sábado, 17 de agosto de 2024

IX- REFLEXÃO DOMINICAL IV-SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO

 

 

IX- REFLEXÃO DOMINICAL IV-SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO

O dogma da Assunção de Nossa Senhora, proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, estimula nossa fé, especialmente nos momentos de crise. A palavra “assunção” significa ser assumido (a) por alguém, ou seja: Maria, como criatura assume uma função passiva; ela é assumida por Deus na sua Glória; não entra na eternidade por sua própria conta, mas sim devido à ação salvífica de Deus. Sabemos que Deus assumiu e transformou tudo de bom que Ma- ria construiu na terra, até mesmo seu corpo e o quis que fosse assunto ao céu. Olhando para Maria, elevada e glorificada, a mesma mulher que seguiu os passos de seu filho Jesus, nos animamos em lutar para que também nós sejamos olhados pelo Senhor, de modo que Ele faça por nós grandes coisas. É nela que encontramos a prefiguração do “novo céu e da nova terra” (Ap 21,1-7), onde Maria já está com os santos. Dessa forma, Deus quer fazer em nós o que fez em Maria. A Assunção de Nossa Senhora, caríssimos irmãos e irmãs, nos faz pensar em seguir cada vez mais os passos de Jesus e ser sinal de Deus para a comunidade que caminha na história em meio a tantos desafios. Maria é, portanto, a imagem e o começo da Igreja, como ela deverá ser consumida no tempo futuro (LG, n. 68). Dessa forma, Nossa Senhora brilha para nós, Igreja peregrina, como sinal de esperança segura e conforto para todo um povo, até que chegue o dia do Senhor. Até lá, olharemos Maria, a mulher de Nazaré, como mãe e educadora, perfeita discípula de Jesus que ouve a Palavra, medita e a põe em prática. A presente Solenidade que hoje celebramos, é, também, a exaltação da glória de Cristo: Nele está a Vida e a Ressurreição; Nele, encontramos a esperança, a certeza de libertação do pecado, que, por consequência, nos livra da morte. Esta é, portanto, a plenitude que Nossa Senhora encontrou, pois cumpriu-se em sua vida terrena o que o Senhor lhe prometeu. Ela é a mulher vestida de Sol, que é Cristo, pisando na instabilidade deste mundo; ela é a coroada de estrelas – doze –, representação do novo Israel de Deus: “Agora realizou-se a salvação, a força, e a realeza do nosso Deus e o poder do seu Cristo!”. Não nos esqueçamos que nosso destino é o Céu para, enfim, participarmos da Glória de Cristo, da qual a Virgem Maria já participa plenamente em todo o seu ser, de corpo e alma. Que o Deus eterno e todo-poderoso, que hoje elevou à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, nos dê a graça de vivermos atentos às coisas do alto, a fim de participarmos também nós da sua glória.

Dom Cícero Alves de França Bispo Auxiliar de São Paulo;

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-47-assuncao-de-nossa-senhora.pdf

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