sexta-feira, 19 de abril de 2024

Vida consagrada, mártires e formação de religiosos foram temas de coletiva

 

 

Vida consagrada, mártires e formação de religiosos foram temas de coletiva

Bispos abordam diversos temas sensíveis à Igreja, como a vida consagrada, a importância da oração fraterna e a preocupação do Papa com os mártires

61ª Assembleia Geral da CNBB chega ao seu penúltimo dia. Na coletiva concedida à imprensa na manhã desta quinta-feira, 18, o episcopado brasileiro abordou os 90 anos do Colégio Pio Brasileiro — sediado em Roma e mantido pela CNBB.

Dom Ângelo Ademir Mezzari, bispo auxiliar de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, foi o escolhido para falar sobre as sete décadas da Conferência dos Religiosos do Brasil. E Dom José Luiz Majella Delgado, arcebispo de Pouso Alegre (MG), apresentou os trabalhos da Comissão para a Causa dos Santos.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, segundo vice-presidente da CNBB, falou com detalhes sobre o colégio Pio Brasileiro, que recebe seminaristas brasileiros. Coordenado muitos anos pelos padres jesuítas, em 2013, a administração do colégio foi devolvida à CNBB. “O Colégio passou a formar não apenas seminaristas, mas padres que fazem mestrado e doutorado. É um espaço qualificado de formação de sacerdotes em Roma, especialmente nas universidades pontifícias”, detalhou.

Até o momento, 2200 estudantes já passaram pelo Pio Brasileiro, dos quais 172 se tornaram bispos e seis são cardeais.

Causa dos Santos

Dom Majella Delgado deu detalhes sobre a Comissão para a Causa dos Santos. “De 2017 a 2024, nossa comissão vem dando pequenos passos. Temos como objetivo orientar nossas dioceses nas causas que já tiveram início ou vão iniciar”, disse.

Segundo o prelado, a comissão quer acompanhar as causas que serão levadas ao Dicastério em Roma. “Como um cristão viveu seu batismo e suas virtudes. Para que esse cristão seja para nós um exemplo de santidade”, acrescentou.

Os novos mártires, de acordo com o bispo, têm suma importância à vida religiosa contemporânea. Tanto é assim, que o Papa Francisco resolveu documentar todos os mártires deste século. “O Papa quer fazer uma espécie de catálogo dos mártires. Por isso ele criou esta comissão que está chegando às comunidades e dioceses, que analisará quando alguém morreu defendendo a fé (…) Qualquer pessoa que derramou seu sangue em nome da fé também será contemplada”, reiterou o arcebispo de Pouso Alegre.

Os 70 anos da CRB

A Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB) tem uma história que remonta à colonização portuguesa. “A Conferência vem antes do Conselho Vaticano II. Celebrar seus 70 anos é fazer uma memória da história, da conferência, de consagrados, homens e mulheres, que viveram a experiência de fé”, disse Dom Ângelo Ademir.

A presença dos religiosos nos mais diversos aspectos da sociedade, segundo o sacerdote, também é algo muito importante e que deve ser reforçada. “Muitos religiosos, por vezes, devido às urgências e demandas, perdem aquela que é uma das características fundamentais da vida religiosa: a oração”, lamentou o bispo, e observou: “Rezemos, pois não podemos perder esta característica na vida fraterna”.

O Jubileu 2025 foi também destacado. “Esse convite à esperança vem de uma certa crise vocacional. Temos crescimento de novas comunidades. Por isso, esses 70 anos querem abrir esses novos caminhos. A vida religiosa tem futuro”, enfatizou Dom Ângelo.

https://noticias.cancaonova.com/brasil/assembleia-cnbb/vida-consagrada-martires-e-formacao-de-religiosos-sao-temas-de-coletiva/

Aos bispos brasileiros, foi apresentada uma atualização das atividades de evangelização da igreja no norte do país. Os membros da CNBB também discutiram sobre as atualizações para o Estatuto e o Regimento Interno da Conferência e de outras oito comissões.

