Beato Francisco Gárate Aranguren, religioso (†1929). Irmão leigo jesuíta, foi durante 42 anos porteiro na Universidade de Deusto, em Bilbao, Espanha.

Santo do dia 10 de Setembro

São Nicolau de Tolentino, presbítero (†1305). Religioso da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, pregou a reforma dos costumes em Tolentino, Itália.

Santo do dia 11 de Setembro

São Pafúncio, Bispo (†séc. IV). Bispo egípcio, torturado durante as perseguições de Galério Máximo. Defendeu a divindade de Nosso Senhor contra o arianismo, no Concílio de Niceia.

Santo do dia 12 de Setembro

São Guido, peregrino (†cerca de 1012). Sacristão da igreja de Santa Maria em Bruxelas, peregrinou por sete anos a Roma e Terra Santa, e voltou à sua terra, morrendo em Anderlecht (Bélgica).

Santo do dia 13 de Setembro

São João Crisóstomo, Bispo e Doutor da Igreja (†407). São Marcelino, mártir (†413). Secretário do imperador Honório, em Cartago – atual Tunísia – e íntimo amigo de Santo Agostinho e São Jerônimo, foi assassinado por defender a Fé nas controvérsias com os donatistas.

Santo do dia 14 de Setembro

São Gabriel Taurino Dufresse, Bispo e mártir (†1815). Missionário da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, decapitado em Chengdu, China, depois de 40 anos de operoso ministério.

https://www.xl1.com.br/santo-do-dia/santos-do-mes-de-setembro/

 

SANTO AGOSTINIANO

10 de Setembro

São Nicolau de Tolentino 

 

São Nicolau de Tolentino nasceu em Sant'Angelo in Pontano (Macerata, Itália), em meados do século XIII, de uma família modesta. Professou na Ordem muito jovem. Sua figura é a de um religioso sacerdote simples, cheio de caridade para com seus irmãos e para com o povo de Deus, e fiel cumpridor das exigências da profissão religiosa. 
Visitava e socorria com grande esmero os doentes e pobres, e não se envergonhava de pedir esmola para o sustento da comunidade. Pregador de notável eficácia, sua direção espiritual era muito procurada. Passou quase totalmente os 30 anos de sua vida em Tolentino, onde morreu no dia 10/09/1305. 
Foi grande seu espírito de oração e penitência, assim como sua devoção às almas do purgatório. Foi muito celebrado por seus milagres. Foi canonizado pelo Papa Eugênio IV, em 1446. Suas relíquias conservam-se no seu santuário de Tolentino.

 

https://psarj.com.br/santosagostinianos

XIII- SOBERANIA NACIONAL

 

XIII-        SOBERANIA NACIONAL

 

Por Felipe Araújo

Soberania nacional ocorre quando um país apresenta total controle, domínio e poderio dentro da linha limítrofe de seu território. Assim, a soberania remete às nações que são verdadeiramente independentes e não estão sob a influência ou sendo comandadas direta ou indiretamente por outros Estados. As organizações que prezam pelo Estado soberano são divididas de acordo com cada função e apresentam-se a partir de instituições e órgãos para a sua aplicação. Um dos setores mais importantes neste sentido são as Forças Armadas.

Em outras palavras, soberania nacional designa as atribuições do Estado com o objetivo de fazer o necessário para governar a si mesmo, executando e aplicando leis, recolhendo impostos, atuando em situações de guerra e na manutenção da paz, desenvolvendo tratados de cunho diplomático e envolvendo-se em negociações com países estrangeiros no intuito de melhorar a qualidade material para o seu povo.

Existem países que subdividem os níveis de soberania de acordo com as necessidades dos Estados, no entanto, todas as partes estão subordinadas ao poder central da nação. Nos Estado Unidos, por exemplo, alguns estados são capazes de regular internamente algumas leis de acordo com a realidade da região, pois a centralidade do poder lhes dá essa permissão. Por outro lado, não apresentam poderes para ações de soberania exterior como deportar cidadãos ou receber diretamente uma ou outra personalidade política sem o aval do governo do país. Nos EUA, um estado tem a sua soberania sob a regulação da Constituição, considerada a lei suprema.

