domingo, 8 de janeiro de 2023

PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

1-    Festa do Batismo do Senhor

O profundo significado do Batismo de Nosso Senhor nas águas do rio Jordão manifesta a meticulosidade do seu amor por nós.

No Brasil, como a Solenidade da Epifania é transferida para o domingo, e neste ano ocorre no dia 8 de janeiro, a Festa do Batismo do Senhor é transferida para a segunda-feira seguinte e se escolhe somente uma leitura para ser proclamada antes do Evangelho. (cf. Lecionário Dominical, p.102).Mas eu estou colocando os Atos dos Apóstolos também.

02- Liturgia do Batismo do Senhor –Ano A

Encerrando o tempo do natal, recordamos o dia em que Jesus foi batizado e manifestou publicamente a sua adesão ao Pai e à missão que lhe foi confiada. Fazendo memória do batismo do Senhor, renovamos o nosso batismo e nos propomos a um maior engajamento na missão.

Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que acontece em todas as pessoas e grupos que, ultrapassando os seus próprios limites, continuam hoje a missão de Jesus entre os pobres e pequenos.


Na primeira leitura, extraída do livro do profeta Isaías (Is 42, 1-4, 6-7), o servo de Deus é chamado a levar à terra a justiça e o direito, ele é o escolhido e nele está o Espírito do Senhor. Sem fazer barulho, e sem arrefecer a esperança que ainda perdura, ele selará uma aliança com o povo e será a luz para as nações. É por meio do Espírito de Deus, que ele cumprirá sua missão. Curará a cegueira espiritual e libertará o povo. Os cristãos, ao fazer uma releitura dessa narrativa, reconheceram em Jesus o perfeito cumprimento da esperança de Israel.

O salmo 28 (29), 1-3ac-4.3b.9b-10 é uma oração de louvor a Deus que age na natureza. A voz do Senhor se faz ouvir em toda parte; e o salmista presta uma homenagem de louvor a Deus, em sua presença. O nome de Deus é glorificado nas forças da natureza e no povo que será assistido por sua providência. O poder de Deus é manifestado através dos fenômenos da natureza, a fim de recordar a sua ação nos acontecimentos da história, para que assim seja glorificada a sua majestade.

A segunda leitura, retirada dos Atos dos Apóstolos, 10, 34-38, narra o discurso de Pedro na casa do centurião romano Cornélio, após a visão que teve enquanto rezava. Nesta visão lhe é revelado que Deus não faz distinção entre puros e impuros, judeus e gentios, pois a distinção não faz parte do seu projeto criador. Pedro teve dificuldades em superar as barreiras mentais e religiosas, mas o Espírito Santo o conduziu à compreensão da vontade divina. Desse modo, o apóstolo compreendeu que a salvação é um dom para todos e, portanto, não é necessário tornar-se judeu para ser salvo.

Deus manifesta-se a Pedro revelando-se a ele e a Cornélio com o envio do Espírito Santo. A vinda do Espírito sobre a casa de Cornélio confirma as palavras de Pedro e legitima o batismo que imediatamente será conferido aos pagãos.

A narrativa de Mateus, 3, 13-17, integra o primeiro livro (3, 1 -7,29) que marca o início da atividade pública de Jesus. No início deste capítulo, João Batista prega um batismo de conversão, de arrependimento, em preparação à vinda do Senhor e ao acolhimento de sua mensagem. Jesus se deixa batizar por João, marcando o começo da sua atividade pública; o batismo assinala o início de uma nova etapa, na qual Jesus, o servo escolhido pelo Pai, faz-se próximo aos pecadores e excluídos. Ao deixar-se conduzir pelo Espírito, ele busca cumprir a vontade de Deus.

O batismo de João é realizado com água, gesto simbólico; o de Jesus, provém do Espírito Santo. João reconhece que Jesus é o Messias, por isso protesta em dar a ele o seu batismo. Mas Jesus deseja realizar toda a justiça, obedecer ao plano divino. Com esse gesto, Jesus dá os primeiros passos de sua vida pública até à cruz. Para o povo, o batismo era sinal de arrependimento, para Jesus é a plenitude da justiça, obediência ao Pai, que o leva a aceitar o seu destino e assumir sua missão.

Com o batismo Jesus é ungido para o ministério messiânico. Ele não precisava receber o batismo para o arrependimento dos pecados, mas o recebeu para que se cumprisse toda a justiça. Com esse gesto, ele mostrou que não era o Messias que Israel esperava, um messias cheio de triunfo e poder político, mas o Messias que serve, que testemunha em palavras e ações, e realiza em sua própria vida a vontade do Pai.

