sexta-feira, 23 de agosto de 2024

II- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

 

II- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

2.1- Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

A cada domingo celebramos, na Liturgia, o Mistério Pascal de Jesus. Ele nos reúne e nos chama ao discipulado por meio da sua Palavra e nós devemos responder com fé e disposição as exigências deste chamado. Neste 4º Domingo do mês vocacional, celebramos o Dia do Evangelizador e do Catequista, e é neste encontro de comunidade que o Senhor nos anima a servir com maior alegria e convicção. Este é o sentido de evangelizar! Rezemos e agradeçamos ao Senhor pela vocação de tantos irmãos e irmãs que vivem e testemunham o Evangelho na Igreja e na sociedade

"A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna". A liturgia de hoje nos coloca diante de uma opção fundamental que é decidir-se por Cristo, pois diante da Nova e Eterna Aliança que Ele inaugurou exige de todos aqueles que o seguem uma resposta na fé: "Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus". Esta resposta deve ser feita, na liberdade, com convicção, tendo em vista as exigências e desafios que derivam desta proposta: "Esta palavra é dura". Muitos querem um Deus que lhes satisfaça os seus desejos, um Deus que salve sem exigir compromissos. Daí se compreende o porquê que muitos são os chamados e poucos os escolhidos.

- Na primeira Leitura, vemos nitidamente no longo discurso de Josué, sucessor de Moisés, que Deus escolhe um povo para si e lhe cumula de benefícios, gratuitamente. Josué recorda os prodígios que Deus realizou para trazê-los até ali, desde o chamado de Abraão, passando pela libertação do Egito até a conquista da terra prometida. E agora diante da conquista da terra, exige deles uma decisão: quereis servir ao Senhor ou os deuses estrangeiros? Os deuses "além do rio" são mais cômodos, não exigem tanto e nem proíbem isto ou aquilo. Josué renova o seu compromisso: "Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor". O povo, reconhecendo a bondade de Deus e vendo o testemunho de Josué, também renova a sua aliança servindo ao Senhor.

- O discurso sobre o "pão da vida" ouvido no Evangelho apresenta que a verdadeira vida só tem aquele que se põe em comunhão com o Senhor, pois suas palavras, mesmo duras, são espírito e vida. A fé como adesão é o que caracteriza o discípulo. E quando se adere, se acolhe as exigências e consequências dessa adesão. Neste sentido, porém, Jesus nos mostra que a fé é um dom. É o Pai quem dá a capacidade de viver a vida segundo o Espírito. A Igreja oferece os meios eficazes para esta vida em comunhão, na experiência de Deus: a Palavra, os Sacramentos, especialmente a Eucaristia. De modo que nossas comunidades devem se tornar verdadeiras famílias, unidas na fé e na prática do amor fraterno.

 - O apóstolo Paulo, na segunda Leitura, nos ajuda a entender o grande mistério do amor de Cristo pela sua Igreja através da reflexão acerca do matrimônio. Para o Apóstolo a união amorosa entre o homem e a mulher expressa a união de Cristo e da Igreja. É na doação, no cuidado, no zelo recíproco que podemos criar verdadeiros laços de unidade e caridade. Na Leitura, vemos que a concepção de matrimônio está culturalmente ligada à realidade sobrenatural, uma vez que o amor de Jesus pela Igreja é maior que a referência do amor, íntimo de um casal. Aqui Paulo revela que este amor está na linha do serviço e da doação em plenitudes. Pelo amor manifestado na Cruz de Cristo compreendemos o serviço na família, na Igreja e no mundo.

 - Por fim, neste Dia do Evangelizador e do Catequista, de todos os ministérios e serviços na Comunidade, deixemos que o nosso coração seja mais plenamente transformado por Deus. Para assumir sua vocação na Igreja é preciso deixar-nos interpelar pelos apelos de Deus e dos irmãos e irmãs. Esforcemo-nos para que a nossa Comunidade se abra cada dia mais ao serviço e à missão.

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2024/06/25_08_24.pdf

2.2- Liturgia do 21.º Domingo do Tempo Comum– Ano B

a)Saboreai e vede como o Senhor é bom.

Saboreai e vede como o Senhor é bom, é o convite que mais uma vez nos é feito pelo refrão do Salmo intercalar. E as leituras da Missa de hoje, além de nos falar da infinita bondade do Senhor, indica-nos o caminho a seguir para O podermos saborear.

Esse caminho é-nos apresentado pelo exemplo do Povo de Israel, (1ª Leitura) o comportamento que devem ter os esposos (2ª Leitura) e finalmente a proposta que Jesus nos faz no Evangelho.

b) O exemplo do povo de Israel.

Na primeira Leitura Josué propõe ao Povo de Israel o dilema de o querer ou não seguir. Depois da travessia do deserto, onde puderam sempre contar com o apoio do Senhor, vão agora entrar no deserto a caminho na Terra prometida. Vão encontrar povos pagãos, que, por isso, adoram falsos deuses, mas aos quais atribuem a proteção que julgam sentir para os frutos dos campos e a saúde e fertilidade dos animais. É pois necessário que o Povo de Israel, livremente, não se deixe enganar e claramente faça a sua opção. Seguindo o bom exemplo de Josué e de sua família, o povo, optou pelo Senhor, passando a sentir o carinho da Sua presença com milagres constantes.

c)O amor conjugal – símbolo do Amor de Deus.

