sábado, 15 de junho de 2024

01- Liturgia do 11.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

 

01-    Liturgia do 11.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

A liturgia do 11º Domingo do Tempo Comum convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança. Deus, fiel ao seu plano de salvação, continua, hoje como sempre, a conduzir a história humana para uma meta de vida plena e de felicidade sem fim.


- Celebramos a Páscoa semanal. Necessitamos da graça do Senhor para vivermos conforme a sua vontade e trilharmos os seus caminhos. Na alegria e na esperança de um mundo novo somos testemunhas do Ressuscitado. A Liturgia desse domingo nos oferece a oportunidade de refletir sobre a vida e a ação da Igreja de hoje. A Palavra Sagrada afirma que o Reino não é obra dos homens, mas de Deus. A Comunidade cristã deve ter confiança total na ação divina.

 - Hoje, as leituras nos ajudam a compreender a presença de Deus entre nós por meio das pequenas manifestações. Para entrarmos no Reino, é necessário escuta atenta da Palavra.

- O Evangelho nos mostra a manifestação do mistério do Reino. Ele foi revelado aos discípulos de Jesus e à multidão. Já no início da parábola torna-se visível o seu crescimento. No seu tempo, Deus mesmo fará a colheita. Em nosso tempo, contribuímos lançando sementes.

- A parábola também nos revela a resposta de Jesus diante dos desafios enfrentados por Ele e seus discípulos. Mostra-nos que em meio às oposições, perseguições e resistências, é preciso continuar semeando. Foi isso que Jesus fez. O mesmo deve ser feito por todos os cristãos. Contudo, entendamos que a construção do Reino de Deus, não pode ser feita de forma apressada. Também não chegará a nós de forma pronta. É necessário deixar que o Espírito de Deus aja na vida e na história. Na experiência de comunidade é preciso evitar burocracias e estruturas fechadas e pesadas. Elas atrapalham o crescimento da semente do Reino.

 - Ainda podemos refletir que a Parábola da semente fixa o ritmo de crescimento do Reino de Deus: o processo é lento. O semeador semeia e aguarda com paciência. A semente vai germinando e crescendo lentamente, mesmo sem a participação do lavrador. A força vital de Deus age, garantindo o sucesso da colheita, da missão. Os frutos não dependem de quem semeou, mas da força da semente. O crescimento do Reino depende da ação gratuita de Deus.

 - O grão de mostarda destaca o grandioso resultado da ação de Deus. A proposta do Reino, uma semente pequena e insignificante no começo, torna-se proposta universal, aberta a todas as nações e povos, que vão aderindo ao projeto de Deus, semeado por Jesus. Assim, o Reino de Deus é uma árvore frondosa, ampla e acolhedora. As parábolas evocam a força da Palavra de Deus na vida e na ação da Igreja.

- Na primeira leitura o profeta Ezequiel é deportado para a Babilônia e enfrenta o peso da opressão. De sacerdote do Templo, transforma-se em agricultor e profeta. Leva ao povo exilado esperança e ânimo. Apresenta Deus como agricultor. Anuncia que Ele tira um galho da copa do cedro e o planta sobre o monte onde está o Templo de Jerusalém. Mostra que é Deus mesmo quem o fará crescer. O futuro está em suas mãos: faz a “árvore” elevada abaixar-se, eleva a que foi rejeitada e torna verde tudo que está seco.

 - No salmo 91(92) encontramos a ação de graças ao nome do Senhor Altíssimo, pela fidelidade de seu amor e sua justiça para com todos. É o reconhecimento de que Deus se manifesta em todas as coisas por Ele criadas para seus filhos e filhas

. - A segunda leitura nos mostra que a história em que vivemos é comparável ao exílio: caminhamos na fé rumo ao Reino de Deus definitivo. Habitar junto ao Senhor será a recompensa para quem tiver realizado as boas obras. Devemos nos colocar a caminho, rumo à pátria definitiva.

 - Peçamos ao Senhor, a graça de vivermos em sua presença. Caminhamos na certeza de que a Palavra de Deus nos alerta para os perigos de um reino ostensivo, de uma religião triunfalista, que se anuncia com ufanismo, grandeza visível e numérica. Ela nos convida à missão e ao serviço na comunidade. Cresceremos a partir do que é pequeno e até invisível ao mundo.

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