sábado, 14 de maio de 2022

REZAR EM FAMÍLIA

Como a espiritualidade mariana deve ser vivida em família?

Angela Abdo (*)


Num mundo tão complexo como o atual, precisamos entender o que é a espiritualidade e o porquê dela ser importante, antes de contextualizar esse tema na família. A Bíblia nos ensina que espiritualidade é fazer a vontade de Deus, deixando ser guiado pelo Espirito Santo e moldando o seu jeito de ser de acordo com a Palavra de Deus. Sabemos que o homem físico não aceita as moções do Espirito, responde com a carne às situações cotidianas, esquecendo que foram criados à imagem de Deus, portanto podem ser espirituais. Quando usam as capacidades herdadas de Deus para desenvolver a espiritualidade, pode ter visão e acesso à vida eterna e à paz que acalma o coração e permite ser felizes na terra.

Para desenvolver a espiritualidade, é necessário, primeiro, aprender a obedecer aos mandamentos de Deus, depois, orar pedindo ajuda para conseguir alcançar sabedoria para lidar com os desafios diários e buscar amigos espirituais que contribuem para aumentar a vida espiritual. Quando esses amigos são partes da família, a alma vai sendo trabalhada, desde o ventre materno, a ter consciência de sua necessidade espiritual, de encontrar a realização em Cristo, desfrutar os frutos do espírito (amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fé, brandura, autodomínio), manter a paz e união e acreditar que a meta é céu.

Foto Ilustrativa: djedzura by Getty Images


Como a espiritualidade mariana ajuda a família?

Diante desses desafios, a espiritualidade mariana pode ajudar as famílias a serem felizes, porque a piedade de Maria está fundamentada na fé, com o sustento na esperança e vivenciada na caridade da rotina do cotidiano. A família que aprende a rezar com Maria, consegue modelar o verdadeiro seguimento de Jesus e edificar o lar no amor e serviço ao reino de Deus. Existem várias portas para se chegar a Deus, mas Maria nos ensina um caminho que nos leva a um encontro pessoal com Cristo por meio da oração. Quando os filhos vivenciam o testemunho de pais orantes, a família consegue ter forças para buscar permanecer em Deus.

Segundo o Papa Francisco, uma comunhão familiar bem vivida, propicia um caminho que vai além da santificação, porque leva a um crescimento místico e a uma união íntima com Deus. Porque, no cotidiano, as exigências da vida comunitária são oportunidades para abrir o coração às relações fraternas com os outros e com Deus. Reforçando que, família concentrada em Cristo tem sua existência iluminada e comunhão com Ele, ajudando as pessoas a suportarem melhor os sofrimentos provocados pelos problemas do mundo.

Devoção mariana

A devoção mariana faz parte da cultura do nosso povo venerada por vários títulos, mas que sempre deve apontar para uma espiritualidade verdadeiramente cristã, guiada pelo Espírito Santo e que nos leve ao seguimento à pessoa de Jesus Cristo. Pelas passagens bíblicas, constamos que Maria foi dócil à ação de Deus e como exerceu seu papel no plano da salvação na pequena família de Nazaré. Desde a Anunciação, acolheu a vontade de Deus, não como Rainha, mas como Serva que obedece.

Em nossas famílias, precisamos retomar a obediência filial, muitas vezes, perdida por um excesso de valorização das vontades dos filhos, que geram pessoas egocêntricas e com dificuldades de servir o outro. Maria ensina que, apesar de ter seus problemas, Ela vai ao encontro da sua prima Isabel para ajudá-la. Nas bodas de Caná, percebe que o vinho acabou, mostrando que, como família, as pessoas precisam ser sensíveis às necessidades dos outros, Ela sabe que não pode resolver o problema sozinha, mas conhece a missão e o poder do seu Filho e tem a coragem de interceder pelos noivos. A família precisa redescobrir a importância de convidar Jesus e Maria para participarem das suas refeições, sejam materiais ou espirituais, porque, diante das dificuldades, poderão contar com apoio amoroso da Mãe e a presença d’Aquele que tudo pode, essa fé sustenta a caminhada familiar e disponibilidade de interceder pela dificuldade dos outros.

Num mundo tão complexo como o atual, precisamos entender o que é a espiritualidade e o porquê dela ser importante, antes de contextualizar esse tema na família. A Bíblia nos ensina que espiritualidade é fazer a vontade de Deus, deixando ser guiado pelo Espirito Santo e moldando o seu jeito de ser de acordo com a Palavra de Deus. Sabemos que o homem físico não aceita as moções do Espirito, responde com a carne às situações cotidianas, esquecendo que foram criados à imagem de Deus, portanto podem ser espirituais. Quando usam as capacidades herdadas de Deus para desenvolver a espiritualidade, pode ter visão e acesso à vida eterna e à paz que acalma o coração e permite ser felizes na terra.

Para desenvolver a espiritualidade, é necessário, primeiro, aprender a obedecer aos mandamentos de Deus, depois, orar pedindo ajuda para conseguir alcançar sabedoria para lidar com os desafios diários e buscar amigos espirituais que contribuem para aumentar a vida espiritual. Quando esses amigos são partes da família, a alma vai sendo trabalhada, desde o ventre materno, a ter consciência de sua necessidade espiritual, de encontrar a realização em Cristo, desfrutar os frutos do espírito (amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fé, brandura, autodomínio), manter a paz e união e acreditar que a meta é céu.

Deixe Jesus entrar na sua família

Escutar Jesus e acolhe-Lo na família é aceitar que Ele pode transformar a sua vida e a dos seus. Aprender o jeito de ser de Maria ajuda a família a desenvolver virtudes que são pilares que sustentam o lar diante das tempestades; a combater valores que o mundo quer destruir e a ser discípulos missionários de Jesus.

Assim sendo, a exemplo de Maria — que deu seu sim a Deus e se pôs a serviço do outro—, como seus devotos, possamos desenvolver as mesmas atitudes. Que o sim a Deus leve você ao encontro dos que mais precisam no mundo de hoje e ofereça ajuda em meio às tempestades da vida. Modelar a família na espiritualidade mariana é enxergar a Mulher alegre, enraizada na história do seu povo, de uma fé profunda e grata pela sua missão.

Que as famílias possam colocar seus filhos na escola da família de Nazaré, para aprender com Maria as virtudes da obediência aos pais, castidade, bondade e disponibilidade de servir aos seus e aos outros.

 

 (*) Mestre em Ciências Contábeis pela Fucape, pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FGV, Gestão de Pessoas pela Faesa, graduada em Serviço Social pela Ufes e psicanalista. Consultora e Executiva na área de RH e empresa hospitalar. Foi coordenadora do grupo fundador do Movimento Mães que Oram pelos Filhos da Paróquia São Camilo de Lellis, em Vitória (ES) e do grupo de Amigos da Canção Nova de Vitória. Atualmente, é coordenadora nacional e internacional do Movimento Mães que Oram pelos Filhos. Escritora dos livros “La Salette, o grito de uma Mãe!” (2018), “Superação x Rejeição: Aprendendo a ser livre” (2017), “Ser Mulher À Luz da Bíblia: Porque Deus Pode Tudo!” (2016) e “Mães que Oram pelos Filhos” (2016). Participa do programa “Papo de Mãe que Ora”, no canal Mães que Oram pelos Filhos Oficial, e do “Mães que Oram pelos Filhos”, na Rádio América.  Autora de livros publicados pela Editora Canção Nova.

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