sábado, 21 de maio de 2022

REFLEXÃO DOMINICAL II

O RESSUSCITADO ESTÁ SEMPRE AO NOSSO LADO

- Na liturgia deste domingo sobressai a promessa de Jesus de acompanhar de forma permanente a caminhada da sua comunidade em marcha pela história: não estamos sozinhos, o Ressuscitado está sempre ao nosso lado.

- A primeira leitura nos apresenta a Igreja de Jesus sendo confrontada com os desafios dos novos tempos. O crescente número de gentios convertidos que estão ingressando na comunidade cristã exige a reflexão de uma questão essencial: deve-se impor aos crentes de origem pagã a prática da Lei de Moisés? Não se trata de um problema acidental ou secundário, de uma medida disciplinar ou de puros costumes, mas de algo tão fundamental como saber se a salvação vem através da circuncisão e da observância da "Torah" judaica, ou única e exclusivamente por Cristo. Em outras palavras: Jesus Cristo é o único Senhor e salvador, ou são precisas outras coisas além d'Ele para chegar a Deus e para receber d'Ele a graça da salvação? Animados pelo Espírito, os cristãos aprendem a discernir o que realmente é essencial e atualizam a proposta central do Evangelho, de forma que a mensagem libertadora de Jesus possa ser acolhida por todos os povos.

- A segunda leitura nos apresenta a meta final da caminhada da Igreja: a Jerusalém celeste, essa cidade nova da comunhão com Deus, da vida plena, da felicidade total. Falar de Jerusalém é falar do lugar onde acontecerá a salvação plena, o lugar do encontro definitivo entre Deus e o seu Povo. Na apresentação desta nova Jerusalém, domina o número doze: na base da muralha há doze reforços salientes e neles os doze nomes dos Apóstolos do Cordeiro; a cidade tem doze portas nas quais estão gravados os nomes das doze tribos de Israel; há doze anjos junto às portas. O número doze indica a totalidade do Povo de Deus, do Antigo e Novo Testamento, conduzido à vida plena pela ação salvadora e libertadora de Cristo.

- No Evangelho, Jesus explica aos discípulos como é que essa comunidade, recém-fundada manterá, após sua partida, a comunhão com Ele e o Pai. Assim, Jesus reafirma a sua presença e a sua assistência através do Paráclito - o Espírito Santo. Nos versículos anteriores Jesus se apresentou como "o caminho" (Jo 14,6) e convidou os discípulos a percorrerem esse mesmo "caminho" (Jo 14,4-5). O que isso significa? Enquanto Ele esteve no mundo, percorreu um caminho fazendo o bem. É nesse mesmo caminho que o homem se realiza.

- Nossa comunidade precisa fazer essa mesma trajetória amando Jesus e guardando sua palavra. Viver nesta dinâmica é estar continuamente em comunhão com o Filho e o Pai. Percorrer esse caminho é alcançar a plena maturidade do Homem Novo, aquele que desenvolveu todas as suas potencialidades e é recriado para a vida definitiva. O final desse caminho é o amor radical, a solidariedade total. Os discípulos estão inquietos e desconcertados com a nova dinâmica do Reino. Para vivê-la é preciso receber de Cristo a força para se doar no dia a dia.

http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2022/04/22_05_22.pdf

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