sexta-feira, 21 de junho de 2024

02- Liturgia do 12.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

 

 

012- Liturgia do 12.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Deus preocupa-se com os dramas dos homens? Onde está Ele nos momentos de sofrimento e de dificuldade que enfrentamos ao longo da nossa vida? A liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum diz-nos que, ao longo da sua caminhada pela terra, o homem não está perdido, sozinho, abandonado à sua sorte; mas Deus caminha ao seu lado, cuidando dele com amor de pai e oferecendo-lhe a cada passo a vida e a salvação.


- Quero lembrar aqui algumas palavras do Papa Francisco em sua oração "solitária" em 27 de março de 2020, rezando pelo fim da pandemia: ""Ao entardecer…" (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades... À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada... Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados "vamos perecer" (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos".

 - "Rever-nos nesta narrativa é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro... E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus dormindo). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: "Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" (4, 40)".

- "Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N'Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: "Mestre, não Te importas que pereçamos?" (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: "Não te importas de mim". É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De fato, uma vez invocado, Ele salva os seus discípulos desalentados". - Na nossa vida, as tempestades são inevitáveis. Elas não são sempre consequências de nossas desobediências à vontade de Deus. Portanto, nem sempre a gente deve perguntar o porquê. Jesus mesmo disse que no mundo teríamos tribulações (Jo 16,33). Jó, que aparece na primeira leitura, foi um homem provado por muitos sofrimentos... Assim também foi Daniel, Paulo, Jeremias, Moisés etc. Você e eu, que somos cristãos, também vamos passar por aflições.

 - O objetivo de Marcos, com essa passagem, era convocar a comunidade para ter fé em Jesus Ressuscitado. Só Ele é capaz de dominar o caos e de vencer as potências infernais (mar e vento) que ameaçam as comunidades. Ele está vivo e atuante. A Igreja aqui é representada pela imagem do barco. Às vezes, pensamos que Jesus dorme e não age diante de tanto sofrimento e tantas perdas. Confiemos e acreditemos que Ele participa das nossas dores e de nossas angústias. Ele deixa que aprendamos a enxergá-Lo com os olhos da fé e não ficar esperando por milagres extraordinários. Se confiarmos e fizermos nossa parte, Ele nos conduzirá e chegaremos, ao outro lado do mar, sãos e salvos. Diante das tempestades não desanimemos, não tenhamos medo de continuar nossa missão de anunciar o Reino de Deus.

- Quem é este que até o mar e o vento obedecem? Essa é a pergunta central do Evangelho que tem 16 capítulos. No capítulo 8 - bem no centro - teremos a resposta: " Tu és o Cristo" (8,29).

- Quais são as forças e desafios que ameaçam hoje a nossa Comunidade?

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2024/05/23_06_24.pdf

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