quinta-feira, 13 de julho de 2023

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA....

 

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

A Palavra proclamada possui uma eficácia que lhe é própria, pois vem de Deus. Diante dela, devemos abrir nosso coração, acolher o que nos sugere e transformar suas inspirações em gestos concretos. Cada um recebe o convite de Deus para ser "terra boa e produzir frutos" e livremente responderá a seu tempo. Agradeçamos a Deus por todos os evangelizadores que, com generosidade, alegria e perseverança, anunciam a Palavra de Deus em todos os momentos, lugares e situações enfrentando os desafios do tempo presente.

Que o nosso coração seja fecundo

 Por Eliana Alvarenga

 “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino.”

A Liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum (Ano A) nos convida a refletir sobre a importância e a centralidade da Palavra de Deus na vida daqueles que creem.

A passagem da Primeira Leitura (Is 55,10-11) é um pequeno trecho do “Livro da Consolação”, e retrata a fase final do exílio (anos 550-540 a.C.).

O Povo de Deus encontra-se farto de belas palavras e promessas de libertação, que tardam em se realizar, e com isto a impaciência, a dúvida e o ceticismo enfraquecem a resistência dos exilados.

O Profeta, para evidenciar a eficácia da Palavra de Deus, utiliza o exemplo da chuva e da neve que, vindas do céu, tornam fecunda a terra, multiplicando a vida nos campos.

Uma imagem muito sugestiva, considerando que os judeus exilados na Babilônia devem se lembrar da chuva que cai no norte de Israel e da neve no monte Hermon. A água alimenta o rio Jordão, correndo por todo Israel, e por onde passa gera vida e fecundidade.

A mensagem que se comunica é de que a Palavra de Deus não falha, pois indica sempre caminhos de vida plena, verdadeira, expressa na liberdade e paz sem fim, não necessariamente segundo a lógica do tempo dos homens, dos seus desejos, projetos, interesses e critérios.

É necessário que se aprenda e respeite o ritmo e o tempo de Deus. E também, a eficácia da Palavra divina não dispensa compromissos e indica os caminhos que devem ser percorridos, renovando o ânimo para a intervenção no mundo. A Palavra divina não adormece a ação humana, mas impele para a transformação e renovação do mundo.

Com a passagem da Segunda Leitura (Rm 8,18-23), continuamos a refletir sobre a vida segundo o Espírito, que consiste em deixar-se conduzir pela Palavra de Deus, e isto só é possível quando se acolhe a salvação como dom de Deus, que nos é alcançada por meio de Jesus Cristo, na ação do Espírito, que é derramado sobre todos os que aderem ao Seu Projeto e fazem parte de Sua comunidade.

A vida segundo o espírito consiste também em viver atentamente na escuta da Palavra de Deus, em plena obediência ao Projeto que Ele tem para nós, com renúncia ao egoísmo, aos interesses mesquinhos, ao comodismo, ao orgulho. É um caminho de doação da própria vida a Deus e aos outros.

A vida segundo o Espírito implica em maturidade para viver os sofrimentos, as renúncias, as dificuldades, que nada representam se comparadas com a felicidade sem fim que aqueles que creem encontrarão no fim do caminho.

A vida segundo a carne é, por sua vez, marcada por uma vida onde impera o egoísmo, o orgulho e a autossuficiência, que conduz ao pecado, à morte, à infelicidade total.

Viver consiste em saber fazer escolhas: viver segundo a carne, ou viver segundo o Espírito. Sendo pelo Espírito, pautar a vida pela Palavra divina e por ela ser conduzido.

Na proclamação do Evangelho (Mt 13,1-23), em que nos apresenta a Parábola do semeador, somos convidados a refletir sobre o modo como acolhemos a Palavra de Deus, e como comunicamos a Boa-Nova do Reino, que jamais pode ser interrompida, e que aos poucos vai revelando seu esplendor e fecundidade, a vida que Deus quer para a humanidade.

Neste capítulo, encontramos sete Parábolas de Jesus: do semeador; do grão de mostarda; do fermento; do trigo e do joio; do tesouro escondido; da pérola valiosa e da rede.

