sexta-feira, 19 de abril de 2024

2,2- Liturgia do Quarto Domingo da Páscoa- Ano B

 

 

2,2- Liturgia do Quarto Domingo da Páscoa- Ano B

 

 

- No Evangelho, Jesus declara abertamente: "Eu sou o bom pastor". Todos nós que escutamos essa declaração, não podemos buscar outros guias. É Jesus quem deve guiar a nossa vida. Mas muitos, hoje, ficam confusos. Afinal, temos acesso a tantas vozes que, se não tivermos juízo e prudência, veremos Jesus como mais um mestre no meio de tantos outros. E Ele é mais do que um mestre, um gênio ou um guia: Ele deu a vida pelas ovelhas. Ele a deu por toda a humanidade! Seu alcance é suprapartidário, não tem fronteira. A primeira leitura termina afirmando: "Em nenhum outro há salvação".

 

 - Logo depois, o texto nos ajuda a distinguir o pastor e mercenário. Já vimos que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Ele as conhece profundamente e tem uma relação próxima com cada uma delas. O bom pastor tem o cheiro das ovelhas. Seu conhecimento não vem através de pesquisas ou palestras. Vem da convivência direta e amorosa. O mercenário não tem compromisso com o rebanho. Ele é um oportunista e aproveitador. Apenas se aproxima da ovelha para obter algum tipo de vantagem. Por não ter vínculo concreto, Ele foge ao primeiro sinal de perigo. Independentemente do que acontece com o rebanho, Ele não se preocupa com a situação, mesmo que muita gente ficou prejudicada ou em situação difícil.

 

 - Um exemplo: nos próximos meses começará a campanha eleitoral e deveremos ficar atentos para distinguir aquele candidato que tem algum tipo de compromisso com o povo e o desenvolvimento do município. Gente que pensa no bem comum e na dignidade da pessoa humana. Candidato que não tem amor e não luta por um futuro e sociedade sem exclusões é um mercenário! Não merece nosso respeito nem voto. Ser "bom pastor" é um convite de Jesus para todos, especialmente os que assumem alguma liderança na Comunidade ou na sociedade. - "Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir". É muito bonita e grandiosa essa abertura universal de Jesus e sua mensagem. É inspiradora de missão. Jesus vence as barreiras do nacionalismo, pois Deus quer salvar a todos e a missão de Filho é reunir os filhos dispersos. O Papa Francisco está preocupado com os nossos fechamentos. Na Fratelli tutti, n. 62, ele escreveu: Mesmo esta proposta de amor podia ser mal compreendida. Foi por alguma razão que, perante a tentação das primeiras comunidades cristãs criarem grupos fechados e isolados, São Paulo exortava os seus discípulos a ter caridade uns para com os outros "e para com todos" (1 Ts 3, 12) e, na comunidade de João, pedia-se que fossem bem recebidos os irmãos, "mesmo sendo estrangeiros" (3 Jo 5). Esse contexto ajuda a entender o valor da parábola do bom samaritano: ao amor não lhe interessa se o irmão ferido vem daqui ou dacolá. Com efeito, é o "amor que rompe as cadeias que nos isolam e separam, lançando pontes; amor que nos permite construir uma grande família onde todos nos podemos sentir em casa (…). Amor que sabe de compaixão e dignidade".

 

 - Hoje somos convidados a rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas. A vocação nasce de uma família que reza e alimenta sua fé na Eucaristia. A vocação nasce de uma comunidade servidora/mi- nisterial. Não teremos vocações se ficarmos, durante o almoço de família, falando mal do padre, do coordenador, da catequista, da equipe de cantos etc. Ela só pode surgir de uma família que ouve e coloca em prática a Palavra de Deus! Enquanto estivermos fechados a tudo e a todos, a vocação não brota e nem sai do papel, ou seja, do coração. Diálogo, serviço, anúncio, testemunho de comunhão são necessários para um ambiente vocacional sadio e firme.

 

 - Já faz tempo que estamos percebendo que poucas pessoas querem se colocar a serviço em nossas equipes e pastorais de Comunidade. Isso é preocupante! Não há comunidade sem várias equipes de serviço! Tudo deve ser preparado com fé e carinho, e isso leva tempo. Você precisa tomar a decisão de servir a Deus. Ao mesmo tempo que exprimimos nossa preocupação com a questão vocacional e ministerial, queremos também agradecer a Deus pelos que ouviram seu chamado e estão servindo a Igreja, a família e a sociedade. Muito obrigado a você que se engajou em alguma equipe de nossa Comunidade. Deus te abençoe e renove suas bênçãos sobre você e sua família. Que todos nós rezemos pelas vocações na vida e missão da Igreja.

 

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2024/03/21_04_24.pdf

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