CARTAS DO EPISCOPADO

Bispos falam sobre as mensagens redigidas durante a 61ª AG

Quatro mensagens foram elaboradas pelo episcopado durante a AG: ao Povo Brasileiro, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, ao Povo Católico e ao Papa Francisco

https://noticias.cancaonova.com/brasil/assembleia-cnbb/2024/bispos-falam-sobre-as-mensagens-redigidas-durante-a-61a-ag/

COLETIVA DE IMPRENSA

 

"O futuro da Igreja será sinodal", afirma arcebispo de Manaus

 

·         Dom Leonardo Steiner e os demais bispos ainda abordaram a importância da ação evangelizadora em solo amazônico e o impacto que o Sínodo terá sobre a Igreja contemporânea

 

A 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB) chega a seu sétimo dia, nesta terça-feira, 16, e trouxe à mesa de debates a Amazônia. Na coletiva à imprensa, o arcebispo de Manaus (AM), Dom Leonardo Steiner, e o arcebispo de São Luís do Maranhão, Dom Gilberto Pastana de Oliveira, falaram sobre a Conferência Eclesial da Amazônia, a Ceama. E o bispo auxiliar de Belém do Pará, Dom Paulo Andreolli, falou sobre a COP30 (a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que será realizada em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro de 2025.

 

“A Ceama está caminhando para ser um espaço de debate”, disse Dom Leonardo. “Um outro elemento que gostaria de abordar é o Conselho Indígena. Temos um trabalho longo, um dos elementos mais importantes junto aos povos indígenas, não apenas defendendo seus direitos, mas ajudando-os a se organizarem. Atualmente, estamos mais voltados ao atendimento das etnias em pequeno número — os outros estão melhor organizados e podem se fazer mais visíveis”, detalhou o arcebispo de Manaus, que deu início à coletiva.

O Marco Temporal, de acordo com o arcebispo de Manaus, também está sendo acompanhado de perto pela Igreja e pelo Ceama. “É uma questão vital para os povos indígenas”, observou.

Dom Gilberto falou sobre a expressão do compromisso do episcopado brasileiro para com a Amazônia. “O objetivo desta comissão é viabilizar a ação evangelizadora da Igreja nesta região, olhando para as dificuldades missionárias e tentar trazer à realidade do povo a vida dos habitantes daquela região”, disse.

COP30

Em sua colocação, Dom Paulo Andreolli, bispo auxiliar de Belém do Pará, abordou os eventos que vão girar em torno da vindoura COP30. “Praticamente propomos a construção coletiva de um planejamento entre 2024-2025. Uma comissão composta por três bispos e representantes do movimento Laudato Si, REPAM, comissões para ação sócio-transformadora, entre outras. O objetivo geral é fortalecer a incidência da Igreja aproveitando a realização da COP30 no Brasil, em vista da conversão ecológica à luz de sua Doutrina Social“, explicou.

Os trabalhos em torno da COP30 estão sendo meticulosamente planejados. “Existem várias iniciativas sendo programadas”, declarou Dom Paulo Andreolli. “Queremos um simpósio, uma vigília ecumênica e vamos envolver o Círio de Nazaré em torno da conscientização da conversão ecológica”.

A Campanha da Fraternidade do próximo ano também abordará a ecologia, lembrou Dom Maurício, no intuito de fortalecer as atividades missionárias da Igreja na Amazônia.

Futuro da Igreja e ação catequista

Dom Leonardo afirmou que a ação catequista na Amazônia é imprescindível — mas não pode ser feita de maneira imposta. “Visitando as aldeias, dei-me conta que não podemos impor nossos ministérios. Basta ter um bom catequista que a vida da comunidade eclesial caminha muito bem”, asseverou.

Questionado sobre a percepção do Papa Francisco de que o Sínodo para a Amazônia foi uma espécie de laboratório à Igreja, Dom Leonardo concordou que este aspecto deve definir o tempo que está por vir.

“O futuro da Igreja será sinodal”, garantiu Dom Leonardo. “O Sínodo para a Amazônia foi mesmo um laboratório de participação extraordinária, que abrangeu todos os segmentos da Igreja. Mais de 80 mil pessoas participaram. E, agora, temos o Sínodo sobre a Sinodalidade, que também contou com uma grande participação. Será um futuro sinodal no sentido de nós, Igreja, sermos mais ativos assumindo as missões do Evangelho”, ponderou.

 

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