A linguagem em forma de Parábolas mexe com os ouvintes, arma controvérsia, e é um método pedagógico de reflexão em busca da verdade.

O Evangelista Mateus tem como sua preocupação a vida da comunidade, de modo que nas sete Parábolas, e na interpretação das mesmas, apresenta Jesus como o Pastor que exorta, anima, ensina e fortalece a fé dos que creem.

Celebrando mais um domingo do Tempo Comum, sejamos fortalecidos em nosso itinerário de fé, trilhando caminhos, ainda que difíceis e desafiadores, mas sempre iluminados pela Palavra Divina proclamada, acolhida, meditada, partilhada, celebrada e testemunhada.

Que nos empenhemos para que a Palavra caia num chão fértil, que deve ser nosso coração, para que produza os frutos por Deus esperados: justiça, paz, amor, alegria, felicidade…

A Palavra de Deus é eficaz; é preciso que tornemos nosso coração mais fecundo, em séria e atenta escuta e vivência desta Palavra.

Também, que nutridos pela força da Eucaristia, inebriados pelo Vinho Novo, a nós oferecidos no Cálice da Salvação, sejamos cada vez mais comprometidos com a mesa de nossos irmãos no quotidiano, até que sejamos merecedores de ser partícipes do Banquete Eterno, na glória da eternidade. Amém.

 

 http://peotacilio.blogspot.com/2020/07/que-o-nosso-coracao-seja-fecundo-xvdtca.html

01- Liturgia do 15.º Domingo do Tempo Comum – Ano A

A liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum convida-nos a tomar consciência da importância da Palavra de Deus e da centralidade que ela deve assumir na vida dos crentes.
A primeira leitura garante-nos que a Palavra de Deus é verdadeiramente fecunda e criadora de vida. Ela dá-nos esperança, indica-nos os caminhos que devemos percorrer e dá-nos o ânimo para intervirmos no mundo. É sempre eficaz e produz sempre efeito, embora não atue sempre de acordo com os nossos interesses e critérios.
O Evangelho propõe-nos, em primeiro lugar, uma reflexão sobre a forma como acolhemos a Palavra e exorta-nos a ser uma “boa terra”, disponível para escutar as propostas de Jesus, para as acolher e para deixar que elas dêem abundantes frutos na nossa vida de cada dia. Garante-nos também que o “Reino” proposto por Jesus será uma realidade imparável, onde se manifestará em todo o seu esplendor e fecundidade a vida de Deus.


A segunda leitura apresenta uma temática (a solidariedade entre o homem e o resto da criação) que, à primeira vista, não está relacionada com o tema deste domingo – a Palavra de Deus. Podemos, no entanto, dizer que a Palavra de Deus é que fornece os critérios para que o homem possa viver “segundo o Espírito” e para que ele possa construir o “novo céu e a nova terra” com que sonhamos.

https://www.dehonianos.org/portal/15o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/

Para que Jesus veio ao mundo

Começa a terceira parte do Evangelho Segundo Mateus. É o chamado “terceiro livro” de Mateus. Após ter anunciado a NOVA LEI ao povo de Deus (Mt 5 – 7) e de tê-lo enviado em missão. Jesus anuncia por que e para que veio ao mundo. No capítulo 13 do seu Evangelho, Mateus apresenta-nos sete parábolas, através das quais Jesus revela aos discípulos a realidade do “Reino”: são as “parábolas do Reino”. A “parábola” é uma imagem ou comparação, através da qual se ilustra uma determinada mensagem ou ensinamento.

A passagem evangélica deste domingo começa com uma imagem significativa, a de Jesus mestre que, sentado numa barca – símbolo da comunidade cristã –, ensina a multidão. Em seguida, a figura de Jesus ensinando se confunde com seu próprio ensinamento: ele é o SEMEADOR que saiu a semear e que, depois de muitas peripécias da palavra/semente, consegue ter êxito em sua tarefa e colher frutos. O Evangelho se conclui com um diálogo de Jesus com os discípulos para explicar por que nem todos conseguem compreender e ter acesso a esta palavra.

