quinta-feira, 13 de julho de 2023

REFLEXÃO DOMINICAL II - A palavra sempre tem muita força.

 

 

REFLEXÃO DOMINICAL II

- A palavra sempre tem muita força.

Pensemos agora nas vezes que ouvimos um "eu te amo" ou "eu confio em você". Pensemos também nas vezes que ouvimos " você não serve pra nada", "você não presta". A palavra pode acordar forças interiores que levam para o bem ou fazer surgir sentimentos de agressividade e destruição. Pois bem, se a nossa palavra tem essa força, imagine então a Palavra de Deus! É disso que fala a primeira leitura. A Palavra de Deus é viva, não é palavra morta. Ela é como uma chuva que purifica, renova e traz vida. Produz compaixão, amor, compromisso, solidariedade, justiça e paz.

- Ao lermos a segunda leitura que fala do grito da natureza não tem como não lembrar de duas cartas do Papa Francisco que nos lembram da criação: Laudato si' e Querida Amazônia. Nelas, o Papa nos convida a rever a nossa vida. Cuidar dos irmãos como o Senhor cuida de nós, reitera, "é a primeira ecologia que precisamos". Cuidar do meio ambiente e cuidar dos pobres são "inseparáveis". Francisco propõe uma ecologia integral. Os dois parágrafos abaixo são do Cardeal Cláudio Hummes.

- "Porém, o mais importante em nossa fé cristã, relativo à terra, é que o Filho de Deus se fez homem para nos salvar da morte e de todos os males. Fez-se homem e tomou o nome de Jesus. O corpo de Jesus, como qualquer corpo humano, é feito dos elementos da terra. Assim, Deus se uniu definitivamente e de modo radical com nosso planeta. Este corpo de Jesus morreu na cruz e depois ressuscitou glorioso e vencedor e está definitivamente junto de Deus. Ora, nesta morte e ressurreição gloriosa a terra toda, presente no corpo de Cristo, toma parte. Assim, há em Cristo uma nova criação e no final dos tempos todo o universo criado de alguma forma misteriosa participará do Reino definitivo de Deus, como nova criação".

- "A dimensão ética de que fala o Papa na Laudato si' tem a ver com nossa responsabilidade para com os pobres e para com as futuras gerações. A devastação e a degradação da terra atingem em primeiro lugar os pobres, que terão cada vez menos acesso à água segura e à terra para cultivar. O grito dos pobres e o grito da terra, diz o Papa, é o mesmo grito".

- A parábola do semeador renova em nós o compromisso de cultivar as sementes que Deus plantou em nossas vidas através de Jesus Cristo e o desejo de empenhar-nos na tarefa da evangelização. Não se pode escolher o terreno (bom e fértil, pedregoso, cheio de espinhos, duro ou batido). Importa semear.

- O Papa Francisco diz: "A Palavra possui, em si mesma, uma tal potencialidade, que não a podemos prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra, cresce por si mesma, inclusive quando o agricultor dorme. A Igreja deve aceitar esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob formas tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões e quebrando os nossos esquemas" (EG 22). Isso tudo nos enche de esperança. Ele continua: "Acredita- mos no Evangelho que diz que o Reino de Deus já está presente no mundo, e vai-se desenvolvendo aqui e além de várias maneiras: como a pequena semente que pode chegar a transformar-se numa grande árvore (cf. Mt 13,31-32), como o punhado de fermento que leveda uma grande massa (cf. Mt 13,33), e como a boa semente que cresce no meio do joio (cf.Mt 13,24-30) e sempre nos pode surpreender positivamente: ei-la que aparece, vem outra vez, luta para florescer de novo. A ressurreição de Cristo produz por toda a parte rebentos deste mundo novo

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