A origem tanto da soberania nacional como da soberania popular tem base no pensamento de John Locke (1632-1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Estes filósofos consolidaram o conceito de que as relações sociais regulam-se a partir de um pacto social, ou seja, um acordo formalizado ou informalizado entre os cidadãos e o governo. Assim, o povo legitima o poder de seus representantes, que prometem prezar pelos anseios de uma maioria que, caso perceba situações em que os políticos abusam do poder de forma incorreta, tem o direito de rebelião.

Na Constituição Francesa de 1791 é possível perceber o porquê da soberania popular e nacional estarem intimamente ligadas. O documento francês coloca a soberania como indivisível, única, imprescritível, inalienável e pertencente à nação. Assim, não pode ser colocada sobre administração centralizada de grupos ou de apenas um indivíduo. Desta forma, o conceito de soberania do povo foi somado à ideia da soberania nacional de forma que esta não poderia estar nas mãos de um povo em Estado de natureza e sem organização, mas, sim, sob o domínio de um Estado organizado.

Um exemplo de estadista que desenvolvia ações governamentais paralelas a esta ideia foi general Charles de Gaulle. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o exército nazista invadiu a França, ele foi um dos maiores críticos ao governo francês estabelecido, que se conformava com a situação e optou pelo armistício. Assim, entendendo que aquilo feria a soberania nacional francesa, de Gaulle e outros militares criaram a França Livre para lutar contra os nazistas.

Outra característica da soberania nacional está relacionada à moeda. Após o final da Segunda Guerra Mundial, ficou decidido na Conferência de Bretton Woods (1944) o padrão-dólar-ouro. Ou seja, ao tornar o dólar a principal moeda em escala global, a soberania nacional e econômica dos outros países foi colocada em cheque e ocorreram diversas críticas a esta medida, pois foi constatado que os dólares detidos por meio dos bancos centrais estrangeiros eram superiores em valor às reservas do FED (Federal Reserve Board) em ouro.

Com isso, os EUA decidiram propor um acordo com nações da Europa como Alemanha, Bélgica, Holanda, entre outros, para que seus governos não convertessem dólares em ouro. A França, por meio do general de Gaulle, contestou esta situação.

Em discurso de 1965, de Gaulle alertava para os problemas que poderiam ser gerados neste processo. Ele afirmou que seria necessário o comércio exterior retornar – assim como era antes das grandes guerras – ao estabelecimento de uma moeda neutra para as transações, que não tivesse a marca de nenhum país em particular, propondo assim que cada país tivesse sua soberania monetária.

Fontes:

BOBBIO, Norberto, MATTEUCCI, Nicola e PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. São Paulo. Editora UNB – Imprensa Oficial. 2004.

https://jus.com.br/artigos/76471/soberania-nacional-e-relacoes-internacionais

https://epoca.globo.com/guilherme-amado/de-gaulle-das-brigas-com-churchill-ao-discurso-em-radio-convocando-franceses-24538614

https://www.unigran.br/dourados/revista_juridica/ed_anteriores/32/artigos/artigo04.pdf

https://www.infoescola.com/politica/soberania-nacional/

XIV- REFLETINDO COM LINDOLIVO SOARES MOURA( * ) "ESCUTA ATIVA: CIÊNCIA E ARTE A SERVIÇO DA COMPREENSÃO E NÃO APENAS DA RAZÃO E DA PERSUASÃO"[Parte I]

 XIV-       REFLETINDO COM LINDOLIVO SOARES MOURA( * )

 

"ESCUTA ATIVA: CIÊNCIA E ARTE A SERVIÇO DA COMPREENSÃO E NÃO APENAS DA RAZÃO E DA PERSUASÃO"[Parte I]

 "A maioria dos problemas  de  comunicação  poderia   ser  resolvida  se escutássemos para compreender, e não  para  respon-der"[Thomas Gordon]