Jesus não falou somente para as pessoas que o acolhiam e se convertiam. Comunicou-se com gente aberta e gente fechada, colocou sua semente em terreno fértil e em terreno que não apresentava boas condições para o plantio. Há uma atitude de absoluta gratuidade e abertura da parte de Jesus, uma decisão de amor. Jesus abre o anúncio para todos, mas não força ninguém. E se alguém não acolhe a sua Palavra, não cria vínculo com Deus.

No centro do anúncio de Jesus está a própria Palavra de Deus, compreendida mais como um ACONTECIMENTO NA VIDA das pessoas do que como uma mensagem ou uma doutrina. Como acontecimento, a Palavra pede posições, espera reações, gera outros acontecimentos e outras palavras.

liturgia dominical, como lugar de escuta da Palavra de Deus, pede de nós a mesma atitude dos discípulos de viver o HOJE DE DEUS e de poder participar de um acontecimento que muitas pessoas desejariam. Escutar a Palavra de Deus e fazê-la frutificar torna-se, assim, um momento de graça e de salvação.

Semear

Ao terminar o relato da parábola do semeador, Jesus faz esta chamada: «Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!». Pede-nos que prestemos muita atenção à parábola. Mas, em que temos de refletir? No semeador? Na semente? Nos diferentes terrenos?

Tradicionalmente, os cristãos têm se fixado quase exclusivamente nos terrenos em que cai a semente, para rever qual é a nossa atitude ao escutar o Evangelho. No entanto é importante prestar também atenção ao semeador e ao seu modo de semear.

É a primeira coisa que diz o relato: «Saiu o semeador a semear». Age com uma confiança surpreendente. Semeia de forma abundante. A semente cai e cai por todas as partes, inclusive onde parece difícil que possa germinar.

Às pessoas não lhes é difícil identificar o semeador. Assim semeia Jesus a sua mensagem. Veem-no sair todas as manhãs anunciando a Boa Nova de Deus. Semeia a Sua Palavra entre as pessoas simples, que a acolhem, e também entre os escribas e fariseus, que a rejeitam. Nunca se desalenta. A Sua sementeira não será estéril.

Sobrecarregados por uma forte crise religiosa, podemos pensar que o Evangelho perdeu a sua força original e que a mensagem de Jesus já não tem garra para atrair a atenção do homem ou da mulher de hoje. Certamente, não é o momento de «colher» êxitos chamativos, mas de aprender a semear sem nos desalentarmos, com mais humildade e verdade.

Não é o Evangelho o que perdeu força humanizadora; somos nós os que o estamos anunciando com uma fé débil e vacilante. Não é Jesus o que perdeu poder de atração. Somos nós os que o desvirtuamos com as nossas incoerências e contradições.

Papa Francisco diz que, quando um cristão não vive uma adesão forte a Jesus, «depressa perde o entusiasmo e deixa de estar seguro do que transmite, falta-lhe força e paixão. E uma pessoa que não está convencida, entusiasmada, segura, apaixonada, não convence ninguém».

Evangelizar não é propagar uma doutrina, mas tornar presente no meio da sociedade e no coração das pessoas a força humanizadora e salvadora de Jesus. E isto não se pode fazer de qualquer forma. O mais decisivo não é o número de pregadores, catequistas e professores de religião, mas a qualidade evangélica que nós cristãos podemos irradiar: o que contagiamos? Indiferença ou fé convicta? Mediocridade ou paixão por uma vida mais humana?

Fontes: GUIMARÃES, Marcelo; CARPANEDO, Penha. Dia do Senhor: guia para as celebrações das comunidades. Tempo Comum – Ano A. São Paulo: Apostolado Litúrgico, Paulinas. 2001, págs. 154-155; MUSICALITURGICA.COM – Homilías de José A. Pagola 

https://padretelmojosefigueiredo.blogspot.com/2017/07/15-domingo-do-tempo-comum-ano-homilia.html

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