sexta-feira, 19 de abril de 2024

CNBB divulga carta durante 61ª Assembleia Geral em Aparecida

 

CNBB divulga carta durante 61ª Assembleia Geral em Aparecida

Durante a 61ª Assembleia Geral realizada no Santuário Nacional de Aparecida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez um importante pronunciamento através de uma carta direcionada aos brasileiros. O documento, assinado por líderes da CNBB, destacou a importância da democracia e faz um apelo para que os cristãos exerçam o seu direito de voto nas eleições municipais deste ano.

A carta, assinada por Dom Jaime Spengler (Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre e Presidente da CNBB), Dom João Justino de Medeiros Silva (Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia e 1º Vice-Presidente da CNBB), Dom Paulo Jackson Nóbrega (Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife e 2º Vice-Presidente da CNBB) e Dom Ricardo Hoepers (Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília e Secretário-Geral da CNBB), ressalta a necessidade de fortalecer a democracia brasileira, especialmente após períodos de instabilidade política.

Em um trecho da carta, os bispos destacam: "Fundamental na vida do Brasil, passados sessenta anos do início da ditadura, a democracia ainda precisa de cuidado. Depois do período de sistemáticos e ostensivos ataques, temos a oportunidade de fortalecê-la nas eleições municipais de 2024, através do voto consciente e livre. A consciência cívica deverá estar a serviço dos mais profundos interesses do nosso povo, pois há exigências éticas para a realização do bem comum."

Além disso, a carta lamenta diversos problemas enfrentados pelo Brasil e pelo mundo, como guerras, fome, crime, preconceito, corrupção, eventos climáticos extremos, ataques aos povos indígenas, disseminação de fake news e desemprego.

Segundo a CNBB, a carta visa transmitir uma mensagem de esperança e conscientização sobre a realidade política e climática do país. O cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, destacou durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (17) a importância da mensagem como um guia para ações futuras.

https://www.meon.com.br/noticias/rmvale/cnbb-divulga-carta-durante-61a-assembleia-geral-em-aparecida

A carta, assinada por Dom Jaime Spengler (Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre e Presidente da CNBB), Dom João Justino de Medeiros Silva (Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia e 1º Vice-Presidente da CNBB), Dom Paulo Jackson Nóbrega (Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife e 2º Vice-Presidente da CNBB) e Dom Ricardo Hoepers (Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília e Secretário-Geral da CNBB), ressalta a necessidade de fortalecer a democracia brasileira, especialmente após períodos de instabilidade política.

A 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi encerrada na sexta-feira, 19 de abril de 2024, com a Celebração Eucarística realizada no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

A cerimônia com Laudes foi presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, e teve como concelebrantes os demais membros da presidência da Conferência: dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente; dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, arcebispo de Olinda e Recife (PE) e segundo vice-presidente; e dom Ricardo Hoerpers, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral.

Os presidentes dos 19 regionais da CNBB, que também compõem o Conselho Permanente da Conferência, participaram da procissão de entrada, juntamente com os membros da presidência, fortalecendo a união e representatividade das diferentes regiões do Brasil na assembleia.

“Quem és tu, Senhor?”

 

Durante sua homilia, dom Jaime destacou pontos importantes para os bispos presentes e para a comunidade católica em geral. Ele iniciou com uma pergunta significativa: “Quem és tu, Senhor?” Essa pergunta, segundo ele, continua a desafiar todos, especialmente aqueles que se consideram seguidores do Caminho.

O presidente da conferência ressaltou a importância de “caminhar pelo homem”, afirmando que essa é a razão e a motivação de todas as atividades pastorais e do cotidiano das comunidades e da CNBB. Ele citou que “caminhar pelo homem” é a essência de nossas atividades, empenho e dedicação, enfatizando o compromisso com a causa humana, guiados pelo Evangelho.

“Caminhar pelo homem! Eis a razão, a motivação de todas as nossas atividades, empenho, dedicação. Pela causa do humano, iluminados pelo Evangelho, empenhamos nossa juventude, forças, a vida! Aqui está a razão de ser das diversas iniciativas, pastorais que caracterizam nossas iniciativas, o cotidiano de nossas comunidades, de nossa Conferência.”

Além disso, o arcebispo destacou que a encarnação de Deus entre os homens cria uma íntima união entre o divino e o humano, tornando-nos participantes do mistério divino. Enfatizou que “não se pode separar a fé da defesa da dignidade humana, a evangelização da promoção de uma vida digna, a espiritualidade do empenho pela dignidade de todos os seres humanos”.

Ao final de sua homilia, dom Jaime agradeceu a todos os participantes e colaboradores da Assembleia, reconhecendo sua dedicação e empenho. Ele também incentivou os bispos a dar continuidade ao trabalho iniciado na Assembleia, estimulando as comunidades a participarem ativamente dos processos vivenciados durante o evento.

Sob a materna intercessão da Padroeira do Brasil, os bispos reunidos ao redor da imagem de Nossa Senhora Aparecida agradeceram os dias de convivência, oração, diálogos e trabalhos da assembleia, consagrando o ministério episcopal, as dioceses, os regionais, os presbíteros e todos os agentes pastorais que colaboram na evangelização da Igreja no Brasil.

Seguindo a tradição das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quatro cardeais brasileiros durante a coletiva da quinta-feira, 17 de abril, tornaram conhecidos o processo de construção e o conteúdo das quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro: ao Papa Francisco, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Francis Prevost, ao povo brasileiro e aos cristãos católicos. Esta última, uma das novidades desta edição da assembleia. A carta ao Santo Padre e ao Dicastério para os bispos foram encamninhadas pela coordenação da Assembleia.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, na carta ao Papa Francisco o episcopado brasileiro manifesta a comunhão com o Santo Padre, apresentou os temas gerais da assembleia e um agradecimento pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento: a paz, a justiça, as migrações e das pessoas que morrem no mar

Carta ao Dicastério para os Bispos

 

Sobre a carta ao prefeito do Dicastério para os Bispos, o arcebispo de Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, disse que é reservada ao cardeal Prevost e trata sobre o que está sendo feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB. A mensagem “coloca os problemas que nós estamos enfrentando enquanto Igreja no Brasil, coloca as soluções que a nossa assembleia está propondo e agradece ao prefeito pelas indicações ao Santo Padre para as 20 nomeações episcopais para a Igreja do Brasil desde a última assembleia”, enfatizou dom Orani

Mensagem aos Cristãos Católicos do Brasil

 

Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.

A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”.

A mensagem ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e faz um convite a não desanimar diante das dificuldades presentes e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado à preparação ao Jubileu 2025. De acordo com dom Odilo, trata-se de uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo

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