sábado, 2 de abril de 2022

CATEQUESE

AS GRANDES LIÇÕES DO PAPA FRANCISCO SOBRE MISERICÓRDIA

No decorrer dos seus 5 anos de pontificado, inúmeras foram as lições deixadas pelo Papa Francisco quando se fala do Deus que não se cansa da fraqueza humana. Na sua primeira oração do Ângelus, em 17 de março de 2013, ele afirmou: “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão”.

Seu nome, enquanto papa, remete ao santo de Assis, conhecido no mundo inteiro como aquele que “reconstruiu” a Igreja na Idade Média, a partir da sua pobreza, e pelo reconhecimento da miséria inerente a cada ser humano. Uma forte característica de São Francisco sempre foi a consciência de ser um grande pecador diante da imensidão e da profundidade da misericórdia de Deus.
Elencamos para você as principais lições do Papa Francisco sobre a misericórdia divina a partir de seus documentos e livros. As palavras do argentino refletem a voz do pastor que vai em busca de suas ovelhas em qualquer lugar onde elas estejam perdidas.

 

Ser misericórdia para o outro: uma Igreja em saída

Desde que o mundo católico conheceu seu atual papa, Francisco, uma das palavras mais ouvidas e proclamadas é misericórdia. Já em suas primeiras aparições públicas, catequeses, homilias, cartas e demais documentos, o pontífice anuncia incansavelmente a face misericordiosa de Deus.

Ficou evidente sua missão quando em sua primeira exortação apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho) o santo padre conclamava os católicos para tornarem-se Igreja “em saída”. Francisco evidenciava que a missão da Igreja para os tempos atuais é transmitir a alegria de quem encontrou a pessoa de Jesus Cristo que ama, acolhe, perdoa e refaz a história de todos que se deixam tocar. “A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai”.

 

O encontro com o Deus misericordioso: o Ano da Misericórdia

Não obstante suas palavras, suas atitudes como pontífice da fé colocou diante da humanidade um rosto paterno de acolhimento contínuo. A teóloga Maria Clara Bingemer afirma que a teologia de Francisco é feita mais de testemunhos do que de textos. Portanto, numa atitude profunda, tanto quanto profética, o papa proclamou com a carta Misericordiae Vultus, o Ano da Misericórdia.
Francisco queria anunciar para o mundo que “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”, no qual todos os que quiserem podem se aproximar e retornar à casa de Deus. Para Francisco, a Igreja não é controladora das graças, mas facilitadora como afirmou na Evangelii Gaudium. Igrejas abertas 24h, confessionários disponíveis, indulgências para portas santas abertas em todas as dioceses do planeta: tudo era um convite e um testemunho de como o coração de Deus age diante do pecado do homem.

 

O nome de Deus é Misericórdia

A Igreja vive o tempo de misericórdia e, para Francisco, isso significa apresentar um rosto de mãe que acolhe seus filhos ainda que estes percorram caminhos tortuosos. No seu primeiro livro, intitulado O nome de Deus é Misericórdia – em entrevista ao repórter vaticanista do jornal italiano La Stampa, coordenador do site Vatican Insider, Andrea Tornielli, Francisco apresenta ao mundo que a misericórdia é a identidade mais profunda de Deus. Um pai que está sempre de portas abertas para o filho, que não o interroga, não o julga, mas o acolhe. “Esta é a superabundância da misericórdia”, enfatiza.

O papa ainda afirmou na sua mensagem para a Quaresma de 2015: “Quanto desejo que (…) as nossas paróquias e as nossas comunidades, cheguem a serem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença”. É um desejo explícito do santo padre levar a misericórdia de Deus para todos os povos.

Misericórdia para o mundo

Mais do que conceitos teóricos, as lições do Papa Francisco sobre a misericórdia, trazem aos fiéis a necessidade de buscarem um estilo de vida marcado pela experiência de ter a própria fragilidade restaurada no encontro com o Senhor. Experiência essa que deve dilatar o coração do homem para ir ao encontro dos mais necessitados, às “periferias da existência humana” para ser agora um instrumento da misericórdia de Deus.

Seja na ecologia, como afirma na sua encíclica Laudato Si, seja no ambiente familiar, como observa na sua exortação apostólica pós-sinodal, Amoris Laetitia, e agora no seu mais novo documento Gaudete et exsultate, a santidade não é propriedade de uns poucos, assim também a misericórdia não é propriedade de alguém. A misericórdia é o próprio Deus que se dá a todo homem, e chama clérigos, famílias, sociedade a um encontro contínuo de caridade e ao acolhimento mútuo.

Ler os documentos e livros do papa levam os fiéis a entenderem as suas atitudes e posturas de um homem que encarnou os sentimentos do Evangelho e se tornou um pastor, como ele mesmo costuma dizer, com o “cheiro das ovelhas”.

https://blog.livrarialoyola.com.br/2018/05/30/as-grandes-licoes-do-papa-francisco-sobre-misericordia/

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