"Escuta ativa": muito provavelmente você já ouviu essa expressão uma ou mais vezes. Também deve ter se perguntado o que exatamente significa e caracteriza tal tipo de escuta. Quem sabe, terá interagido com vídeos nos quais especialistas de áreas diversas do conhecimento explicavam seu significado, citavam exemplos práticos do cotidiano, e chamavam a atenção para o alto potencial catalisador e conciliatório que tal tipo de escuta porta consigo. Sem escuta ativa diálogos, debates e discussões se tornam estéreis. Pior: podem se tornar cada vez mais acirrados, agravando vínculos e relacionamentos ao invés de melhorá-los e fortalecê-los. Isso contrasta com o fato de que possuímos dois ouvidos e apenas uma boca, portanto instrumentalmente mais capacitados para ouvir do que para falar. Ainda assim, de modo geral falamos muito, mais que o necessário. Contrariamente, ouvimos pouco; e, o que é ainda pior, ouvimos mal.

Antes de discorrer sobre alguns pontos que julgo poder contribuir para sua melhor compreensão do que seja escuta ativa, comecemos com um exemplo - público e notório - do que ela não é. Refiro-me ao tipo de "escuta" praticada pela maioria dos políticos, notadamente aquela que costuma invadir a cena em tempos de eleição. Trata-se de um tipo de escuta cujo principal objetivo é rebater, refutar, e, rarissimamente - existem sim, bons políticos - compreender. Ouve-se apenas o suficiente para o registro de pontos a serem contestados "à altura"; uma altura tão elevada, a ponto de incluir alguns adjetivos e palavrões pouco ou nada recomendáveis. A fala do interlocutor não reverbera, não repercute e não desperta interesse "ativo" em quem ouve. O tempo necessário para exercício da empatia e da compreensão cede lugar à elaboração estratégica do contraditório. Algo semelhante a uma partida de xadrez, em que cada jogador mal tem tempo suficiente para analisar a jogada do adversário, constrangido em exigir que a mente elabore em segundos a resposta a ser executada. Ao lado o relógio adverte freneticamente: "Tempus fugit..." - "o tempo é breve", seja rápido! Mexa-se! O xadrez é um autêntico simulacro de diálogo, levado a cabo por via de um monólogo a dois; nada mais que isso. As peças, sim, podem "dialogar" entre si; os jogadores, porém, não. Costumam passar o tempo todo sem trocar uma única palavra, um único olhar. Quando muito, início e fim, um frio, leve e breve aperto de mão. O xadrez é uma metáfora para vínculos e relações humanas, em que muito se fala sem dizer absolutamente nada, e pouco se ouve sem compreender menos ainda. A diferença entre a escuta dos políticos e a dos enxadristas é que, no primeiro caso, sequer costuma haver aperto de mão. Em casos mais acirrados, esse nobre gesto pode ceder lugar ao lançamento de cadeiras, celulares, e quaisquer objetos ao alcance da mão. Câmaras e Senados costumam ser especialistas nesse tipo de "lançamento", um exercício que nada tem a ver com olimpíada, diga-se de passagem.

Agora que com o exemplo da prática política você já sabe o que não é escuta ativa, com certeza reúne melhores condições para compreender o que ela seja. Definições e características podem variar de acordo com diferentes especialistas e diversificadas áreas do conhecimento. Via de regra, porém, esses pontos são convergentes e raramente divergem no essencial. Com base nesse pressuposto, propomos a seguir alguns pontos de reflexão sobre a escuta ativa, também chamada de escuta empática, profunda, compreensiva e outras denominações mais.