A segunda Leitura realça o significado profundo do verdadeiro amor conjugal: amor que é serviço, altruísmo, preocupação exclusiva com a felicidade do outro. É afinal assim o Amor que Deus nos tem. Ele ama-nos deveras, porque quer o nosso bem, a nossa verdadeira felicidade. Como é bom captar e refletir esse Amor! Esta feliz realidade quanta felicidade e segurança nos dá nos caminhos da vida. Por maiores que sejam os obstáculos da existência, todos, com Ele, serão vencidos!

d)A Eucaristia é expressa o Amor infinito do Senhor.

No Evangelho, Jesus depois de ter explicado ao Povo, o alimento e bebida que tinha para lhes dar e vendo que todos O abandonaram, perguntou aos Apóstolos se também eles se queriam ir embora. Pedro, em seu nome e dos restantes, embora ainda também não tenha compreendido o alcance das afirmações de Jesus, respondeu: «Para quem havemos de ir se só Tu tens palavras de vida eterna?». Procede assim pois acredita e acreditar é aceitar algo que, embora não se compreenda, se aceita tendo por base a autoridade de quem o afirma. E aqui é o Senhor que o faz.

Jesus ao prometer o Seu Corpo e Sangue em alimento, era mesmo do Seu corpo e Sangue que falava Por isso, repetiu várias vezes essa afirmação e nada tirou ou acrescentou ao que já tinha afirmado. O povo retira-se pois não estava disposto a comer o Corpo e beber o Sangue de Jesus. Para eles, tal era inconcebível.

Quando da Sua instituição, na última Ceia, os Apóstolos receberam-nO sem qualquer relutância. Hoje nós também o fazemos. Como Deus é bom e como são grandes as Suas obras!

Comungar o Senhor, é aceitar verdadeiramente Jesus. Com Ele a nossa vida torna-se semelhante à Sua. As nossas preocupações e desejos devem passar a ser os seus. Ele quer a salvação de todos os homens. Esta deve ser uma das nossas grandes preocupações.

Optar por Ele, é optar pelo Amor, é ser útil aos outros é já saborear a felicidade da Sua Bondade.

Que as ilusões da vida e paixões terrenas não nos enganem. O povo de Israel, mesmo depois da Aliança do Sinai, como que ainda põe em dúvida tanto amor de Deus, ao sentir saudades das cebolas do Egito. Que cegueiras tão mesquinhas como essa, não nos atinjam. As coisas da terra por mais belas e grandiosas que pareçam ou sejam, não deixam de ser caducas, passageiras. É péssima ação optar pelas coisas da terra em detrimento de possuir o Senhor de todas elas. Quem verdadeiramente tem o Senhor tem tudo, quem O não tem, nada possui.

Com a Aliança do Novo Testamento fomos resgatados pelo Sangue de Jesus que foi todo derramado por nós no alto do Calvário. A partir de então o Sangue que nos dá vida é o de Jesus. Passamos a ser consanguíneos do Senhor e uns dos outros. Toda esta consoladora realidade implica e exige muito amor ao Senhor e uns aos outros. Todos por um e um por todos. Com Ele e n’Ele, passamos a ser uma só Família. Como tal importa viver e morrer para sempre saborear.

https://presbiteros.org.br/roteiro-homiletico-xxi-domingo-do-tempo-comum-ano-b/

2.3- Quarta semana vocacional: vocação dos Leigos e Catequistas

No quarto domingo das Vocações os leigos cumprem o chamado de Deus. Nesta semana, a Igreja celebra todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários, conscientes do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja. Os leigos atuam como colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes. Ser leigo atuante é ter consciência do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino, contribuindo para a caminhada e o crescimento das comunidades. Assumir esta vocação é doar-se pelo Evangelho e estar junto a Cristo em sua missão de salvação e redenção.

Também celebramos o dia do Catequista, sua missão de catequisar mais do que passar as regras, a doutrina, é promover entre a Pessoa de Jesus e o catequizando um encontro pessoal. A verdadeira catequese promove um encontro com Jesus, seja para as crianças, jovens e adultos.

Na origem, o termo “catequese” diz respeito à proclamação da Palavra. O termo se liga a um verbo que significa “Fazer”, “Ecoar” (gr. Kat-ekhéo). Assim, ela tem por objetivo último fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus. A catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja, que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo. Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina como também da vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério litúrgico e irradiando uma ação apostólica.

O catequista é pessoa que descobre o rosto de Deus nas pessoas, nos pobres, na comunidade, no gesto de justiça e de partilha e nas realidades do mundo. É pessoa integrada no seu tempo e identificada com sua gente. “Olha o mundo com os mesmos olhos com que Jesus contemplava a sociedade de seu tempo” (DGC 16).

O catequista é ainda uma pessoa em processo de crescimento e de aprendizado, desde a infância até a velhice. É alguém que sabe que não basta boa vontade: é preciso atualização. É pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão e cultivar amizades; pessoa capaz de conviver e de fazer a experiência da partilha em comunidade.

Ser catequista é assumir a missão de Jesus Cristo, ser verdadeiramente outro Cristo, ser sinal visível de Deus, fazer ressoar a Palavra de Deus por meio da vida e dos ensinamentos. Ser catequista é ser Igreja, assumir a identidade de Igreja e testemunhar a graça e o amor de Deus em comunhão com a Igreja, Sacramento de salvação.

Catequista, você é uma pérola especial e um tesouro para Deus e sua amada Igreja. A sua singular vocação foi gerada no coração de Deus Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da vida – Jesus Cristo.

Leigos e Catequistas: Parabéns!!!

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