sábado, 13 de agosto de 2022

SANTO AGOSTINHO E A FAMÍLIA

 

SANTO AGOSTINHO E A FAMÍLIA

 

AMBIENTE FAMILIAR DE SANTO AGOSTINHO

Dezesseis séculos nos separam de Agostinho, nascido a 13 de novembro do ano 354 em Tagaste, hoje conhecida como Souk-Ahras, na Argélia. Tagaste pertencia à província de Numídia, por sua vez província do imenso Império Romano. Destaquemos dois fatos de importância: ainda que sua formação cultural fosse romana, Agostinho se orgulhava de suas origens africanas. A certo conhecido seu, que ridicularizava os nomes cartagineses de alguns mártires, lhe contestou: lembra-te que “sou Africano, escrevo para Africanos e nós dois vivemos na África”. Não há personagem da Antigüidade mais conhecido do que Agostinho. E de nenhum outro nos chegaram informações tão numerosas. Ao contrário do que sucede com muitos outros homens da Igreja, suas origens foram humildes, e seus pais não eram ricos. Seu pai, Patrício, era um pequeno proprietário, funcionário do município, porém pessoa de escassos recursos financeiros. Teve que fazer grandes sacrifícios para proporcionar a seu filho, de futuro promissor, a formação clássica, única via de acesso a uma futura carreira política. Neste propósito, gastou mais do que seus recursos permitiam, o que tornou impossível custear os estudos posteriores, quando Agostinho abandonou Tagaste. Teve, no entanto, a sorte de encontrar um cidadão rico, Romaniano, disposto a patrocinar o jovem Agostinho. Patrício era pagão. Era generoso, porém de caráter violento e nem sempre fiel à sua esposa Mônica, ainda que nunca tivesse chegado a maltratá-la fisicamente, algo incomum naquele tempo. Recebeu o batismo pouco antes de sua morte, a pedido de Mônica. Ele apenas é mencionado nos escritos de Agostinho. A que se deve este fato? Porque morreu quando Agostinho contava apenas 16 ou 17 anos, ou porque era pagão? Em compensação, sua mãe Mônica desempenhou um papel de grande destaque na vida e escritos de Agostinho. Ela logrou formar uma família cristã e foi uma mulher de profundas convicções: paciente, decidida, digna, pacificadora entre seus conhecidos, inimiga das murmurações. A relação com seu esposo foi de uma submissão exemplar. Não tinha pressa em esperar, sem dizer uma palavra de provocação, até que se aplacasse a ira do marido. E, então, tomava consciência de haver feito o melhor. Agostinho nos conta que “ela desejava ter seu filho junto a ela, como todas as mães, porém, muito mais que a maioria das mães”. Quando criança teve conhecimento da vida eterna prometida por Jesus Cristo. Segundo nos dirá mais adiante, seu terno coração bebeu com o leite materno o nome de Jesus, e estava convencido de ser Cristo o responsável pela decisão de sua mãe de expulsá-lo de casa quando abraçou o maniqueísmo: “Minha mãe, tua serva fiel, chorava por minha causa diante de Ti, mais do que as mães choram pela morte de seus filhos”. Por este motivo, tomou a decisão de visitar um bispo, pedindo com insistência que recebesse seu filho e conversasse com ele. Incomodado, o bispo lhe disse: “Vai, mulher, não é possível que se perca um filho de tantas lágrimas”. Quando Agostinho, aos 28 anos de idade, fugiu à noite com a finalidade de embarcar em direção à Roma, diz em suas Confissões: “Não tenho palavras para descrever o grande amor que me tinha e com que empenho procurava dar-me luz ao espírito, muito acima do empenho com que me havia dado à luz, segundo a carne. De modo que não consigo ver como poderia se restabelecer diante do golpe de minha morte em tal estado. Teria sido uma autêntica punhalada em suas entranhas amorosas”. Pouco conhecemos dos outros membros de sua família. Apenas sabemos que possuía, pelo menos, um irmão, chamado Navígio, e uma irmã, cujo nome ignoramos, a qual, depois da viuvez, chegou a ser superiora de uma comunidade religiosa.

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