Qualquer que seja o prisma pelo qual se deseje refletir sobre o que seja escuta ativa, acreditamos que se deva partir sempre da seguinte pergunta ou indagação: para que ouvimos? Ou seja, com que finalidade ou com que intenção ouvimos? Alguns dirão que existe uma escuta direcionada à correção, outros, ao perdão, outros ainda, ao aprendizado, e assim por diante. Por fim alguns dirão que ouvimos pelo simples deleite proporcionado por uma boa prosa ou uma descontraída conversação. Poderíamos elencar uma série de outras finalidades que pressupõem a escuta intencional, prazerosa ou não, para que possam ser alcançadas. Um olhar mais atento, todavia, revelará que todas essas diferentes finalidades convergem - ou ao menos deveriam convergir - para uma única, que serve de fundamento para todas as demais: ouvimos para compreender. "Das ações humanas não se deve rir, lamentar ou condenar, e sim compreender". Essa clássica afirmação de Spinoza revela que a compreensão é a base de praticamente tudo na vida do ser humano. Tomemos um exemplo prático. A maioria dos casais declaram estar dispostos a perdoar quase tudo, menos... traição. Por traição, entenda-se aqui a infidelidade de natureza sexual.  "Deus perdoa sempre, o ser humano algumas vezes, a natureza nunca": já ouviu essa máxima alguma vez? Apesar do mandato divino relacionado ao perdão ser claro e taxativo, isto é, perdoar não apenas uma, nem sete, mas setenta vezes sete, expressão que no jargão bíblico significa "sempre", para muitos, traição nem pensar. Fica fora de cogitação. "Corro risco do inferno, mas não perdoo!", "não sou Deus para perdoar tudo": são expressões que você já deverá ter ouvido ou dito em algum momento ou situação. Se você faz parte desse grupo que ousa desafiar um mandato divino, sob pena de condenação eterna, encontrará boas razões para interagir com os parágrafos seguintes.

Por que Deus perdoa sempre e nós humanos não? Comecemos com Deus; acredite, mas é bem menos complicado. Deus perdoa sempre, e por essa razão a existência de um inferno é absolutamente contraditória - os defensores do castigo eterno com certeza já estarão elaborando pronta refutação - por duas razões principais: primeiro, mas não necessariamente nessa ordem, porque sua compreensão dos atos e das razões humanas é plena e absoluta, e segundo, porque seu amor é, por natureza, infinito e incondicional. Perceba que essas duas características - ou esses dois atributos, se preferir - são incompatíveis e inconciliáveis com a limitação e a imperfeição humana. Ser perfeito como Deus é uma meta inatingível, e quem quer que tenha inserido tal meta como parte do ensinamento de Jesus, com certeza terá prestado um grande desserviço à humanidade. Por sopro e inspiração do Espírito, com certeza não terá sido. Metas e objetivos reconhecidamente inalcançáveis tendem a produzir mais danos e prejuízos que benefícios e ganhos; o resto é racionalização. Conclui-se, daí, que nossa "indisposição" em perdoar certos danos e ofensas - um ato de traição, por exemplo - encontra-se plenamente justificada em virtude de nossa humana "inaptidão" em perdoar infinita e incondicionalmente? A resposta é: sim, e não. O próximo parágrafo busca esclarecer por que sim, por um lado, e por que não, por outro. O problema é que, caso essa primeira parte se alongue por demais, você certamente acabará desistindo de interagir com o restante da reflexão. Faço, portanto, uma pausa para o "coffee break", e a gente se reencontra na segunda parte, a ser compartilhada em breve. De acordo? Então, tudo bem.

( * ) Texto enviado pelo autor,de Vitória(ES) por Whatsapp

XV- SANTO AGOSTINHO E A PALAVRA DE DEUS

 

XV-       SANTO AGOSTINHO E A PALAVRA DE DEUS

O mês de setembro, para a Igreja do Brasil, é muito especial para todas as comunidades eclesiais missionárias. Já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”. Setembro foi escolhido peloRs Bispos do Brasil como o Mês da Bíblia em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30. A cada ano, um livro é meditado, rezado e estudado, auxiliando cada cristão a se aproximar da palavra de Deus, “que é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração. Não há criatura que possa ocultar-se diante dela” (Hebreus 4, 12-13).