Em Jesus estão presentes as duas figuras anunciadas pelos profetas, a do Filho de linhagem real, e a do Servo sofredor.

Na narrativa, a expressão “os céus se abriram” designa o retorno da profecia e representa a manifestação divina no batismo de Jesus.

“Ele viu o Espírito de Deus descer como pomba e vir sobre ele”, a pomba simboliza a ação do Espírito de Deus que no princípio dos tempos “pairava sobre a superfície das águas” (Gn 1,2; 8, 8-19), evocando a nova criação que se inicia em Jesus e em sua missão.

“Este é o meu Filho amado, nele me comprazo (3,17)”, “meu Filho” é a mesma proclamação que aparece em Isaías 42,1: “Eis o meu servo a quem amparo, meu bem-amado, no qual a minha alma se compraz”. A filiação é atribuída pelo próprio Pai. No batismo Jesus é conduzido pelo Espírito que desce sobre ele, levando-o a assumir a missão que lhe foi confiada.

Podemos observar que a narrativa é construída sobre uma estrutura trinitária: a descida do Espírito; a voz do Pai; e o título de Filho, de modo que as três pessoas da Trindade estavam presentes: o Filho, recebendo o batismo; o Pai, reconhecendo-o como Filho; e o Espírito Santo, ungindo-o para que possa assumir sua missão messiânica.

 

https://www.ihu.unisinos.br/categorias/182-ministerio-da-palavra-na-voz-das-mulheres/595449-batismo-do-senhor-ano-a-jesus-um-messias-que-serve

 

Como batizados, precisamos atuar conforme o Espírito Santo: ele é a força que Deus nos dá para anunciarmos a justiça e o direito dos mais fracos. Não podemos usar o Espírito Santo só para nosso gozo pessoal, num espiritualismo dobrado sobre si mesmo e fechado em nosso comodismo. É necessário “rasgar” o comodismo, o individualismo e o egoísmo, para denunciar as injustiças presentes em todos os setores da nossa sociedade. Só assim poderemos “ver o Espírito de Deus presente”, e ouvir a voz de Deus ecoar na sociedade. Como batizados, precisamos atuar conforme o Espírito Santo: ele é a força que Deus nos dá para anunciarmos a justiça e o direito dos mais fracos. Não podemos usar o Espírito Santo só para nosso gozo pessoal, num espiritualismo dobrado sobre si mesmo e fechado em nosso comodismo. É necessário “rasgar” o comodismo, o individualismo e o egoísmo, para denunciar as injustiças presentes em todos os setores da nossa sociedade. Só assim poderemos “ver o Espírito de Deus presente”, e ouvir a voz de Deus ecoar na sociedade.

Oração do dia

 

Ó Deus do universo, força de consolação,

quando o teu filho Jesus mergulhou nas águas do Jordão

e o Espírito desceu sobre ele, tu o proclamaste teu filho amado.

Dá aos teus filhos e filhas, renascidos da água e do Espírito, a graça de permanecerem sempre na tua comunhão.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

03- Assuntos abordados neste Blog Especial:

 

1.    Liturgia da Palavra;

2.    Reflexão: Batismo do Senhor;

3.    Renovação das promessas batismais;

4.    Santo Agostinho e o Batismo do Senhor;

5.    EM FOCO: “O absolutismo de uma democracia ab:strata é justamente aquilo que a ameaça”. O autor Pe. José Eduardo afirma categoricamente: “Estamos caminhando para a ditadura total”;

6.    Algumas Notícias da Igreja Católica:

6.1- Vaticano e Papa Francisco;

6.2- Igreja Católica do Brasil:

a) Prazo para a Formação Ecumênica até o dia 15 de janeiro de 2023;

b) Dom Salm e uma Entrevista sobre o Ano Vocacional.

 

7.    Notícias do Novo Governo: Um resumo da Primeira Reunião de Lula com os 37 novos Ministros.

 

 

8.    ÚLTIMAS NOTÍCIAS: A INVASÃO ÀS SEDES DOS TRÊS PODERES- STF, CONGRESSO NACIONAL E PALÁCIO DO PLANALTO.

 

Mais de 150 manifestantes já foram presos e o Presidente Lula já decretou a Intervenção Federal no Distrito Federal. Ele disse que os terroristas serão punidos. Estando em Araraquara(SP), ele chegou a acusar o culpado de tudo isso: o ex-Presidente Jair Bolsonaro. Voltou a chama-lo de “genocida”. A coisa vai piorar ainda muito mais com repressões e autoritarismo.

 


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