Santo Agostinho, em sua vida, foi um daqueles que experimentou a força e o sustento da palavra de Deus. Em seu processo de conversão, ele relata em suas Confissões: “O que sei, Senhor, sem sombra de dúvida, é que te amo. Feriste meu coração com tua palavra, e te amei” (Confissões X, 7, 8). Os primeiros encontros de Agostinho com a Escritura em sua infância deram-se pelas leituras ouvidas certamente na igreja ou nas proximidades. Foi após o despertar provocado pelo Hortensius, de Cícero, quando estava com 18 anos, que leu, pela primeira vez, o texto da Escritura, como narra nas Confissões (cf. Confissões III, 5, 9). “Essa leitura, que se reduziu, evidentemente, a uma parte dessa biblioteca que é a Bíblia, não teve resultado positivo, por motivos estilísticos: versado na eloquência clássica, considerou inconveniente o estilo bíblico” (O’Donnell, 2019, p.184). Porém, lendo novamente ao menos alguns textos bíblicos, pouco depois caiu na seita dos maniqueus, com os quais precisou ler e ouvir vários textos conhecidos das Escrituras, mas inseridos num contexto diferente, ao lado dos escritos dos maniqueus. Entre as leituras que esses faziam da Escritura, o que mais afetou Agostinho foi o ataque dos maniqueus ao antropomorfismo e à suposta imoralidade dos patriarcas do Primeiro Testamento.

A partir desse ponto, o relato da conversão de Agostinho é uma narração de sua aproximação progressiva e de sua apreciação cristã sucessiva da Escritura. O estudo da Escritura e de outros textos tornou indefensáveis as posições maniqueias. O ouvir a pregação de Ambrósio e o exemplo de sua leitura silenciosa e atenta da Escritura tornaram possível para Agostinho compreender como uma interpretação plausível da Escritura pudesse estar de acordo com suas raízes socioculturais e as relativas expectativas. Assim, Agostinho apresenta o momento decisivo de sua conversão como um ato de leitura da Escritura e de aplicação literal daquela prescrição moral a si mesmo. Retirou-se em Cassicíaco naquele mesmo inverno, a fim de ler a Escritura (levando em consideração a recomendação de Ambrósio de ler o profeta Isaías), mas os registros daquele inverno são mais de natureza filosófica do que escriturística. Entretanto, nos anos seguintes, antes de sua ordenação em Hipona, sua atenção voltou-se a textos específicos da Escritura - particularmente o Gênesis - para refutar os maniqueus.

Antes de sua ordenação presbiteral, em Hipona, em 391, “escreveu a seu bispo, Valério, a fim de pedir-lhe tempo para dedicar-se ao estudo da Escritura” (O’Donnell, 2019, p.185). Essa referência remete a um processo de formação como autodidata em Escritura, que para nós, enquanto processo, é oculto, mas, enquanto resultado, é ineludível. A partir de seus primeiros escritos como presbítero, sua obra está cheia de referências, ecos e citações da Escritura. Agostinho começa a mostrar fascínio pelos Salmos, que o acompanharão pelo resto de sua vida. Enquanto presbítero, começou a confrontar-se com problemas de interpretação paulina, e é sabido que, “em meados dos anos 90 do IV século, chegou a um ponto em que tal estudo o levou a uma visão completamente nova de Paulo, que influenciará sua teologia pelo resto de sua vida” (O’Donnell, 2019, p.185). Isso não quer dizer que seu interesse pelo Gênesis e pelos Salmos diminuirá. Nos anos seguintes, seu interesse exegético principal direcionar-se-á para a obra de São João, tanto para o Evangelho como para a primeira epístola, que se tornaram objeto de longas discussões, resultando em obras e escritos.

Santo Agostinho é tido até hoje como referência para o estudo da teologia bíblica. Esse talento para a interpretação da Bíblia e para sua sistematização pode ser nitidamente observado em suas diversas obras de comentários bíblicos e em seus numerosos sermões. Uma dessas obras de comentários bíblicos, que também serviu de inspiração para a atuação política de pessoas como Dietrich Bonhoeffer[1] e Martin Luther King Jr.,[2] é a obra Sobre o Sermão do Senhor na Montanha. Nessa obra, Santo Agostinho faz uma explanação do famoso sermão de Jesus Cristo no monte (Evangelho de São Mateus, capítulos 5 a 7), que é considerado por muitos o lugar onde se concentra a primeira exposição da ética cristã. Agostinho considera a Bíblia como a expressão imediata da vontade e da inteligência de Deus. A Escritura não é um livro de história, e sim uma oferta divina que é proporcionada ao homem de fé para revelar-lhe o que Deus lhe pede em cada momento e o que é que tem de fazer para agradá-Lo. É a carta que Deus escreveu aos homens: “Daquela cidade, de onde estamos ausentes como peregrinos, chegaram-nos cartas. São as Escrituras, que nos exortam a viver bem” (Comentários aos salmos 90,2,1). O que faz ao enviar suas cartas é fazer crescer em nós o desejo da pátria, de voltar ao nosso autêntico lar.

Bíblia nasceu da vontade de o povo ser fiel a Deus e a si mesmo. Nasceu da preocupação de transmitir aos outros e a nós essa fidelidade. A Bíblia é, portanto, humana e divina tanto por sua origem como por seu conteúdo: “É um homem que fala de Deus, Deus o inspira, é verdade, mas não deixava de ser um homem. A inspiração o fez dizer algo. Sem ela, teria emudecido inteiramente. Porque um homem recebeu a inspiração, não disse tudo o que o mistério é, mas o homem pode dizer” (Tratado sobre o Evangelho de São João 1,1).

Ler a Escritura é entrar na intimidade da relação de Deus com um povo que nos deixou por escrito o que temos de fazer para que nossa vida seja continuamente conectada com Ele. “Agostinho fez da Escritura o alimento de sua vida cotidiana, e foi capaz de distribuí-la também como pão ao seu povo” (SIERRA RUBIO, 2003, p.8). Como nos ensina o Concílio Vaticano II, “[...] é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21).

Frei Caio Filipe de Lima Pereira, OSA

-Texto publicado na coluna Theos do Jornal Inquietude On-line, de setembro de 2023.


REFERÊNCIAS

[1] Cf. BONHOEFFER, Dietrich. Ética. 7 ed. São Leopoldo: Ed. Sinodal, 2005.

[2] Clayborne Carson (org.). A autobiografia de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2014, p. 88-89. Tradução: Carlos Alberto Medeiros.

AGOSTINHO, Santo. Comentário ao Evangelho e ao Apocalipse de São João. Tomo 1. São Paulo: Cultor de Livros, 2017.

AGOSTINHO, Santo. Comentário aos Salmos: salmos 51-100. Vol. 9/2. São Paulo: Paulus, 2014.

AGOSTINHO, Santo. Confissões. 17.ed. Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 2004.

BÍBLIA SAGRADA. Tradução oficial da CNBB. 3.ed. Brasília: Edições CNBB, 2019.

BONHOEFFER, Dietrich. Ética. 7 ed. São Leopoldo: Ed. Sinodal, 2005.

CLAYBORNE, Carson (org.). A Autobiografia de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2014, p. 88-89. Tradução: Carlos Alberto Medeiros.

CONCÍLIO VATICANO II. Constituição Dogmática Dei VerbumIn: Documentos do Concílio Vaticano II: constituições, decretos, declarações. Petrópolis: Vozes, 1966.

O’DONNELL, James J. Bíblia. In: FITZGERALD, Allan D, OSA (org.). Agostinho através dos tempos: uma enciclopédia. São Paulo: Paulus, 2018. p.183-186.

SIERRA RUBIO, Santiago, OSA. A Bíblia: O Manjar de Deus. Col. Cadernos de Espiritualidade Agostiniana (7), FABRA. São Paulo, 2003.

https://agostinianos.org.br/artigo/santo-agostinho-e-a-palavra-de-deus/